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quinta-feira, abril 15, 2010


                                                 PERIGO SEM TRÉGUA
No Oriente Médio, civis vivem sob tensão de serem vítimas de minas e bombas que não explodiram nos conflitos na região
ARMADILHA: O libanês Hassan Hawrani perdeu a mão esquerda enquanto colhia laranjas no pomar da família. Havia uma bomba no terreno 
O Oriente Médio é uma região conhecida por ser palco de constantes conflitos. Mas, mesmo em tempos de trégua, milhares de pessoas continuam sendo vítimas de um inimigo escondido e perigoso: minas terrestres e bombas que foram lançadas, não explodiram e continuam ativas.
O sul do Líbano é uma das regiões mais afetadas pelo problema. Em 2006, Israel e o grupo islâmico Hezbollah travaram uma guerra de mais de 30 dias. Depois do cessar-fogo, há quase 4 anos, 40 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas, muitas delas com amputações de pernas e braços – todas vítimas de explosivos que caíram no chão, mas só estouraram tempos depois, ao serem acionados por engano.
É o caso do agricultor libanês Hassan Hawrani, que perdeu a mão esquerda em 2007, quando colhia laranjas na lavoura da família.
Entre as frutas no chão havia uma bomba. Ao tocá-la, o artefato explodiu. “Não tinha alternativa. Eu precisava fazer a colheita mesmo correndo risco, pois dependemos da safra para sobreviver”, conta.
Segundo organizações humanitárias, Israel já lançou mais de 1 milhão de bombas de fragmentação, as chamadas bombas cluster, no sul do Líbano. Até agora foram encontradas e destruídas cerca de 200 mil nessa região. Ainda restam, segundo organizações não-governamentais, cerca de 500 mil.
O trabalho de “limpeza” dos terrenos é caro e demorado. O orçamento é de US$ 2 milhões (R$ 3,6 milhões) por ano, segundo o Mines Advisory Group (MAG), um dos maiores grupos internacionais de remoção de bombas e minas terrestres.
Mas o perigo não assombra só os libaneses. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e do MAG, há no mundo cerca de 70 países que sofrem com o problema, onde cerca de 20 mil pessoas são atingidas por ano e 90% delas são civis.
O Iraque principalmente está nessa lista. Desde 1982, mais de 1 milhão de minas terrestres foram neutralizadas

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