/* Excluido depois do Upgrade do Google em 25 de Outubro de 2009 Fim da exclusao */

quarta-feira, dezembro 24, 2008

JESUS, CERTEZA DA VIDA ETERNA
“Retirado o divino corpo do Salvador da cruz por José de Arimatéia, Nicodemos e talvez São João e algum outro discípulo, foi depositado sobre o longo lençol que Lhe servia de mortalha. São Marcos, em seu Evangelho (15,46), esclarece que José de Arimatéia, depois de obtida a licença para sepultar Jesus, comprou um pano de linho para envovê-lo. Esse lençol (hoje, o controvertido Santo Sudário), segundo o costume, era longo e deveria ser dobrado na altura da cabeça sobre o cadáver a ser sepultado. Algumas faixas de tecidos serviriam para prender o lençol ao longo do corpo. Não tiveram tempo para lavar o corpo, nem barbear o rosto, como era costume, pois já estava tarde e, com o pôr do sol, começaria o sábado, dia em que não se podia trabalhar; este ritual, aliás, não se observava com sentenciados. Os discípulos puseram algumas ervas aromáticas junto ao corpo ainda ensangüentado de Jesus, e o depositaram no sepulcro. “PARECIA TUDO TERMINADO, MAS ERA EXATAMENTE O MOMENTO EM QUE TUDO COMEÇAVA"...
Para entender a figura radiante do homem Jesus de Nazaré é necessário situar-se em sua época. Nascido numa humilde estrebaria em Belém, passou à infância na carpintaria de José (seu pai) em Nazaré. Já aos 13 anos demonstrava espantosa sabedoria, posto que discutia elevadas questões filosóficas com os doutores da lei, habituados a longos discursos e aprofundados estudos. Esse período que vai dos 13 aos 30 anos é desconhecido e motivo de especulação para os estudiosos de sua biografia, que se torna clara a partir das bodas de Caná, nas quais ele, a pedido de Maria, sua mãe, transforma água em vinho. Jesus era um homem assediado pelas multidões de famintos espirituais que se maravilhavam com suas palavras e com os seus “milagres”. Nas tardes, ao por do sol, era visto pelas montanhas, desertos e vales a ensinar ao povo a sua boa nova. Era chamado de místico, de profeta, impostor, de mistificador, de filho de Deus. Entre a multidão que o comprimia estavam os portadores de seqüelas e doenças de todos os matizes. Os cegos o procuravam tateando nas trevas a esperança que Ele lhe restituísse a visão. Os aleijados mostravam os membros ressequidos. Os surdos e os mudos faziam-lhe sinais. Os paralíticos eram colocados às margens das estradas para que Ele os tocasse, pois diziam que dele saía uma virtude que curava a todos. E para todos Jesus tinha uma palavra de conforto, um gesto favorável. Sendo homem de qualidades excepcionais e de virtudes muitíssimo acima da humanidade terrestre, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento de seus desígnios. Como homem, apresentava a organização dos seres carnais; porém, como espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível. A sua superioridade com relação aos homens não deriva das qualidades particulares de seu corpo, mas das do seu espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito dotado de puríssimos fluidos. Sua alma possivelmente não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração, superior em muito à que de ordinário possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses feudos lhe conferia imensa força magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem. Os seus chamados “milagres” pertencem portanto, na maioria à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, dos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma. Eventos como “A Pesca Milagrosa” (Lucas, cap. V, v. 1 a 7), “O Beijo de Judas” (Mateus, cap. XXVI, v.46 a 50), “A Vocação de Pedro, André, Tiago, João e Mateus” (Mateus, cap. IV, v.9), e a entrada de Jesus em Jerusalém (Mateus, cap. XXI, v. 1 a 7) são explicadas e entendidas em razão da dupla vista de que Jesus era portador. As curas tais como “A Perda de Sangue” (Marcos cap. V, v. 25 a 34), “O Cego de Betsaida” (Marcos, cap. VIII, v. 22 a 26), a do “Paralítico” (Mateus, cap. IX, v. 1 a 8), “A Mulher Curvada” (Lucas, cap. XIII, v. 10 a 17) e outras, eram concretizadas pelo magnetismo pessoal de Jesus, que unindo a sua vontade firme a excelência dos seus fluidos, era capaz de promover curas consideradas impossíveis para os homens comuns que o seguiam. Os possessos diante dele livravam-se de seus perseguidores invisíveis ao seu simples comando, visto ser a sua autoridade moral incontestável. Ao caminhar sobre as águas, Jesus poderia estar levitando ou apenas presente através de uma forma tangível, estando alhures o seu corpo carnal. Nas chamadas ressurreições, Ele próprio explica aos presentes que a morte ainda não havia se efetivado. “Esta menina não está morta, está apenas adormecida”, disse Jesus ao reanimar a filha de Jairo. Explicados tais fatos pelo magnetismo e por outras leis naturais antes desconhecidas perguntamos: isso faz a missão de Jesus tornar-se menor? O seu sacrifício, crucificado por ordem de Pôncio Pilatos, procurador romano e feroz repressor das rebeliões, sua renúncia e seu amor, sofrem ranhuras por considerarmos naturais os seus feitos? A lógica nos diz que não. Jesus foi mestre, o maior deles, o mais completo em virtudes e sabedoria. Todavia, o seu maior milagre, o que verdadeiramente atesta a sua superioridade, foi à revolução que seus ensinamentos produziram no mundo, malgrado a exigüidade dos seus meios de ação, pois que sendo pobre, e nascido em condição humilde em meio a um país pequeno, inculto, obscuro e sem liberdade, provocou uma revolução de tão grandes proporções que não existe habitante terreno que não lhe conheça algum feito. Convivendo com populações humildes oriundas de um meio sem preponderância política, artística ou literária, passou a história como um marco inesquecível e fato histórico insuperável, que fez brilhar nas consciências dos homens a inextinguível luz do amor, clarificando os espíritos na extensa caminhada da evolução. Jesus sendo o espírito mais perfeito que já habitou entre nós, tido como guia e o modelo para a Humanidade, é considerado como o médium de Deus, aquele que trouxe a luz para afugentar as trevas da ignorância dos homens.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

NA FEIRA DO PASSARINHO, um olho no VENDEDOR e outro no TREM !
Em Maceió esta feira é realizada em cima das linhas do trem, onde a todo instante este aviso é repetido: "Cuidado freguesia, que o trem tá vindo..."
Em Maceió no estado de Alagoas, existe um ponto de encontro que já virou passeio obrigatório de alagoanos e turistas. É a tradicional "Feira do Passarinho", que merece ser inluída no rico folclore brasieleito.
Os produtos vendidos são variados, só que no auge das negociações, vendedores e clientes deixam o local às pressas para dar passagem ao trem. Muitos levam a banca com as mercadorias. Alguns produtos ficam nos próprios dormentes enquanto o trem passa.
"O trem se foi" grita Geremias, um dos vendedores". Imediatamente recomeçam as negociações em cima dos trilhos, e tudo volta a funcionar até o próximo trem apontar. A feira oferece de tudo: roupas, produtos eletrônicos, peças para bicicleta e vários serviços, como conserto de relógios e corte de cabelo.
Tem até gaiola, mas difícil mesmo, é encontrar passarinho, cuja venda é proibida pelo Ibama, por isso, a resposta anda de boca-em-boca: "Nós não temos passarinhos". A feira fica no centro de Maceió. Pra vencer a concorrência, os vendedores acabam cedendo às pechinchas.
(Dez horas da manhã). A Feira do Passarinho vai ser interrompida pela quinta vez no mesmo dia para dar passagem ao trem. A correria é a mesma nas 16 viagens diárias. Mesmo com o risco de acidente, a maioria não troca o lugar por nenhum outro. José Olino trabalha na linha do trem há 17 anos. Já teve que correr com a máquina e com o cliente pra não ser atropelado. Aí para qualquer negociação. Às vezes chegam a perder material pra deixar o trem passar.
Na feira, só uma coisa não passa: o tempo! Para Osvaldo da Raimunda, os discos de vinil estão longe de virar peças de museu. Só ele tem mais de 10 mil. “Tenho evangélico, católico, brega, reggae, samba, pagode, tudo o que se imaginar.” O trem faz um percurso de 27 quilômetros, de Maceió até Rio Largo, várias vezes ao dia e o número de acidentes é pequeno, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos.
São, em média, dois por ano. Geralmente, envolvendo consumidores que não dão atenção ao apito do trem. Felizmente, nenhum acidente grave foi registrado até hoje, talvez por isso, as negociações vão prosseguem a todo vapor!

sábado, dezembro 13, 2008

O CÉU É O LIMITE
Coragem, Ousadia e Romantismo são marcas do Show Aéreo de Wingwalk, que em português significa: "Caminhante sobre Asas" Somente 20 equipes no mundo fazem o trabalho que esta equipe tem capacidade de realizar. A equipe brasileira é a única na América Latina.
Um biplano robusto com suas linhas imponentes contrastando com o céu azul de fundo, vai ganhando altura. Faz um looping, solta sua fumaça e saúda o público que aplaude ansioso por uma seqüência de manobras radicais, mas o Show Cat "ajeita-se" e calmamente começa a voar em linha reta. Alguns segundos de silêncio rompidos por uma exclamação geral... Uma silhueta começa a sair da cabine do avião e dirige-se para as asas. Agora sim começa o show aéreo. Prepare-se porque está no ar a Equipe Brasileira de Wingwalking. Este balé aéreo da "Brazilian Wingwalking Airshows", é formado pelo piloto Pedrinho Mello como é conhecido na aviação e Marta Lúcia Bognar (ambos na 2a. foto). Marta é a única "wingwalker" da América Latina. Em todo o mundo só existem 20 equipes de Wingwalk. Esta atividade resgata a história da aviação e é sempre uma das atrações mais aguardadas pelo público que se emociona com a harmonia e alta qualidade das manobras executada. A atividade de "WINGWALKING" surgiu nas primeiras décadas do século, de forma amadora e adquiriu com o passar dos anos o profissionalismo que valoriza a segurança de vôo, e torna-se um entretenimento cultural, que preserva e resgata a história da aviação. Pedrinho Mello; é instrutor de acrobacia aérea, mecânico de aeronaves e piloto de demonstração e show aéreo. Pertence a ACRO - (Associação Brasileira de Acrobacia Aérea ) e ABAAC ( Associação Brasileira de Aeronaves Antigas e Clássicas). Marta Lúcia Bognar, é Wingwalker desde 1992. Durante as apresentações, o piloto realiza manobras acrobáticas, que arrancam suspiros do público, enquanto a wingwalker permanece para a admiração de todos, em cima da asa do avião, resultando no maravilhoso "ballet" aéreo do casal. O equipamento é uma aeronave acrobática - modelo Showcat -, chamada com carinho de "Branco Ventania", um biplano robusto, totalmente preparado para desenvolver esta atividade e possui dispositivo de fumaça para valorizar as manobras e enriquecer o show aéreo

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Estudioso acredita que recorde dos 100 m rasos pode chegar a 9s48
(Das agências internacionais)
O mundo todo ficou impressionado quando, com folga, o jamaicano Usain Bolt (foto), venceu a final olímpica dos 100 m rasos e cravou o recorde mundial da distância, com 9s69. Mas, segundo um estudioso norte-americano, a marca da prova mais tradicional do atletismo pode cair ainda mais, chegando a 9s48.
Bolt cruzou a linha de chegada e bateu o recorde com folga, mas o limite ainda está longe. Além da velocidade, Bolt ficou conhecido pelo carisma durante os Jogos de Pequim.
Logo depois do feito de Bolt em Pequim, o professor de biologia Mark Denny, da Universidade de Stanford, propôs-se a estimar qual o limite do ser humano. Depois de pesquisas e análises, concluiu que entre os homens é possível baixas em 21 centésimos a marca feita pelo jamaicano. "Meus resultados mostram que a velocidade tem limites. Mas não é possível saber o que conta para eles serem atingidos", afirmou Denny, que publicou seus estudos na revista Journal of Experimental Biology . Para chegar às suas conclusões o biólogo usou material datado do século 19. E não se baseou apenas em humanos. Ele estudou corridas de homens, cavalos e cachorros. O que o impressionou é que os animais atingiram um limite, enquanto os homens ainda estão em evolução para chegar a isso."Em cada caso, é possível definir um limite de velocidade absoluto. E o recorde atual (de Bolt) se aproxima do que se pode prever como um máximo", disse o professor, de 57 anos. Segundo ele, é impossível prever quais as limitações que ainda deixam o homem deste suposto limite. Mas, diz no estudo, as restrições durante as provas são tanto por fatores físicos quanto por psicológicos.Para Bolt, ficou claro que o tempo poderia ser mais próximo das marcas estudadas por Denny. Antes do fim dos 100 m rasos, o velocista chegou a bater no peito e comemorar. Segundo outro estudioso, o físico Hans Eriksen, o jamaicano poderia ter cravado 9s55 na final olímpica. Entre as mulheres, o tempo mínimo nos 100 m rasos pode chegar a 10s39, segundo a estimativa de Mark Denny. Portanto, a distância na categoria feminina de seu limite estaria mais próxima de ser atingida, já que o atual recorde mundial é de Florence Griffith-Joyner, dos Estados Unidos, com 10s49 (1988), apenas um décimo mais lenta.No entanto, Denny usou o tempo de 10s61, feito pela corredora em outra prova, já que Florence teve uma pequena ajuda do vento para atingir o tempo do recorde. O professor explicou que os tempos mais velozes para as mulheres são sempre "de 9,3% a 13,4% mais lentos do que os dos homens."

terça-feira, dezembro 09, 2008

A simpática e acolhedora estância de Santa Rita do Passa Quatro, ostenta o título de capital dos raios no Estado de São Paulo, mas alguns moradores nem querem saber dessas pesquisas. Disfarçam e procuram esconder a todo custo essa fama da cidade, com medo de que os turistas deixem de conhecer suas belezas naturais:, seus recantos, várias cachoeiras, um dos melhores e mais puros e, principalmente, porque é a terra natal de Zequinha de Abreu, um dos mais inspirados compositores do Brasil de todos os tempos. Autor das mais belas valsas brasileiras, entre elas: Branca, Tardes de Lindóia, Aurora, Amando sobre o mar... e de choros famosos como Tico-Tico no Fubá, uma, das duas músicas brasileiras, incluídas nos desenhos animados de Walt Disney. Abaixo, foto da praça principal com a Igreja Matriz ao fundo. E à direita o busto de Zequinha de Abreu, o filho ilustre - (1880-1935)
Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? - Frase das mais conhecidas, menos para a aposentada Josefina Terassi Brezolin, com cerca de 80 anos, que jamais contou aos seus netos a velha história de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. A duras penas, ela descobriu que um raio pode, sim, atingir o mesmo local , e não apenas duas vezes, pois foram quatro no seu caso. Parece incrível mas ela foi atingida em nada mais nada menos do que quatro oportunidades pelos raios que caem na simpática Santa Rita do Passa Quatro (SP). A primeira vez aconteceu há mais de 37 anos num fazenda de Santa Rita. “Não gosto nem de lembrar“, afirma sua filha mais velha Jandira, que afirma que têm imagens bem vivas em sua memória. “As faíscas entravam em casa, era horrível. Minha mãe perdeu os sentidos e começou a enrolar a língua, era aquela gritaria”, relembra. “Depois encheram-na de correntes, porque diziam que elas tiravam a eletricidade”. Em seguida, dona Josefina foi levada ao hospital, onde permaneceu internada por dois dias, com dores no corpo. Ao final desse período, voltou para casa, sem seqüelas. “Todos tínhamos muito medo, éramos pequenos ainda” diz João Donizete.
Para desespero dos filhos, os raios voltariam a atingir a mãe outras três vezes, num intervalo aproximado de cinco anos. Há mais de três décadas, porém, a aposentada não sofre mais com a ameaça que vem do céu.
Outros casos também fizeram muitas vítimas, algumas das quais chegaram a perder a vida.

Ciência – O engenheiro eletrônico Osmar Pinto, chefe do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dá algumas pistas do motivo da honraria se Santa Rita. Segundo ele, a região da cidade é uma das que apresentam maior incidência de raios no Estado. “Especificamente, porém, há uma série de fatores que podem determinar a quantidade de raios que caem em um município, como a posição em relação ao mar e a proximidade de sistemas meteorológicos (como correntes de ventos continentais) e de montanhas”, e cita que um outro fator está sendo estudado. Santa Rita está sobre uma espessa camada de basalto – também conhecida como pedra-ferro-, mas não se chegou a nenhuma conclusão até agora.
Se quizer conhecer uma acolhedora cidade, repleta de atrações naturais e históricas, programe Santa Rita do Passa Quatro, numa próxima viagem.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

EPOPÉIA PARA O PACÍFICO
Cerca de 3 800 trabalhadores enfrentam os perigos e desafios da floresta Amazônica e da cordilheira dos Andes. O objetivo é abrir o trecho final do caminho que vai levar produtos brasileiros até os portos peruanos
A iniciativa é considerada o plano mais ambicioso de investimentos em infra-estrutura que pretende desenvolver e integrar as áreas de transporte, energia e telecomunicações da América do Sul. A expectativa é de que o plano criará novas oportunidades econômicas, atrairá milhares de turistas e apresentará novos desafios aos ambientalistas na proteção de áreas naturais.
O objetivo do governo é que a estrada não seja apenas um corredor de mercadorias. Estão sendo estimulados negócios que vão gerar emprego e renda por intermédio de parcerias público-privadas. Assim, muitos setores serão beneficiados, especialmente na área de exportações. Os produtos brasileiros que hoje partem do porto de Santos, em São Paulo, levam pelo menos 27 dias para chegar à China. Percorrem 22.944 quilômetros se passarem pelo canal do Panamá e 23.650 quilômetros se contornarem a América do Sul, cruzando o Estreito de Magalhães para atingir o Pacífico. Esse percurso será feito em apenas 17 dias quando a Estrada Interoceânica estiver livre para o tráfego. Além de integrar Peru e Brasil, a Estrada Transoceânica garante rapidez e eficiência no transporte, com menor custo, condições fundamentais para dar competitividade às exportações sul-americanas.

Numa das regiões mais inóspitas da América do Sul, um exército de aproximadamente 3.800 operários enfrenta no momento altitudes superiores a 4.000 metros, avalanches de lama e temperaturas que variam, num mesmo dia, de 15 graus negativos a 20 positivos. Eles estão empenhados em terminar a construção da rodovia Transoceânica, que vai abrir um caminho para a circulação de mercadorias entre o Brasil e o oceano Pacífico. A conclusão dessa estrada representa uma das maiores epopéias de engenharia já realizadas no continente -- o que não é pouco em terras onde já foi erguida Itaipu, a gigante brasiguaia que reinou por quase duas décadas como a mais potente hidrelétrica do mundo, até ser desbancada nos últimos anos pela chinesa Três Gargantas. A idéia da Transoceânica começou a sair do papel no início da década de 90. O trajeto de 2 600 quilômetros ligando Rio Branco, a capital do Acre, aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juan de Marcona (no mapa acima). A parte brasileira do traçado, um total de 344 quilômetros, já foi concluída. Resta agora executar o trecho final, muito mais longo, complexo e desafiador. "É um trabalho faraônico. Não existe nada desse porte sendo feito hoje na América Latina", afirma Luiz Weyll, diretor de contrato da Odebrecht, uma das construtoras brasileiras responsáveis pelo projeto, que tem prazo de término previsto para 2.011 e custo de cerca de 1,8 bilhão de dólares.
(1) - Caminhões trafegam pelo trecho brasileiro da Transoceânica já asfaltado. Restam cerca de 2.000 quilômetros por uma das regiões mais isoladas e inóspitas do continente sul-americano, e que segundo previsões estará concluido até 2.011; (2) - Ônibus circula sobre um grande trecho sem asfalto; (3) - A placa indica bifuração para quem deseja optar pela cidade de "Assis Brasil" ou seguir destino para cidades peruanas.







quarta-feira, dezembro 03, 2008

AVIÃO FARÁ BUSCA DE INDIOS ISOLADOS EM FLORESTA Depois de serem fotografados pela primeira vez, "índios invisíveis" reagem a flechadas em selva no interior do Acre
O avião de sensoriamento remoto R99-B do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) será acionado a cruzar os céus da floresta em busca de um alvo inédito: 39 grupos de índios isolados que supostamente vivem no território, segundo indícios registrados pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Não há estimativa oficial sobre o número de índios que vivem em condição semelhante aos que foram fotografados no Acre, próximo da fronteira com o Peru, ainda não contatados. As imagens dos indígenas correram o mundo em maio. A prioridade do serviço de sensoriamento remoto será a confirmação da existência de índios isolados no noroeste do Mato Grosso.
Pressionada por madeireiros e pela atividade agropecuária, a região é uma das frentes de desmatamento da Amazônia. Reúne cinco registros de grupos índios isolados, cuja sobrevivência estaria ameaçada. "A situação ali é de emergência", diz Márcio Meira, presidente da Funai, que negocia o uso do avião sensor como o mais moderno instrumento dos sertanistas. Dotado de radar capaz de rastrear pessoas pela temperatura do corpo a uma grande distância, o avião se ajusta à perfeição à política adotada mais recentemente em relação aos índios isolados: de mantê-los isolados, sem contato com a sociedade. Até aqui, o trabalho de verificação dos indícios era feita basicamente por meio de caminhadas na mata.
Na mesma região declarada prioritária pela Funai, a fundação começa a notificar fazendeiros a parar a exploração de madeira e minérios e a não expandir a produção agropecuária em decorrência da confirmação da existência de um grupo, os piripkura, de apenas dois índios isolados.
As medidas estão previstas em portaria editada há um mês e meio e que restringe o uso de uma área de 242,5 mil hectares - pouco mais de uma vez e meia a cidade de São Paulo- nos municípios de Colniza e Rondolândia, identificado como território dos piripkura. O contato com os piripkuras aconteceu no ano passado, mais de 20 anos depois da primeira vez em que integrantes do grupo teriam sido avistados. Supostamente apenas dois homens do grupo sobreviveram: Tikun e Mondeí.
Parte dos registros em estudo pela Funai também tem mais de uma década. A confirmação dos indícios costuma levar muito tempo. A etapa seguinte à localização -o conhecimento do grupo, até as preliminares do processo de demarcação do território indígena- consome entre dois anos e três anos e meio.
Embora a prioridade da Funai seja confirmar a existência de cinco supostos grupos de índios isolados no Mato Grosso, o número maior de registros em estudo aparece nos Estados do Amazonas e do Pará. Eles têm, respectivamente, 16 e 8 registros, parte deles dentro de territórios indígenas.
As terras indígenas já regularizadas somam o equivalente a 12% do território nacional. A Funai planeja demarcar mais 127 áreas, segundo previsão do programa de proteção dos povos indígenas.
/* Atualizacao do Google Analytics em 25 de Outubro 2009 */