/* Excluido depois do Upgrade do Google em 25 de Outubro de 2009 Fim da exclusao */

sábado, setembro 30, 2006

Amanhã é dia de voto sério e consciente.

Amanhã todos nós brasileiros estaremos exercendo a função de técnico, não de uma seleção de futebol para ganhar uma simples Copa, mas uma seleção que seja formada por políticos honestos capazes de nos tirar do terceiro mundo, e nos colocar no bloco de elite do planeta. Potencialidade temos para isso. Basta sermos responsáveis na hora da escolha, para sairmos de posições que nos envergonham em quase todas as estatísticas.

Para que todos possam fazer bem essa a sua escolha, tem sido louvável o papel do Tribunal Superior Eleitoral–TSE – que apesar dos pesares -, tem nos incentivado a votar nas eleições de amanhã. Graças a ele, podemos afirmar, que amanhã, 1º de outubro, todos os eleitores, independentemente, se de grandes centros, ou de remotos lugarejos, estarão em condições de exercer livremente a sua escolha, através do voto secreto. E, com toda a segurança podemos afirmar que o Brasil tem demonstado nas suas ultimas eleições, rigorosos critérios de lisura, dinamismo e modernidade, que chegam superar inclusive a países do primeiro mundo. Hoje contamos com eleições 100% automatizadas, e segundo o TSE, já no domingo antes da meia-noite o Brasil conhecerá a maioria dos seus governantes.

Quanto ao esforço da Justiça Eleitoral, poderiamos fazer uma comparação, com um grande clube de futebol, que tivesse competentes dirigentes que fossem capazes de construir um estádio de primeiro mundo, mas só não conseguiriam ver desfilar pelo gramado perfeito, jogadores que custam caro mas que não dão retorno a tão hercúleo esforço, e contando com a maioria de uma torcida que, que não sabe se comportar. Criando problemas para o clube. Mesmo com essa comparação, somos obrigados a reconhecer que os esforços da Justiça ao promover o voto, fica para nós, uma quase certeza, de que a sua preocupação maior é pela salvaguarda da nossa democracia, mesmo diante de um quadro de tão maus políticos!.
Esperamos que com o tempo, a Justiça Eleitoral, possa influenciar, abolindo a obrigatoriedade do voto, e tratando-o como um direito do cidadão e não um dever. E o que mais desejamos: Que ela possa aumentar gradativamente o número de impugnações de candidaturas, daqueles que já tenham uma folha corrida desabonadora, evitando lamentáveis atos de corrupção que sempre existiram, mas que se acenturam de uns tempos a esta parte. Só assim, e mesmo com a maioria do nosso eleitorado desconhecendo o seu voto, acentuar cada vez mais essa triagem, barrando assim na porta do baile, os postulantes de passado pouco recomendáveis, mesmo que boa parte dos eleitores continue votando com os olhos vendados, estará se diminuindo em muito o número daqueles que querem ocupar cargos públicos para se locupletarem com suas benesses como: imunidade parlamentar, corporativismo, sanguessuga, legislar em causa própria, e sem nunca lutar pelo povo que o elegeu. Para citar um pequeno exemplo: Há dias, li num jornal que a Justiça de Ribeirão Preto poderia decretar a qualquer momento a prisão do ex-ministro da fazenda Antonio Palocci, na página seguinte, num incrível despudor e contra-senso, um santinho colorido de Palocci (publicação paga) , pedindo o nosso voto com a maior cara de pau.
Amanhã, dia 1º de outubro cerca de 126 milhões de brasileiros, estarão votando, para governadores, deputados estaduais, federais, senadores e presidente da República.
Com o último escândalo do dossiê ainda em destaque nos noticiários, e com o recente debate da Globo, não se pode afirmar com certeza de que Lula será eleito no primeiro turno. Antes do dia 15 último, até seus adversários já o achavam reeleito. De lá, até hoje, véspera de eleições o quadro sofreu uma pequena turbulência. Um outro aspecto que está preocupando os que acompanham a política com mais senso crítico, é no caso caso de se confimar a vitória de Lula como ficará a goovernabilidade? Com tudo isso, somos obrigados a reconhecer que desta vez a decisão só será clara, a partir das apurações ágeis das urnas eletrônicas. Amanhã todos nós seremos um Dunga, com a obrigação de escolher, o que ainda possa haver de melhor nos quadros políticos do País. Vamos encarar esse direito com seriedade, e até passar a noite de hoje em claro (se for preciso) porque o Brasil clama pela nossa consciência cívica, sem tapinhas nas costas, paixões e interesses pessoais. Agindo assim, você não estará só votando no seu candidato, mas principalmente em você, em sua família e no futuro do seu País!
Pensando bem, sem paixão e com justiça, você estará votando certo! R.I.K.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Acidentes aéreos dos meus arquivos (caso 1)

Vi este avião caindo nas proximidades de Congonhas

Quem atua no jornalismo, está constantemente envolvido com os mais diversos acontecimentos. Muitas vezes, até nos momentos de folga, participam de acontecimentos inesperados. No dia 15 de janeiro de 1963, por volta de 16h chovia forte sobre o bairro do Aeroporto, em São Paulo, onde também estava a sede das Emissoras Unidas. Depois que saí de casa, a chuva aumentou. Fui obrigado a me proteger sob um toldo de uma pequena loja. Enquanto esperava a chuva diminuir, chamou-me a atenção um “Convair 340” da extinta Cruzeiro do Sul, voando muito baixo, e completamente fora da posição habitual para procedimento de pouso. Eu morava num sobrado que ficava há uns 500 metros das cabeceiras das duas pistas de Congonhas, por isso, conhecia sobejamente todos os procedimentos para pousos e decolagens das aeronaves. Vi o “Convair 340”, e percebi que ele estava em dificuldade. O impacto com o solo aconteceu segundos depois, segundo depoimentos.
A chuva finalmente deu uma trégua. Curioso, me dirigi para os estúdios da Rádio Panamericana, (atual Jovem Pan), e vi em ação toda a equipe de reportagens, dando às primeiras informações sobre o acidente. Ao encontrar o primeiro colega, fui perguntando e antecipando a resposta: “Por acaso, não foi um Convair da Cruzeiro, que se acidentou?” O sinal do companheiro Aluane Neto foi positivo. Mesmo sendo meu dia de folga, passei imediatamente a integrar a equipe que já estava prestes a se dirigir para o local, na viatura da Jovem Pan e TV Record. Era um local com muitas casas, no bairro do Jabaquara, na direção da cabeceira Sul da pista, perto do local, onde 36 anos depois, em 1999, caiu o Fokker-100 da Tam. Eram inúmeros os veículos que se dirigiam para o mesmo local, obrigando-nos a reduzir a velocidade para não atropelar centenas de curiosos, que congestionavam as estreitas ruas de acesso ao local do sinistro.
A notícia do acidente: Eram mais ou menos 16h quando o Convair-340, da Cruzeiro do Sul, prefixo PP-CEV, após decolar da cabeceira norte do aeroporto de Congonhas, para realizar mais um vôo da ponte-aérea, imediatamente apresentou pane em seu motor esquerdo. O comandante Carlos Alberto Souza, iniciou um retorno de emergência ao aeroporto, mas não conseguiu manter o contole sobre a aeronave que passou fora de posição, baixo, sobre o bairro do Planalto Paulista (*foi o momento em que o vi). Ao fazer a curva para alcançar a cabeceira Sul, no bairro do Jabaquara, não mais conseguiu controlar a aeronave, que caiu sobre algumas residências há menos de 2 km da cabeceira da pista. (* o grifo é meu).
O Convair transportava 35 passageiros, incluindo a tripulação, e matou o co-piloto Pedro Paulo de Morais, 13 passageiros, entre eles o deputado Miguel Bahury, que integrou comissões parlamentares criadas para examinar a segurança na aviação comecial brasileira, e mais duas pessoas que foram atingidas em suas casas pelo impacto do avião. Entre os sobreviventes, o ator e comediante Renato Consorte - sem trocadlhos -. Anos mais tarde meu colega na TV Cultura e a cantora Luciene Franco, que fazia enorme sucesso com a música: "Gente Maldosa", incluida quase diáriamente no programa: "Os grandes sucessos musicais" da atual Jovem Pan, que muitas vezes, eu e os meus colegas tivemos a oportunidade de anunciar.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Os "causos" da nossa política (3)

Ato ilegal empossa Sarney na presidência do Brasil

Prometemos aos nosos leitores que nestes dias que precedem às eleições no Brasil, estariamos apresentando alguns casos que entraram para a História do Brasil contemporânea.
Como o leitor deve se lembrar, em 15 de março de 1985, na véspera de sua posse, Tancredo Neves, último presidente eleito pelo voto indireto no Colégio Eleitoral, teve seu estado de saúde agravado por enfermidade que ele tentava esconder, mas que acabou exigindo a sua internação às pressas, no Hospital de Base de Brasília. Esse mal foi se agravando, até levá-lo à morte um mês depois. Sem a posse formal do presidente e vice José Sarney, eleitos no Colégio Eleitoral, os cargos ficaram vagos, de acordo com a Constituição.
Marchas e contramarchas transformaram em pesadelo à noite dos políticos que já estavam reunidos em Brasília, para o famoso beija-mão no dia seguinte. Com o passar das horas, o clima ia ficando mais tenso. Havia um temor predominante entre os políticos, que os levava a conclusão, de que os comandantes revolucionários, que ainda ocupavam o poder pela última noite, pudessem se aproveitar de uma situação inusitada, para esticar um pouco mais o regime de exceção. Os principais líderes passaram a noite consultando juristas, membros do Supremo, etc, para que pudessem se
tranqüilizar um pouco. Um clima tenso (apesar do avançado da hora) dominava o país, especialmente Brasília. Nesses entendimentos, alguém deve ter tido a esperteza, ou o bom senso, de encontar uma saída que não despertasse muito a curiosidade dos militares, diante de um País perplexo e insone. Finalmente, chegaram a um consenso de que seria mais prudente empossar, mesmo que ilegalmente, José Sarney, para um mandato, que deveria ser apenas interino. Outro aspecto favorável à José Sarney, é que se tratava de um político de livre trânsito, afinado com as oligarquias, e sem restrições entre os militares das três armas.
A verdade é que em nome da interinidade, Sarney cumpriu quatro anos de governo, cometendo com isso, mais um ato ilegal.
Essa decisão de emergência só poderia ter contado com apoio ainda que a contragosto de
Ulysses Guimarães, que abdicou de um direito legítimo como presidente da Câmara, talvez, para evitar uma reviravolta de última hora em detrimento da democracia. Finalmente chegaram a uma conclusão que era preferível dar posse (mesmo ilegitima) a Sarney que afinal de contas disputou um Colégio Eleitoral, como vice de Tancredo. E assim, um maranhense matreiro, não se fez de rogado e acabou assumindo o cargo mais importante da Nação. Gostou e ficou.
E assim na porta do gol, Sarney se livrou de Tancredo, depois de Ulysses e atingiu a meta. Esse incrível episódio republicano, me fez lembrar de um velho provérbio, que poderia ser titulo de um livro sobre bastidores da nossa política: "O dia em que o Zé matou dois coelhos com uma só cajadada", sem precisar da ajuda dos "Marimbondos de Fogo", titulo do livro que o levou a Academia Brasileira de Letras, e o tornou imortal !

quarta-feira, setembro 27, 2006

O pagador de promessas

No Cruzeiro Europa Copa-66, foi marcante a presença do ex-galã dos velhos filmes da Atlântida, Anselmo Duarte, hoje vitorioso cineasta, diretor e roteirista de "O Pagador de Promessas" o único filme brasileiro, até hoje a ganhar o cobiçado troféu do cinema mundial a "Palma de Ouro", no "Festival do Cinema Internacional de Cannes", em 1962. Numa noite em plena navegação, eu tive a honra de apresentà-lo para nos contar tudo sobre o filme. Com sua verve e habitual simplicidade, contou tudo sobre o filme, inclusive assuntos de bastidores:
Sínopse: Zé do Burro (Leonardo Villar) conduzindo a cruz neste "take" do filme e sua mulher (Glória Menezes) vivem numa pequena propriedade em Salvador. Um dia, o burro de estimação do Zé, é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de Candonblé, onde faz uma promessa a Santa Barbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão bonitão (Geraldo del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionisio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.

De tudo que ele contou só não consigo esquecer esta história:

“A QUE HORAS O SENHOR QUER A NUVEM?”

Num determinado dia da filmagem, que foi rodado nas escadarias de acesso à Igreja do Passo,
(na região do Pelourinho) na cidade de Salvador, contrariando o que determinava o roteiro, faltava uma nuvem sobre a igreja para dar um toque especial. O céu estava todo azul, mas a falta de uma nuvem (que para o leigo, seria apenas um simples detalhe) para Anselmo, sem uma nuvem, não havia como gravar mais um “set” do filme. Após longa espera, Anselmo informou a equipe que a filmagem estava suspensa até a tarde do dia seguinte, isto é, se aparecesse uma nuvem. Nesse momento, o misticismo baiano entrou para resolver. Entre os curiosos, havia um rapaz, que se aproximou de Anselmo e como se não quisesse nada, foi dando o recado:“Olha, seu Anselmo, eu não sei se o senhor bota fé, mas temos aqui em Salvador uma mãe-de-santo que pode resolver esse problema”. E Anselmo ansioso para gravar mais esse trecho do filme, não se fez de rogado. Para a surpresa do rapaz, foi arrastando-o pelo braço para que ele o levasse até a presença dessa senhora. Minutos depois, estavam diante dela. E Anselmo já entrou disparando: “Minha senhora, a filmagem do ´Pagador´ está suspensa porque falta uma nuvem em cima da igreja do Passo!” E a mãe-de-santo, resoluta, foi lhe perguntando: “Que dia e hora o senhor precisa dessa nuvem?” “Amanhã, as duas da tarde”, respondeu Anselmo. Nesse momento, o público começou a rir, menos Anselmo, que se manteve impassível, e com a maior cara-de-pau, concluiu: “È, e as duas em ponto a nuvem chegou, e a filmagem continuou!!!”

terça-feira, setembro 26, 2006

Aviação: Curiosidade que termina em paixão

No começo, é como namoro: flert, curiosidade, mas com o passar do tempo acaba virando uma paixão. Especialmente, quando se assiste pela primeira vez a uma demonstração aérea. Hoje com a Internet, pode-se realizar vôos virtuais, ou de preferência assistir (in loco) a uma demonstração aérea. No meu caso era apenas curiosidade, depois de ver uma demonstração da Esquadrilha da Fumaça em Aguas de Lindóia, e realizar o meu primeiro vôo no Rio de Janeiro, virou uma grande paixão que me acompanha há décadas. (Sobre esses vôos falarei em breve). Um dos nossos maiores ergulhos e assistir uma ou mais demonstrações da nossa "Esquadrilha
da Fumaça, a embaixadora do Brasil em vários países do mundo, como ocorreu este ano no mês de julho em París (foto) nas comemorações do "Dia Nacional da França"
Se você ainda não viu uma demonstração, vamos apresentar a programação da Fumaça para o próximo mês de outubro, citando apenas as demonstrações mais próximas de Amparo:
Dias: 3 - Pirassununga; 7 - Araras; 8- São Paulo; 14 - São José dos Campos (nas comemorações do centenário do vôo do 14-Bis); 17 - Pirassununga e 29 novamente Pirassununga, no chamado
"Dia dos Portões Abertos", com shows aéreos o dia inteiro (Aproveite bem o seu domingo).

FAÇA UM VÔO VIRTUAL: Se não for possivel ver (ao vivo) um vôo da Esquadrilha, acesse o seu site: www.fab.mil.br.eda/index.htm
Uma boa idéia é acessar o site dos Blue Angels, que paradoxalmente, pertencem à Marinha dos Estados Unidos. Tome nota: blueangels.com
Recentemente publiquei no blog, o meu adeus ao Concorde, o único avião comercial supersônico que voou por quase três décadas. Em 2003 ele encerou seu ciclo. Muitos leitores se sensibilizaram como meu filho Roberto Jr, que enviou-me um e-mail mandando esta foto com estas informações: Nesta barcaça, no rio Hudson, em Nova York, repousa um Concorde da British Airways, que faz parte do acervo do museu: Intrepid Sea-Air-Space Museum, cujo o link é: http;//www.intrepidmuseum.org/pages/concorde

segunda-feira, setembro 25, 2006

Um pouco do grande São Paulo F.C.

Torcida do São Paulo jamais será a maior no seu próprio Estádio!

O futebol gera grandes paixões. Acredito que quando os sãopaulinos lerem este titulo certamente vão pensar que tem por objetivo desqualificar o São Paulo. Porém, se continuarem a leitura, vão perceber que o nosso objetivo. é a de inaltecer o clube que eu conheci na minha juventude, e que possuia apenas um simples gramado para realizar seus treinamentos no bairro do Canindé, onde hoje a Portuguesa tem o seu estádio, e que acabou se transformando num dos mais importandes clubes do futebol mundial. E o Cícero Pompeu de Toledo, no Morumbi, é considerado ainda, o maior estádio particular do mundo!

Em 1977, não vi o Corinthians campeão, fazendo comentários pela Rádio Serra Negra, no 2º jogo da fase decisiva entre o alvi-negro e a Ponte Preta. No 1 º jogo disputado na 4ª feira, o Corinthians já havia vencido por 1 a 0. No domingo, com certeza, mesmo para os torcedores de outros clubes, o Corinthians estaria quebrando um incômodo jejum, que já havia 23 anos. Fiz parte do maior público que o Estádio do Morumbi, recebeu em definivo em sua gloriosa história. Faço essa afirmativa baseando-me na decisão do Contru - Departamento de Controle do Uso de Imóveis Paulistano, que limitou em 80 mil torcedores a ocupação máxima do estádio. Frustração para os são-paulinos que jamais poderão superar essa marca recorde, de 150 mil torcedores, alcançada pela torcida do arqui-rival Corinthians, que esperava ser campeão paulista num jogo de recorde de público, mas esqueceu que a Macaca tinha um grande time e virou o jogo: 2 a 1, adiando a decisão para 4ª quarta-feira, quando o Corinthians diante de um público menor, ao derrotar o rival alcançou o titulo.

Para à torcida do São Paulo, esse é apenas um dado estatístico, o que conta mesmo foram suas grandes conquistas: Optou, mesmo sendo alvo de chacota por ter ficado toda a década de 60, sem conquistar um único título, em atingir um outro objetivo, ou seja o de construir a sua casa própria, o Morumbi, considerado o maior estádio particular do mundo!
A conquista do Paulista em 1957 – em cima do rival Corinthians –, comandado pelo veterano Zizinho, foi à última, antes de um passo de gigante que o Tricolor daria: a construção do estádio do Morumbi, feito que nenhum outro clube brasileiro ousou realizar nas mesmas dimensões. Quase todos os recursos financeiros para o clube eram consumidos na construção do sonho. Títulos e estrelas rarearam, mas ferro e sacos de cimento não.
Em 1970, estava concluída a construção do gigante de concreto, que ganhou o nome do presidente Cícero Pompeu de Toledo. Com o estádio pronto, craques e títulos voltaram. Com isso, o clube que era chamado de "o mais querido da cidade" foi se espandindo ao vencer importantes títulos, não só no Brasil, mas também nas Américas e no mundo, e a cada título vai conquistando novos torcedores, ultrapassando os limites do "slogan" para se transformar num clube de prestígio internacional, e contar atualmente com uma das maiores torcidas do Brasil.

domingo, setembro 24, 2006

A traumática passagem da faixa presidencial

Recentemente, ao se aproximar à transmissão de faixa de Fernando Henrique a Lula, vieram à tona os dias de tensão que precederam a passagem da faixa presidencial de Juscelino a Jânio Quadros. Foi criado em torno desse ato um verdadeiro clima de terror psicológico que poderia chegar à agressão física. Mauro Chaves, experiente e bem relacionado jornalista, publicou com minúcias de detalhes, em artigo publicado em O Estado de São Paulo, o clima tenso que essa transmissão produziu em Brasília, em 31/1/1961.

JK PASSA A FAIXA A JQ
Preparava-se a posse do presidente Jânio Quadros, após retumbante vitória, apesar do prestígio popular que desfrutava o construtor de Brasília. JK ouvira dizer o que Jânio pretendia fazer na hora da transmissão da faixa presidencial: Um discurso mostrando o estado em que se encontrava a Administração pública do País, com inflação descontrolada, corrupção, desorganização generalizada, e muito mais.
Juscelino ficou acabrunhado ante a perspectiva de ser inteiramente desmoralizado, de corpo presente, diante de uma quantidade imensa de jornalistas, do Brasil e do mundo inteiro. Pensou em não comparecer à transmissão da faixa ao seu destemperado sucessor. Mas logo desistiu da idéia, pois não era homem de fugir de situações e, durante toda a sua vida pública, fez ecoar a frase que se tornara antológica: “Deus poupou-me do sentimento do medo”. Então, ele teria de encontrar uma outra solução, mas qual? Que argumentos um recém-eleito presidente da República, em estado de graça e glória, com discursos em praça pública que faziam o povo vibrar, chorar e tremer de emoção haveria de aceitar para não deixar seu adversário antecessor em situação de colossal e irremediável constrangimento? Juscelino pensou, pensou, passou a noite sem dormir, refletindo. Não consultou ninguém, pois sabia que qualquer opinião de terceiros poderia mais atrapalhar do que ajudar na solução do seu drama. Até que chegou ao seguinte raciocínio: perante o País e o mundo, seria muito pior – e teria maior repercussão –, a desmoralização de um presidente que vai governar do que a de um que já governara. Então decidiu: se Jânio Quadros o “esculhambasse” à queima-roupa, na passagem da faixa presidencial, simplesmente lhe desferiria um soco no rosto. Certamente, o escândalo seria estampado em todas as primeiras páginas dos jornais do mundo – e dificilmente Jânio escaparia do epíteto “o presidente que apanhou na posse”. Tomada à decisão, Juscelino fez vazar para Jânio suas intenções, e o resultado foi que os dois discursos, tanto de Jânio quanto o de Juscelino, acabaram sendo eleborados a quatro mãos (e negociados, linha a linha, pelos assessores de maior confiança dos dois presidentes - Oscar Pedroso Horta, de Jânio, e Augusto Frederico Schimidt, de Juscelino). Sem tocar em inflação, corrupção ou desorganização, ao receber a faixa, Jânio homenageou o grande espírito democrático de seu antecessor. M.C.

sábado, setembro 23, 2006

Este mês a televisão no Brasil completa 56 anos

Neste mês de setembro, a televisão no Brasil completa 56 anos. Oficialmente no dia 19 de setembro de de 1950, foi inaugurada em São Paulo, a PRF 3 TV Tupi, primeira emissora da América Latina, e quarta do mundo, depois dos EUA, Inglaterra e França.
"Senhoras e Senhores, telespectadores, boa noite. A PRF 3 TV Tupi, Emissora Associada de São Paulo, orgulhosamente apresenta, o primeiro programa de televisão da América Latina". Com esta frase, a atriz Iara Lins abriu a transmissão que inugurava a TV Tupi, às 22h, do dia19 de setembro de 1950. A improvisação marcou a solenidade, pois uma das câmeras não funcionou. Apesar da sugestão de adiar a estréia para o dia seguinte, o programa foi ao ar com uma hora de atraso, tendo Homero Silva como o primeiro apresentador da história da nossa televisão. Participaram da transmissão Mazzaroppi, em número cômico; Lolita Rodrigues cantando o "Hino da televisão"; Walter Forster, Lima Duarte e vários outros atores de teatro, jornalistas, autoridades e políticos. O primeiro rosto a aparecer num programa de TV, foi o de Homero Silva, que por força de profissão, foi meu diretor na Rádio Cultura de São Paulo, e nos tornamos grandes amigos. Quando me transferi para a TV Cultura, tive como colega e amigo Mário Fanucchi autor do primero símbolo da nossa TV o "Indio Curumim", destaque nesta matéria.
Os principais registros da nossa TV em mais de meio século:

*Em 19/9/1950, é inaugurada a primeira televisão no Brasil.
*Em 21/4/1960, a TV brasileira recebe o videoteipe, que a torna mais eclética.
*Em 1970, é transmitida (ao vivo), a "Copa do México" para o Brasil.
*Em 3/3/1972, é realizada a primeira transmissão em cores na TV brasileira.
A TV Difusora, de Porto Alegre, transmite a "Festa da Uva" de Caxias do Sul.
*Em 24/1/1973, a novela "O Bem Amado", de Dias Gomes, estréia na Rede Globo. Foi a primeira novela em cores transmitida no Brasil.
* Em 1998, é inaugurada em Barueri (SP) a TV Alphaville, a primeira a usar sistema a cabo em nosso país.
*Em breve teremos a TV digital que poderá ser sintonizada num aparelho de telefonia celular.


Nestes 56 anos de existência, além de mudar os hábitos das pessoas, a televisão apresentou grande evolução técnica, principalmente, quando trouxe o mundo para nossas casas. Como esta partida do Brasil nos EUA.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Parece que a casa vai cair...

EDITORIAL DO BLOG:

Não seria necessário ser vidente, analista político, jornalista, ou mesmo político, para ter a certeza do caos que estaria sendo vivido durante as campanhas para às eleições do dia 1º de outubro próximo. Infelizmente, pelo que dizem as pesquisas, os nossos eleitores estão ficando cada vez mais despreparados, ou desiludidos. Isso não é “privilégio” dos nossos mais remotos grotões. Nos centros urbanos mais evoluidos, poucos são os que estão interessados com o futuro do Brasil. Pesa mais a substituição de um técnico na nossa seleção do que a escolha de um bom presidente. Dessa maneira, fica difícil aguardar um melhor futuro para a nossa Nação! Hoje, infelizmente, poucos são os professores e alunos que se empenham para transformar o Brasil num país de uma raça preparada. É triste reconhecer, mas os problemas não começam, mas terminam em Brasília. Em cada povoado, a necessidade do nosso povo, o obriga cada vez mais a procurar por soluções paliativas, do tipo “jeitinho brasileiro”, criando com isso, novas sucursais de Brasília, que acabam alimentando o custo elevado da Nave Mãe, que depois de sugar nosso sangue, nos retribui com o esquecimento. Não podemos atribuir todas as mazelas a um só governo, seria no mínimo uma questão de desprezo à nossa memória, com relação a nossa mal explicada história política. No atual governo, o que nos causou espécie, foi quando na apuração dos que venderam a sua honra por um mensalão, se falou muito nas vultosas somas em dólares oriundas do exterior? do cinismo dos depoentes nas CPIs (resguardados pela justiça), das quantias astronômicas transportadas por aviões e até em cuecas, e principalmente o fim da mais remota esperança nos políticos que elegemos. Cada dia mais cinicos e corporativistas do que nunca, chegando muitos deles ao desplante de se esconderem na votação secreta para evitar a cassação apontada pelo Conselho de ética, ocasião em que partiram para o tudo ou nada: “Não vote pela minha cassação, que eu conheço muitos podres da sua vida pública”. E o pior de tudo: nenhum deles até hoje foi para a cadeia! Essa flacidez das nossas leis ultrapassadas, e de autoridades que se deixam subornar, teriam sido os responsáveis pelo PT não ter se interessado em aprender alguma coisa, ao longo do período mais negro da nossa história política, e só por isso, continua chafurdando na lama fétida? A poucos dias das eleições, o PT resolve abrir o 2º ato da corrupção: A blindagem montada pelo PT para proteger Lula de todas as denúncias de bandalheira que envolvem pessoas bem próximas, pode estar chegando ao fim com a denúncia de que o responsável pela operação de compra do dossiê contra os Tucanos José Serra, Geraldo Alkmin e Barjas Negri, foi Freud Godoy. Este é assessor do gabinete da presidência, foi coordenador de segurança das quatro campanhas de Lula a presidente, mais conhecido no partido por ser um fiel escudeiro desde a década de 80. Se, de fato, as investigações da Polícia Federal o apontarem como responsável pela entrega do R$ 1,75 milhão que seria pago por documentos sobre o suposto envolvimento de políticos na venda de ambulâncias superfaturadas, a campanha de Lula à reeleição ficará por um fio, e ai a casa poderá cair para os petistas.. E desta vez Lula nem vai poder usar o bordão “não sei, não vi”, porque Freud não desgrudava dele e de dona Marisa nem nos fins de semana que o presidente passa com familiares no ABC. Uma coisa é certa: NUNCA HOUVE TANTA LAMA AOS OLHOS DOS BRASILEIROS COMO NA ERA LULA! R.I.K

quarta-feira, setembro 20, 2006

Transar com o estômago cheio é lance perigoso ?

Quando trabalhei no setor de esportes da TV Cultura - Canal 2, nos anos de 72 e 73, tive a oportunidade de conhecer melhor o famoso técnico Oswaldo Brandão. Numa manhã de 2ª feira, após ter gravado o "Hora do Esporte", comandado por Orlando Duarte, parou na minha sala, e iniciamos um delicioso e descontraido bate papo, em que ele me contou muita coisa sobre as malandragens do velho futebol. O papo além de longo, foi tão saboroso que quase esqueci de almoçar. Com sua larga experiência, matreiro mas um cara sensacional, ouvi muitas mumunhas de craques famosos, e aproveitei para tirar duas dúvidas. A primeira: Se havia sido ele o primeiro técnico a convocar Zico para a seleção? Brandão confirmou: "Quando cheguei no Rio para fazer uma convocação, grande parte da torcida carioca dizia que Zico era "pipoqueiro" e que só jogava no Maracanã. Pensei: Santo Deus como eu queria ter esse pipoqueiro em cada time que eu tivesse de treinar, e o convoquei pela primeira vez em 1976 para a nossa seleção. A sua estréia aconteceu diante da insasiável torcida paulista, no magro empate contra a Checoslováquia em 1 a 1. Ele deixou o campo sob aplausos. Desde desse dia, a camisa 10 da seleção passou a ter um só dono: Zico!"
A segunda pergunta foi esta: "Seo Oswaldo o senhor é favorável que o jogador tenha relações sexuais na véspera de uma partida?" "Sim. Desde que não atrase o início do jogo" Depois foi explicando como o jogador era ardiloso quando estava a fim de transar, e que invariávelmente isso acontecia numa noite de sábado, com o elenco concentrado. Contou como era feito o pedido: "Professor, um amigo acabou de me ligar dizendo que me trouxe um presente do exterior. Será que o senhor me liberava após o jantar para eu ir buscar o presente?" Como os atletas eram menos esclarecidos do que os de hoje, eles conservavam certas convicções que com o tempo cairam por terra. Por isso no jantar, o atleta do tal presente, ficava na mira de Brandão. Se ele comia pouco, ele sabia que o presente era outro. Com medo da congestão, ele dava uma lambiscadinha na comida e era o primeiro a deixar a mesa. "Depois, quase sempre de cabeça baixa se dirigia a mim para dizer:" "Então eu já vou indo seo Brandão" Com o seu olhar matreiro Brandão só fazia este pedido: "Tá certo, mas volta máximo até 10h."
"E ele chegava, perguntei?" "Claro, você acha que ele ia perder uma próxima chance." "E como era a atuação dele no dia seguinte?" "No dia seguinte, ele comia de novo, só que dessa vez a bola que não tem um couro tão macío como o outro."

Oswaldo Brandão além de grande técnico, foi um bom psicólogo por temperamento. Nasceu em Taquara nas lindas Serras Gaúchas no ano de 1916 e faleceu em São em 1989, após décadas de total dedicação ao futebol. Só não dirigiu mais vezes a Seleção Brasileira, não por capacidade, mas por não ter se radicado no futebol carioca. No Brasil só atuou em clubes paulistas: Palmeiras (onde dirigiu a famosa academia), Corinthians, São Paulo, Botafogo de Ribeirão e Portuguesa Santista. No exterior: Penãrol do Uruguai e Independiente da Argentina. Conquistou no total treze títulos, merecendo mais destaques, o do IV Centenário pelo Corinthians, a Libertadores pelo Penãrol e o Torneio do bicenenário da Independência dos EUA, dirigindo a nossa Seleção.

terça-feira, setembro 19, 2006

Ironias de Brizola sempre mostraram a realidade

Como prometi, em função das proximidades das eleições, durante esse período, o nosso Blog vai dar prioridade aos assuntos ligados a vida pública nacional apresentando narrativas de políticos famosos, alguns dos quais já falecidos.
Em setembro de 1994, a Rádio Cultura de Amparo, foi a única emissora do nosso Estado a fazer cobertura da "Conferência Nacional de Educação para Todos", que foi realizada em Brasília, sob os auspícios do MEC. Pela relevância do tema, e pela proximidade das eleições, o MEC achou oportuno, promover esse debate visando reunir todos os candidatos à Presidência da República, no ginásio da Acadêmia de Tênis, mas que acabou esvasiado, pelas ausências dos candidatos Lula e Fernando Henrique, que lideravam às pesquisas. Todos estranharam essas ausências e criticaram muito.
Assim que o candidato Leonel Brizola chegou para o debate, consegui furar o cerco, e entrevistá-lo em primeira mão. Estávamos cercados por várias pessoas que sempre apreciavam suas tiradas irônicas. Fiel ao seu estilo, acabou sendo um prato cheio para jornalistas, educadores e curiosos. Perguntei-lhe sobre os resultados das últimas pesquisas eleitorais. Depois de criticar Fernando Henrique, mirou em Lula:

“Como Lula pode estar despencando nas pesquisas da Rede Globo, se ele não matou, não roubou, não estuprou e nem apareceu mais nenhum filho natural." (risos) "Já o FHC como é de costume, sempre se considera eleito antes mesmo da abertura das urnas, como já aconteceu numa eleição em São Paulo. A ausência de Lula, porém, deve ser desculpada. Como ele poderia participar de um debate sobre educação, se educação é coisa estranha para ele." (Depois dessa, os que nos rodiavam não se contiveram.)

segunda-feira, setembro 18, 2006

A inauguração do Circo Sdruws

Além de jornalista e radialista, fui pioneiro numa rara atividade: Animador de shows em navios. Iniciei essa carreira no navio de passageiros “Rosa da Fonseca”. A CNNC – Companhia Nacional de Navegação Costeira, contava ainda com mais três navios: Anna Néry, Princesa Leopoldina e Princesa Isabel.
Em 1966, já mais experiente fiz parte de uma grande equipe, naquela que foi a primeira e única excursão de um navio brasileiro à Europa. Viajei com grandes nomes artísticos da época. A cada tempo, mesclando este Blog, vou contando muitos caos que guardei na memória, ouvidos nas várias apresentações que fiz. Como estamos vivendo um período pré-eleitoral começo com esse caso, que Juca Chaves contou num de seus shows, em pleno alto mar:
Nesta(foto) a bordo do navio "Anna Nery, a partir da esq. Anselmo Duarte, Juca Chaves, cumprimentando a cantora Roberta, enquanto eu riu da sua irreverência.

Juca Chaves, um sujeito exótico, nos contou que devido à falta de teatros no Brasil, tinha encontrado uma solução inovadora para apresentar seus espetáculos. Montou um circo, e lhe deu o nome de Sdruws. A cidade escolhida foi o Rio de Janeiro, para isso, contou com a boa vontade da Prefeitura Carioca que lhe cedeu um terreno para instalar o tal circo, e apresentar o seu vitorioso show: “Menestrel Maldito”. Só depois do circo já montado é que se percebeu que o terreno ficava bem na frente de uma grande perigosa favela. Como fazia habitualmente nas estréias, ele só convidava a nata da sociedade. Os tais formadores de opinião!
Para essa inauguração, convidou socialites, jornalistas e os mais renomados políticos da Nação. O dia da estréia estava chegando, quando um dos seus amigos mais íntimos o procurou para dizer: “Pô, Juquinha, vejo que você pirou de vez. Além de ter montado um circo dentro de uma favela perigosa, ainda convida a nata da sociedade para ser roubada por essa gente, e no espetáculo de estréia? E a repercussão dessa insanidade? Você já parou para pensar no negócio do roubo?”.
No dia seguinte, Juca resolveu reunir os líderes da favela, no próprio circo para lhes falar com toda franqueza:depois de dar um soco na mesa foi direto ao assunto: "Vim aqui para saber como vai ficar o negócio do roubo?" - Uma mulher baixinha, morena (líder da favela)foi logo respondendo com mais firmeza ainda: "Olha aqui seu Juca, nós entendemos a sua preocupação e lhe agradecemos pela sinceridade, mas pode o senhor ficar tranqüilo, porque a nossa comunidade já se garantiu, e pediu proteção à Polícia!"

domingo, setembro 17, 2006

Em 66 uma Copa encomendada

Não ficaria bem para o país que inventou o futebol, não ter vencido uma única Copa, das sete que já haviam sido disputadas até 1966. Quando naquele ano, a Inglaterra promoveu o oitavo mundial, tudo levava a crer, menos para os mais afoitos, que havia chegado o momento de a Inglaterra erguer a taça Jules Rimet. Como de costume, nossos cronistas esportivos, e a maioria dos nossos torcedores, já estavam certos que iríamos conquistar o tri, a exemplo do “hexa”, na recente copa disputada na Alemanha. Também essa certeza, contaminou a Agência Marcoplo, que promoveu a nossa excursão, para chegarmos no dia 20 à Inglaterra, depois da primeira fase. Presumiram que o Brasil passaria fácil, pelas equipes do seu grupo, cuja sede era a cidade de Liverpool, terra dos Beatles: Vencemos o primeiro jogo: 2 a 0 na Bulgária, perdemos para a Hungria 3 a 1, e fomos despachados por Portugal; 3 a 1 em (19/7).
Quando chegamos a Londres, a nossa Seleção já estava desclassificada e retornando ao Brasil. Aproveitamos os ingressos, e fomos assistir em Liverpool a dois jogos: um pelas oitavas de final: Portugal, 5 X Coréia do Norte, 3 e um pela semifinal: Alemanha Ocidental, 2 X URSS (atual Rússia), 1. Fomos conhecer o Templo do Futebol, o Estádio de Wembley, na disputa de 3º lugar: Portugal, 2 X URSS, 1. No dia 30 de julho, um sábado, frustrado, por não ver uma final de Copa, com a presença do Brasil, por outro lado não poderia perder a rara oportunidade de assistir a decisão de um mundial,no caso, entre Inglaterra e Alemanha Ocidental. A beleza de Wembley lotado e a perfeição do seu gramado, não foram tratados à altura pelos finalistas.Houve muita correria, mas pouca técnica. Depois de 2 a 2 no tempo normal de um jogo de cartas marcadas, houve uma prorrogação de 30 minutos. Com melhor preparo físico, e ajuda da arbitragem a Inglaterra marcou mais dois gols e venceu por 4 a 2, sagrando-se campeã mundial de 66. Coube ao capitão Bobby Moore, dirigir-se à Tribuna de Honra para receber das mãos da Rainha Elizabeth II (única pessoa vestida amarelo em todo o estádio) a cobiçada Taça Jules Rimet.

Nesta foto, o gol mais polêmico da história de todas as Copas. Ele possibilitou à Inglaterra chegar ao empate,forçando a prorrogação. Nem quem estava perto do lance como eu, milhares de torcedores, imagens de televisão e cinema, pode dizer que a bola ultrapassou a linha de gol. A bola foi chutada com força por Peters, bateu no travessão, e quicou do lado de fora da linha do gol. Mas o árbitro suíço Gottfried Dienst e seu auxiliar, foram os únicos a vê-lo em Wembley. Com essa e outras ajudas, mesmo realizando fraca campanha, a Inglaterra conseguiu ganhar seu primeiro e único titulo mundial. Mas se houve alguém que fez jus à taça foi o arbitro suíço. Com certeza, foi ele que inspirou Márcio Resende de Freitas, na inversão de muitos titulos: Botafogo em 95, e Corinthians em 2005.

sábado, setembro 16, 2006

Concorde e a era supersônica fazem o último pouso

..."E o céu perde a elegância do vôo do seu mais lindo pássaro."

Quando este Concorde aterrissou pela última vez em 2003, deixou um rastro de saudade e beleza para trás: "Nunca um objeto tão bonito foi desenhado e construido pelo homem". O menor tempo de vôo que o Concorde registrou entre Nova York e Londres foi de 2h52. Entre Paris e Rio de Janeiro, 5h50. Hoje um Boeing-777 faz essa mesma ligação em 12 horas, em média.

No dia 2 de março de 1969, fazia o seu primeiro vôo o legítimo supresônico, batizado de Concorde. "E o grande pássaro voa mesmo!", disse o piloto de testes. "E que pássaro!" Com o bico virado para baixo, para permitir visão da pista, o reluzente Concorde ganhou os céus em Toulouse na França. Subiu rapidamente impulsionado por quatro motores Rolls-Royce. Depois de 28 minutos, o avião triangular aterrissou suavemente.
Em 21 de janeiro de 1976, a British Airways e a Air France realizaram ao mesmo tempo o primeiro vôo comercial do Concorde. O avião francês voou de Paris ao Rio de Janeiro, com escala em Dakar (África) e o britânico o fez de Londres a Bahrein no (Golfo Pérsico). O destino seguinte foi Washington (24/5/76) seguido pela cidade de Nova York (21/11/77).

"A ficção nas telas dos cinemas"
O filme Sabrina dirigido por Sidney Pollack, mostrou nas telas do mundo, que também é possível ressalatar a performance e a qualidade técnica de uma aeronave sem se apelar para o terror. No filme, o novaiorquino multimilionário Linus Larrabee (Harrison Ford) precisa chegar a Paris antes de Sabrina (Júlia Osmond). Claro, viaja de Concorde e conquista a moça que havia embarcado 4 horas antes, num avião subsônico.

"A fatalidade nas machetes dos jornais"
As duas empresas que operavam o Concorde, a British Airways e a Air France, aposentaram o Concorde, alegando a baixa demanda de passageiros e os altos custos de manunteção. Na verdade a demanda nunca mais se recuperou do impacto do primero e unico acidente sofrido por um Concorde ao longo de aproximadamente 30 anos, quando no verão de 2000, em Paris, 113 pessoas morreram.

O que é velocidade supersônica?
Designa-se por supersônica, qualquer velocidade acima da velocidade do som, que é aproximadamente 343 m/s,ou 761 mph, ou 1.225 km/h ao nível das águas do mar. Muitos caças são supersônicos.O Concorde foi um avião civil supersônico, de transporte de passageiros. Porém, desde o seu último vôo em 26 de novembro de 2003,deixaram de existir.

sexta-feira, setembro 15, 2006

O que Lula pensava há 22 anos...


Neste ano de 2006, estamos às vésperas de mais uma eleição presidencial. Em novembro de 1984, bem perto da realização do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves a presidência, (cuja morte não o deixou ocupar o posto) entrevistei nos estúdios da Rádio Cultura de Amparo, Lula, que à época era presidente do PT. Eu, e meu filho Roberto, que estava controlando o som, o achamos um homem simples, e muito inteligente. Diferente, de Luís Inácio Lula da Silva, nosso presidente desde 2002. Nunca mais o vi depois dessa data, mas sei que depois que foi picado pela Mosca Azul, mudou bastante a sua postura. Para mim, o que conta nesta entrevista que foi resumida, é a oportunidade que estou oferecendo aos nossos leitores de fazerem uma comparação entre o político que sonha em chegar ao posto mais alto da Nação, e o que acontece quando ele atinge a meta: ou seja: LULA DE ONTEM X LULA DE HOJE

Comecei a longa entrevista, me baseando na certeza da vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Ao responder, Lula foi taxativo: “Para mim, Tancredo já está comprometido com os maiores banqueiros deste País. Acho que ele deveria no dia seguinte a sua posse, tomar as seguintes providências: Resolver a situação de 12 milhões de trabalhadores no campo, de cinco milhões de desempregados nas cidades e de 20 milhões de crianças abandonadas. Depois mirou na TV Globo: Ela mostra muito a fome na Etiópia, mas não cita, as nossas crianças famintas e a mortalidade infantil.”
Perguntei se ele partilhava da minha opinião de que os nossos políticos diante das crises, sempre arranjam saídas paliativas, para iludir o povo, tais como: Parlamentarismo, Constituinte e “Diretas Já”. Lula não contemporizou: “Eu também entendo assim. Nós do PT estamos atentos, porque na verdade o movimento das diretas serviu para sufocar um movimento social que começava a ganhar corpo em função do desemprego e de outros movimentos liderados pelos bóias-frias, no interior do Estado de S. Paulo e nas periferias das nossas grandes cidades” Perguntei quais seriam suas primeiras providências se ele um dia chegasse a presidência do Brasil, Lula citou duas: “A primeira seria acabar de cara com o desemprego, e a segunda, é que eu chamaria nossos credores, a quem, o Brasil deve 110 bilhões de dólares e lhes diria que só pagaríamos essa dívida depois de sabermos claramente, através de um levantamento, quem contraiu essa dívida astronômica, e por que? E diria a todos eles que só voltaríamos a pagá-los quando resolvêssemos o problema da fome, do analfabetismo, da prostituição e da pobreza do nosso povo.”
Devolvi-lhe o microfone para as suas despedidas e para ele deixar uma mensagem:
“Aproveito os microfones da Rádio Cultura, para pedir aos mensageiros de Tancredo Neves que o avisem que o povo já está perdendo a paciência diante da fome gerada pelo desemprego. O NOSSO POVO NÃO SUPORTA MAIS SER ENGANADO!” (...)

quinta-feira, setembro 14, 2006

Quando teremos uma política séria de turismo?

Editorial do Blog:

A definição de turismo, é muito simples: Uma pessoa ganha dinheiro numa cidade e gasta na outra, tanto faz se a negócio ou a passeio. Isso é turismo. Simples não? Mas fica complicado, se não houver mentalidade, nem política séria para ele. Em primeiro lugar, precisamos trocar o faz de conta,por uma política honesta, pragmática e consistente. Não adianta a Embratur distribuir folhetos com moças bonitas mostrando o corpo bronzeado, ou levar o ministro Gilberto Gil para cantar e plantar bananeira no Exterior, como soluções políticas para atrair turistas. Precisamos mesmo, é mostrar que somos um país sério e seguro, como outros, que há décadas com os incentivos destinados ao turismo veêm essa atividade aumentar sua fatia no bolo do PIB. Um país exemplar nessa átividade é a Espanha.
Já ficou pra trás o turismo de longa permanência que levava famílias inteiras às Estâncias Mineiras em busca de descanso, paz, bom clima, boa alimentação e principalmente de águas de poder miraculoso. Hoje os médicos desaconselham essas viagens e receitam cortisona. Deveriam conhecer um pouco da eficácia do termalismo!
Não se inicia nenhum negócio sem investimento. Na verdade, até hoje, os governos, mais atrapalharam do que ajudam o turismo. É mais ou menos como o agro negócio, o governo conta vantagem, mas quem fica com as perdas e quase todos os ônus é o pobre empresário.
Nunca teremos uma política de turismo sem ações sérias dos que governam. Por essa razão, é necessário que eles resolvam parte do desemprego alavancando o turismo com medidas eficazes como estas: 1º- Criando o Ministério do Turismo. 2º- Iniciando já o combate ao crime de forma dura e eficaz. (Essa ação já é aspiração de toda a nossa sociedade.) Freqüentemente os jornais do mundo todo publicam esse tipo de manchete: “Mais um turista estrangeiro é saqueado e morto no Rio”. Não seria o caso de se perguntar: Será que os milhões de “folders” da Embratur conseguiriam demover do medo algum turista estrangeiro? 3º - Num país em que os governos encamparam todos os tipos de jogos de azar, incentivam os aplicadores de fora com juros irreais, somos obrigados a admitir que já estamos vivendo num enorme cassino.Por que então, há décadas, continuamos fingindo e negando a reabertura dos verdadeiros cassinos, que gerariam mais empregos e minimizariam parte dos 10 milhões de brasileiros desempregados? O único risco que se corre com a abertura dos cassinos, é assistirmos a repetição das concessões de rádios e TVs: cada politico quer o seu. No caso dos cassinos cada cidade vai querer um. Por isso, são necessários critérios justos, que só privilegiem algumas cidades e regiões mais desassistidas, distantes e que boa parte da sua mão de obra é ociosa. 4º Cuidando da infra-estrutura, não só estaria se desenvolvendo o turismo, como aumentando a nossa segurança. E 5º - Deduzindo do Imposto de Renda das pessoas físicas, gastos com hospedagem nas cidades estâncias, onde muitas pessoas chegam depauperadas e saem recuperadas para mais um ano de árduas jornadas.Com isso, estaria se incentivando o turismo interno, acabando com a sonegação do ISS praticada por alguns estabelecimentos hoteleiros e se diminuindo gastos do INSS com afastamentos por motivo de saúde.
Pode parecer um sonho, mas os governos já deviam ter transformado esses problemas em soluções. "A indústria sem chaminés", abre frentes de trabalho para todos.

Comentário de Roberto Ianelli Kirsten

quarta-feira, setembro 13, 2006

A visita de Mário Covas a Amparo

Em 1998, ainda desfrutando de boa saúde, o governador Mário Covas visitou Amparo, sendo recepcionado pelas autoridades locais, tendo a frente o prefeito da cidade. Carlos Piffer. Depois de conceder a mim, e a outros jornalistas, uma entrevista coletiva, o governador se dirigiu ao auditório da Casa do Médico, onde fez uma prestação de contas do seu governo, e como de costume, não deixou de contar um dos seus "causos" como como este, que fez o auditório rir muito:

O governador contou que, quando foi pela primeira vez ao Vale do Ribeira (região mais pobre do nosso Estado) observou pela janela do helicóptero uma enorme multidão à sua espera. Disse ter sido festivamente recepcionado pelas autoridades e moradores daquelas cidades. Destacou o carinho com que foi recebido por aquele povo tão modesto. Sentiu tanta emoção, que prometeu voltar logo. E voltou para anunciar algumas melhorias para aqueles paulistas tão esquecidos, uma forma de retribuir todo o carinho que lhe dispensaram na sua primeira viagem.
De forma inesperada para todos, inclusive para Covas, depois de alguns dias, acabou acontecendo a terceira visita, sem nenhum aviso prévio. O mau tempo e a péssima visibilidade obrigaram o piloto do helicóptero a fazer um pouso de emergência. Quando o piloto conseguiu pousar, todos a bordo (inclusive o comandante), perceberam surpresos, que estavam novamente no Vale do Ribeira! Com todo o imprevisto, mau tempo e sem aviso prévio, a surpresa maior, aconteceu, quando pela janela da aeronave, eles viram centenas de pessoas que os aguardavam: Várias autoridades, homens, mulheres e crianças todos os esperando, debaixo de forte chuva!
Emocionado, Covas chegou ao ouvido do prefeito de Registro e como era do seu estilo, foi se abrindo:
“POXA PREFEITO, MESMO SEM NENHUM AVISO, E CHOVENDO TANTO, O POVO ESTÁ TODO AQUI ME ESPERANDO..." --"SABE GOVERNADOR - RESPONDEU COM FRANQUESA O PREFEITO DE REGISTRO - O PESSOAL ADORA QUANDO O SENHOR APARECE POR AQUI. É A ÚNICA CHANCE QUE ELES TEM DE VER UM HELICÓPTERO DE PERTO!!!"

terça-feira, setembro 12, 2006

Voamos num avião que teve um fim inusitado

A cada dia, temos procurando tornar este Blog, mais movimentado e interessante, recorrendo as memórias do nosso livro que dá titulo a este espaço, além da prioridade aos assuntos atuais, como a matéria sobre o 11 de setembro, que apresentamos no blog de ontem , quando o atentado completava cinco anos . O caso que hoje vamos contar, não é novo, mas é o único no mundo até o momento.
Em 1975 deixamos Águas de Lindóia, eu e o prefeito Adolfo Mantovani, para uma reunião sobre turismo na bela Estância de Irai, no Rio Grande do Sul, divisa com a Argentina. Até Porto Alegre viajamos em avião de carreira. Mas para chegarmos ao local da reunião, tivemos de atravessar o estado gaúcho no sentido Leste-Oeste. Para isso, houve a necessidade de ser fretar um avião juntamente com outros prefeitos de várias estâncias paulistas.
Viajamos na ida e volta no mesmo aparelho, um Navajo da empresa "Ercílio Caleffi", de prefixo PP-JYG, pilotado pelo seu proprietário, e tendo como comissária a sua esposa Marilda. A viagem em ambos os sentidos, transcorreu na mais absoluta normalidade.
Seis anos após essa viagem, a citada aeronave, seria protagonista de um dos mais raros acidentes dos quais se teve notícia. Uma tragédia que além do PP-JYG, envolveu um outro aparelho, também Navajo, prefixo PT-EEP.
Em 24 de setembro de 1981, o jornal O Estado de S.Paulo publicou esta noticia:
. "Dez mortos em dois acientes aéreos no Sul"
Dois aviões modelo “Navajo” que se dirigiam à cidade de Concórdia (SC) para a inauguração de uma filial da J.H. Santos (a idéia inicial é que ambos se chocaram no ar, mas não), caíram próximos dessa cidade , quase no mesmo horário e mataram 10 pessoas. No PT-JYG, morreram quatro pessoas, o comandante do aparelho, Hercílio Calefi, proprietário da empresa, e sua esposa Marilda (que nos conduziram até Irai), o secretário da Indústria e Comércio do Rio Grande do Sul, Antonio Carlos Berta, e o presidente da Federação das Associações Comerciais de Santa Catarina, Fábio Araújo Santos. No PT-EEP, morreram mais seis pessoas, entre as quais o industrial Félix Araújo Santos, irmão de Fábio, que morreu no outro avião. (Isto é incrível !)
(Nota: os parêntises na notícia foram colocados por nós.)
Amanhã tem mais...

segunda-feira, setembro 11, 2006

11 de setembro - " Dia do Terror "

Há décadas temos acompanhado ações terroristas em várias partes do mundo, movidas pelas mais diferentes razões, inclusive religiosas. Porém, ninguém poderia imaginar, nem os que produzem os mais incríveis e arrojados filmes de ficção, que no dia 11 de setembro de 2001, o mundo ia conhecer o ato terrorista mais ousado da história da humanidade. Era manhã em Nova York, nos Estados Unidos, quando terroristas suicidas, seqüestraram quatro aviões. Dois deles se chocaram contra o “World Trade Center”, também conhecido como Torres Gêmeas (que já havia sofrido um atentado em 1993, quando bombas instaladas no seu subterrâneo mataram cinco pessoas e abriram uma cratera de 30 metros.) Um terceiro avião atingiu a sede do Pentágono, em Washington, enquanto um quarto aparelho, ao que se presume, tinha como alvo a Casa Branca (sede do governo americano) caiu ou foi abatido?, numa área rural do Estado da Pensilvânia. Esse trágico acontecimento, além de deixar sua marca, instituiu, há exatos cinco anos o “Dia do Terror”, produzindo cenas mais próximas da ficção, do que da realidade. Essas horas trágicas, se alastraram rapidamente por todo o mundo, custaram a vida preciosa de 3,5 mil pessoas, e produziram em nossos corações uma permanente incerteza, que só poderia ser minimizada se os governos das nações mais importantes do mundo, contivessem um pouco suas insaciáveis ambições.

Arquitetos da "Silverstein Properties", divulgaram no último sábado (foto) como serão as novas Torres Gêmeas, do World Trade Center. A primeira torre a partir da esquerda, terá o nome de “Liberdade” . Você não acha que deveria se chamar "Esperança?"
Na presente matéria, fizemos uma colocação utópica sobre a paz mundial. Porém,se o País mais poderoso do mundo, que está construindo uma obra dessa envergadura, refletisse mais profundamente o significado da palavra liberdade, certamente a paz deixaria de ser uma quimera, para se tornar uma doce realidade.
Liberdade sf. 1. condição de quem é livre. 2- livre-arbítrio. 3- Independência e 4-Sinceridade.

domingo, setembro 10, 2006

Marina nome de Estrela do Mar


Dizem que os menos apressados são mais sensíveis, e com o tempo acabam conversando e entendendo a natureza, da qual todos fazem parte.
O compositor, cantor e violinista Dorival Caymmi, certamente é um deles. Baiano, sossegado, inteligente e muito sensível, deve ter interpretado muitos sons vindos do mar e dos coqueiros que assoviam embalados pelo vento. Como é repousante e harmoniosa a sinfonia da natureza.
Por isso, sua primeira canção que aconteceu em 1938, não poderia ter outro nome que não fosse: “O mar”. Desde então, o mar e os coqueirais continuaram lhe inspirando e lhe ditando coisas simples, porém muito belas, e não estaríamos exagerando se chamássemos Caymmi, de o “Pintor da Canção”, porque quando as ouvimos, é como se estivéssemos nas praias da Bahia emolduradas de coqueiros. Vieram em seqüência: “A jangada voltou só”, “Itapoã”, “Navio Negreiro”, “O bem do mar”, “A lenda do Abaeté”, “Rainha do mar” e muitas outras. Só mesmo quem tem intimidade com o mar, poderia fazer esta afirmação: “É doce morrer no mar...”
Sem esquecer o mar baiano, as areias brancas do Abaeté, e os coqueirais das praias de Amaralina e Itapoã, Caymmi, enveredou por outros temas musicais, como “Acalanto”, “A preta do Acarajé”, “Nem Eu”, “Nunca mais”, “Você não sabe amar”, e deu uma fugidinha até Recife, para compor “Dora”, cujo começo da letra é este: “Dora rainha do frevo e do Maracatu, ninguém requebra e dança melhor do que Tu. Te conheci do recife dos rios cortados de pontes...”
Hoje com 92 anos, Dorival Caymmi continua na sua preguiçosa Bahia, e confessa com muita humildade que não compôs nem 100 músicas, e conta que: "Numa certa tarde, estava na praia quando apareceu uma bela e jovem Estrela do Mar, perguntei-lhe o seu nome", e ela respondeu:"Como nasci no MAR, e sou uma menina estrela, Rei Netuno, achou que com a junção de MAR com MenINA, me batizou com o nome de MARINA.

sábado, setembro 09, 2006

Sede do BAC, primeiro clube de Pelé, é demolida


Ainda hoje, se discute se a frase "O Brasil é um país sem memória", foi mesmo pronunciada pelo General Charles De Gaulle, grande líder francês já falecido. O fato, e seja lá quem a pronunciou, ela vai cada vez mais se consolidando. No nosso Blog da última 6a.feira,lamentamos o vultoso roubo que atingiu o setor de obras raras, do maior símbolos da nossa cultura, a Biblioteca Mário de Andrade, que está comemorando 80 anos. No mesmo artigo, falamos que o Ministério Público, vem apurando irregularidades administrativas com desvios de recursos do Estado no Museu da Imagem e do Som (MIS) e Museu da Casa Brasileira (MBC).
Ainda nem refeitos desses lamentáveis acontecimentos,eis que surge outra notícia que confirma a nossa falta de memória, e cultura televisiva. Depois de 87 anos, a sede do Bauru Atlético Clube, onde Pelé fez suas primeiras jogadas de futebol, está em demolição. O imóvel foi vendido em junho, por 4 milhões de reais, a um Grupo da cidade de Marília, que ali vai construir um hipermercado. No Brasil é raro, mas as vezes aparece um herói nessas ações já rotineiras. No caso do Baquinho, o nome desse benemérito é Arlindo Marques Figueiredo, sócio e ex-presidente do clube, que é contrário a solução dada e pede a anulação da escitura.
Nos últimos anos, restava apenas uma parte do gramado onde o "Rei" começou a jogar, e de onde saiu para encantar o mundo com o seu insuperável futebol, quer vestindo a camisa do Santos, ou da Seleção Brasileira. Foi sem dúvida o nosso maior divulgador positivo de todos os tempos. Que ironia! O campo em que ele começou a mostrar a sua arte, vai virar um hipermercado. Pobre Brasil...
Mas ainda resta uma possibilidade de se atenuar o mal. "O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Bauru", está apresentando uma solução intermediária, ao invés de tombar o imóvel, e por que não?, está propondo ao grupo comprador que reserve um espaço no local para instalar um "memorial" a Pelé e ao clube. (R.I.K.J.)

sexta-feira, setembro 08, 2006

Um símbolo de S.Paulo, roubado no seu aniversário

Nas décadas de 60 e 70, nos fins de tarde de uma São Paulo já cosmopolita, mas ainda amável, poucos foram os paulistanos que não fizeram da Biblioteca Mário de Andrade, o seu “point” preferido. Alguns, como referência para encontros, e outros para devorar seus acervos repletos de raras obras literárias ou para contemplar suas centenárias e valiosas gravuras.
Há pouco vindo dos EUA, onde doei alguns dos meus livros, ouvi ao lado do meu filho Roberto Júnior, de David Gardner, um dos responsáveis pela “Biblioteca Central de Dallas”-Texas, esta expressão: “De cada cem pessoas que pensam em escrever um livro, apenas uma escreve”. Pois um dos motivos pelos quais eu criei coragem para escrever “Arquivos de um repórter”, foi o fascínio pela Mário de Andrade, e o desejo de um dia saber que meu modesto livro, poderia estar abrigado nem que fosse na sua mais modesta prateleira. E ele está! Hoje, um livro está na tradicional Mário de Andrade e o outro na unidade circulante, também na Rua da Consolação, incluídos nos seus catálogos.
Quando está comemorando 80 anos, a Biblioteca mais importante do país ganha de presente uma ampla reforma. E é neste momento especial, que parte do seu do seu setor de obras raras, de valores inestimáveis é roubado. Obras como o livro de orações do ano de 1501 impresso em pergaminho, 58 gravuras de Rugendas (1802-1858), 42 de Debret (1768-1848), 12 de Steinmann (1800-1844) e três de Burmeister. O fato é muito grave por várias circunstâncias. Não há sinais de arrombamento nas suas instalações, o que sugere um roubo planejado de dentro para fora.
Pobre Brasil, um país cujo povo precisa de cultura como ar pra respirar, e que têm pessoas que se infiltram nesses ambientes não para aprender, mas para ensinar como usar esses acervos como moeda de troca. Ao mesmo tempo em que a Mário de Andrade é roubada, o Ministério Público já fez blitze no Museu da Imagem e do Som (MIS) e no Museu da Casa Brasileira (MCB) e recolhe 40 caixas de documentos. O MP investiga supostas irregularidades administrativas e desvios de recursos do Estado nas instituições.
Este é o Brasil onde a corrupção não está só em Brasília, mas em cada uma de suas esquinas.

quinta-feira, setembro 07, 2006

"Independência ou morte", ou só Morte?

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Hoje o Brasil amanheceu mais verde e amarelo, não com o mesmo ardor da Pátria de Chuteira, como acontece a cada quatro anos, mas para comemorar a sua Independência, proclamada por D.Pedro, quando gritou a frase “Independência ou Morte!” Na expressão independência, não foi lá muito feliz, mas em compensação na palavra “Morte” além de lapidar foi profética. Hoje se o Brasil ou qualquer outro país ousar se libertar da teia deste “Mundo Globalizado” ai sim, encontrará um motivo para decretarem a nossa morte. Mesmo a nossa pátria de chuteira mostra a cada Copa que tem de ceder as conveniências de uma entidade que também globalizou o nosso futebol. Então até quando vamos comemorar a nossa independência e as nossas conquistas no esporte? Essas afirmações podem ser entendidas como antipatriotas, mas não são. É de alguém que é a favor a uma independência de verdade mas que fique apenas a primeira sílaba “in”, excluído o resto: “Dependência”. Hoje, o mundo infelizmente só tem dois caminhos a seguir: o do conflito, ou o da dominação. A maioria dos países teve de embarcar nessa nave chamada global, que como toda nave tem seus comandantes, e a outra é embarcar na nave ao lado, que embora transloucada nasceu da opulência imperialista dos chefes do Mundo Globalizado, que com tanta ambição e injustiças, acabaram gerando o hediondo terrorismo dos quais a nossa sociedade, e esses donos do mundos somos reféns. A propósito, dentro de quatro dias o terror que já era praticado há décadas, acabou sendo reconhecido oficialmente no dia 11 de setembro de 2001, quando a cidade de Nova York foi atingida pelo atentado terrorista mais ousado até hoje cometido.
As dimensões do atentado e suas conseqüências demonstraram que as ações terroristas se tornaram, em nível mundial, um dos maiores problemas políticos e de segurança pública do Século 21, especialmente para alguns países do chamado G-8. O certo é que o terror dividiu o mundo em duas forças poderosas: uma que aterroriza e põem em alerta. A outra, a do mundo globalizado, cuja ganância, alimenta a cada dia mais ódio e terror.
Enquanto os países vão comemorando as datas de suas independências?!? as mortes vão acontecendo em choques provocados dentro dos próprios países e regiões, como o ETA na Espanha, o Hamas no Oriente médio, o IRA no Norte da Irlanda e o JIHAD, fazendo a sua “Guerra Santa”. Enquanto isso, vamos fazendo de conta que somos uma nação soberana, e nos garantindo com o pagamento em dia das nossas dívidas externas. R.I.K.

quarta-feira, setembro 06, 2006

A perda de um ídolo


A perda de um ídolo

Pois é meu querido neto Bruno perdemos o nosso grande ídolo, o Steve Erwin, que fazia muito sucesso no canal por assinatura “Planeta Animal”, onde a sua série tinha o nome de `Caçador de Crocodilos`. Erwin era um australiano muito audacioso, que lidava de mãos limpas com os mais peçonhentos animais do planeta. Bruno, quando estivemos ai em sua casa num dos filmes da série (sei que você se lembra) em que ele foi picado por uma cobra venenosa. O bote foi tão rápido que você voltou a cena várias vezes para chegarmos a conclusão, se a cobra o picou de verdade, ou se foi um truque de filmagem. Infelizmente a serpente o picou mesmo. Mas essa não foi a causa da sua morte. Na sua vida de jovem arrojado, continuou nas suas mais incríveis aventuras, até que na última 3ª feira (dia 4), foi vítima de um ataque de uma raia, enquanto ele filmava um documentário na Grande Barreira de Corais australiana.
Acostumado a lidar com animais extremamente selvagens como crocodilos, cobras e aranhas venenosas, Erwin teve o coração perfurado pelo ferrão de uma arraia, animal cujo veneno não é mortal para os seres humanos e que só ataca quando se sente ameaçada ou tocada de forma contundente. Anotou?
Querido Bruno, não somos só nós dois que estamos tristes! há muita gente que também gosta de animais e de quem lida com eles. Para você ter uma idéia, a audiência do `Caçador de Crocodilos` em todo mundo é de duzentas milhões de pessoas, dez vezes a população da terra em que ele nasceu e morreu: a Austrália.

terça-feira, setembro 05, 2006

Hoje vamos falar de M.P.B

Um talentoso trio é reponsável pela Bossa Nova

Com todo o respeito ao fenomenal Heitor Villa Lobos e suas "Bachianas", jamais poderemos nos esquecer que um dos mais ricos momentos da nossa música foi o surgimento da Bossa Nova. Eu trabalhava com locutor na Rádio Jovem Pan no auge
desse novo estilo da nossa música e como fazia locução no programa do importante radialista Walter Silva que ficou famoso com o seu "Pick-up do Pica Pau", aproveitava durante uma música outra para conversamos (para variar) sobre música popular brasileira. Foi num desses bate papos que acabei sabendo sobre o surgimento da bossa nova da qual eu sou um grande fã. Essa história envolve os nomes de três talentosos artistas. o cantor Agostinho dos Santos, o músico Johny Alf e claro João Gilberto. A rápida história sepassou assim: "Olha João, o Johny está tocando no Lancaster, em São Paulo, e achou um tipo de batida diferente, mas ele não consegue tocar no piano esse estilo sincopado, e pediu-me para eu falar com você para tirar isso ai no violão." Cantarolou para João Gilberto e a nova batida saiu. Johny Alf é o pai da divisão rítmica, Agostinho dos Santos como um pássaro transmitiu a idéia a João Gilberto que com seu talento tornou a bossa nova uma realidade audível. Um movimento que ficará no acervo, como o que há de melhor na nossa M.P.B em todos os tempos. Aproveite o dia de hoje, e procure ouvir os maiores sucessos da bossa nova. Por hoje é só!

sábado, setembro 02, 2006

Malas mais pesadas por causa dos "malas sem alça"

VIAJAR SERIA UM GRANDE PRAZER, SE NÃO
EXISTISSEM OS “MALAS” COM RODINHAS !

Viajar é um saco principalmente para fora do Brasil. Logo começam a aparecer aqueles “muy amigos” com listas quilométricas de pedidos para ele e toda a família, e com este aviso:“Viu, você paga com o seu dinheiro e na volta a gente vê o câmbio e acerta, ok?” –“Se você não encontrar algum produto da lista, veja um similar, mas me liga antes viu. Pode ligar que depois a gente acerta tudo.”

Vamos imaginar um astronauta muito gentil que se oferecesse para trazer para alguns amigos, algumas lembrancinhas dos planetas que vai visitar em sua primeira viagem ao espaço:

Pedido de um mecânico:..............”Quero uma bateria de SATURNO”
De um joalheiro:.......................... ”Quero um anel de JÚPITER”
De um ufólogo de Varginha........”Quero que você traga de MARTE uma fêmea para o meu “Et”. Quero fazer uma criação”.
De um criador de cães de ITÚ. ” Quero uma coleira bem grande que sirva no meu PLUTÃO”
De um farmacêutico....................”Quero um frasco de MERCÚRIO”
De um químico.............................”Quero o símbolo “U” de URANO”
De uma sexóloga famosa.............”Quero uma camisinha de VÊNUS”. R.I.K
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