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quarta-feira, março 26, 2014

"UM PAÍS MEGALOMANÍACO"...


 Parece tarde demais, para sonharmos  com o legado    dos dois megaeventos  que vão acontecer no Brasil?
Um acontecimento esportivo de grande envergadura, como a Copa do Mundo, não está apenas mobilizando os brasileiros, como o o todo o Planeta. Se formos analisar o impacto de obras em andamento para abrigar a Copa e os Jogos Olímpicos no Brasil, só podemos ficar preocupados (ainda mais num ano eleitoral que promete ser muito acirrado). Se esses dois eventos esportivos deixassem  algum legado ao nosso povo, justificaria em parte as sofisticadas e dispendiosas arenas. Como a Copa tem vida efêmera de apenas 30 dias, perguntamos: E depois? bairros pobres como Itaquera e outros, receberão benefícios tão propalados como melhoramentos de mobilidade urbana, saúde e segurança pública. Devemos aplaudir um cenário de endividamento. De uma coisa podemos ter certeza. De tudo o que podemos garantir é que  todos nós brasileiros (de todos os níveis), no final pagaremos a conta de toda essa insensatez. Infelizmente, as prioridades do nosso povo  desistido são outros bem diferentes. Desnecessário enumerá-los... 
A realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil gerou investimentos em obras de infraestrutura ou estética nas cidades que receberão esses eventos. Como a foto, o novo Maracanã
A geógrafa Olga Firkowski, tem a seguinte opinião sobre os dois megaeventos: "Adoradores do futebol devem estar exultantes. Pois uma Copa do Mundo em nossas terras é para muitos, uma notícia excitante. Enquanto alguns comemoram, governos não parecem se mobilizar em obras de infraestrutura ou estética – seja para agradar aos turistas, seja para amenizar as graves mazelas que acometem nossas cidades. Mas dúvidas ainda perduram. Licitações suspeitas, desvios de recursos públicos em grandes obras, parcerias espúrias entre os setores  público e o privado. Os brasileiros estão habituados a discussões que se embrenham por esses caminhos. Mas, na verdade, ainda não temos clareza para vislumbrar o legado que os megaeventos esportivos – a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – deixarão em nosso país".  Para se refletir sobre o assunto, diz a a geógrafa Olga Firkowaki da Universidade Federal do Paraná, respeitada estudiosa das questões urbanas no Brasil e outros títulos, que participou em setembro do 37º encontro anual da Associação Nacional de Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), em Águas de Lindóia (SP), onde expôs suas críticas e preocupações ao concluir suas análises sobre a questão, acerca do legado dos megaeventos que estão por vir. “É constrangedor pensar que precisamos de uma desculpa do tamanho da copa para que obras importantes e necessárias tenham a mínima possibilidade de sair do papel”.

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