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terça-feira, março 31, 2015

"O PLANETA ÁGUA, VAI SECAR?"

Mais de  70% da Terra é coberta por água. Mesmo assim, 768 milhões de pessoas mundo afora não têm nenhum acesso à água tratada. Entenda como isso é possível. 
A crise da água chegou para mudar a sua vida definitivamente a curto, médio e longo prazo. Não importa se você mora num lugar em que o nível dos reservatórios ainda é razoável - a crise também tem a ver com você. E é um pouco culpa sua também. Não só sua, claro. Também tem as mudanças climáticas (sim, elas existem), a contaminação das fontes, o mau gerenciamento dos recursos hídricos e o crescimento demográfico. A sua parte - reduzir o desperdício - é uma das mais fáceis de colocar em prática. Mas também é importante entender como funciona todo o resto.
Mais de 97% da água da Terra é salgada. Do restante, apenas 0,4% está na superfície    A água da Terra não vai acabar assim, de uma hora para a outra. Temos mais ou menos 1,4 bilhão de km³ de água. Aí você tira da conta a água salgada dos oceanos, todo o volume dos aquíferos subterrâneos e as geleiras, e você chega na grandiosa quantia de 132 mil km³ de água superficial que podemos, de fato, usar. É pouquíssimo. Ainda mais se considerarmos que esse número não mudou muito desde que o mundo é mundo. Um dos problemas é que, enquanto a quantidade de água doce do mundo continua igual, a população cresceu. Em 1950, éramos 2,5 bilhões. Em 2050, a previsão da ONU é de que seremos 9,3 bilhões. É como se a fila do banheiro da sua casa mais do que triplicasse de tamanho. Aí, não há caixa d'água que sustente. Aliás, não é só de uma caixa d'água maior que a gente precisa. Para dar conta de tanta gente, também é necessário gerar mais energia, produzir mais comida, mais roupas, mais tudo. Uma boa parte desse "tudo" precisa de água. Nas próximas 3 décadas e meia, a demanda global deve aumentar 55%. Se considerarmos que a indústria e a agropecuária consomem 90% da água do mundo, a coisa fica mais feia.Os números ajudam a explicar como pode haver crise hídrica em um país com uma bacia hidrográfica tão abundante. Tem outros fatores também: a maior parte da população se concentra perto do litoral e longe de grandes mananciais, como o Rio Amazonas, o maior do mundo em volume. Além disso, a água que chega até a sua torneira provavelmente passa por tubulações construídas nos anos 1940 ou 1950. Não é difícil imaginar que um sistema como esse facilite o desperdício. A cada segundo, mais de 1200 litros são jogados fora no processo de distribuição. Com toda a água desperdiçada aqui ao longo de um dia, daria para abastecer 932 milhões de pessoas (ou 3 vezes a população dos EUA). Isso porque exploramos bem pouco - e bem mal - os nossos recursos hídricos

sexta-feira, março 27, 2015

"COMO FUNCIONA UMA BOMBA À VÁCUO?"

As bombas a vácuo, conhecidas como termobáricas, usam o oxigênio da atmosfera em vez de oxidantes como reagente para explodir. Não se sabem muitos detalhes sobre seu funcionamento – até por questões de segurança. Mas dá para ter uma idéia geral. Os danos provocados por essas bombas vêm de duas fontes: altas temperaturas e pressão. As primeiras bombas do tipo foram criadas na década de 1960 pelo Exército americano, que as usou na Guerra do Vietnã para destruir túneis, limpar campos minados e abrir clareiras na mata para pouso de helicópteros. Outro modelo de bomba a vácuo, o BLU-118/B, foi usado contra a Al Qaeda no Afeganistão, em 2002. Hoje, elas são usadas tanto em áreas abertas como fechadas – atingem até cavernas e bunkers, matando quem está dentro com a onda de pressão. Diferentemente das bombas nucleares, as termobáricas não usam elementos radioativos (como o urânio e o plutônio) e, portanto, não fazem vítimas por contaminação. Mas o estrago é feio: deixa o ambiente atingido com aspecto lunar, com o solo pontilhado de crateras. A mais poderosa arma não nuclear hoje – segundo os russos – é uma bomba termobárica conhecida como Foab, da sigla em inglês para “pai de todas as bombas”, testada em setembro de 2007 no país.
Passo a Passo
Um avião sobrevoa o alvo a cerca de 600 metros de altura e lança a bomba de paraquedas – algumas bombas são teleguiadas por GPS. O tamanho do avião pode variar – os russos, na demonstração da Foab, usaram um Tupolev TU-160, maior avião de combate do mundo, que atinge até 2 220 km/h de velocidade.
Quando a bomba está a cerca de 10 metros de altura do alvo, uma parte do líquido é liberada. Ao entrar em contato com o ar, ocorre um pequeno estouro, que forma uma nuvem de spray de 30 metros de diâmetro e 2,5 de altura, com poder explosivo concentrado. Na Foab, acredita-se que foram usados 30 quilos de óxido de etileno, líquido incolor, tóxico e altamente inflamável.
Logo depois vem a segunda explosão: um detonador é acionado automaticamente e reage com a nuvem. Além do calor de até 3 000 ºC, a bomba gera ondas supersônicas num raio de 300 metros. A destruição da Foab equivale a 44 toneladas de TNT – só perde para a bomba atômica, com poder de cerca de 20 mil toneladas de TNT.
A explosão da mistura é tão potente que consome todos os reagentes, gerando vácuo (daí o nome da arma). Essa ausência de partículas provoca uma nova onda de choque – com a baixa pressão do local detonado e a pressão normal do ambiente, é como se acontecesse um sopro no sentido inverso, até a pressão se equilibrar.
Características: FOAB, a arma mais letal entre as não nucleares. Ano de criação - 2007; Fabricação - Russa;    Peso - 7,8 toneladas; Dimensões não divulgadas.
/* Atualizacao do Google Analytics em 25 de Outubro 2009 */