RISCOS PARA ALCANÇAR - A FAMOSA K-2
A CORDILHEIRA DO KARAKORAM, na fronteira entre o
Paquistão e a China, é o que se pode chamar um braço longínquo do Himalaia. Das
14 montanhas existentes na Terra com mais de 8 mil metros, algumas estão lá.
Uma delas, o distante e temível K2. O K2, com 8.611 metros, é considerado por
muitos alpinistas o cerro mais difícil do mundo. “A montanha assassina” – dizem
– se referindo aos números frios das taxas de mortalidade deixadas por ela. Ao
contrário do Everest, único monte mais alto do que o K2, esse monumento de
granito ainda registra não apenas temporadas, porém anos
inteiros sem que ninguém o suba.
As dificuldades no K2 iniciam-se
antes mesmo da escalada. Para se chegar ao acampamento-base no sopé do monte, é
preciso viajar 675 km de van de Islamabad a Skardu, no Paquistão, depois 112 km
de jipe até Askole (o último reduto humano na rota da montanha) e, por fim,
marchar 105 km geleira acima por um penoso caminho. Essa última etapa leva os
ousados alpinistas da altitude de 2.900 metros para 5.200. Então, vem o maior
desafio.
Nevascas,
tempo instável, avalanches. Todos esses fenômenos são frequentes no K2 e
somam-se ao oxigênio escasso. As vias que levam ao cume possuem, todas, trechos
técnicos e as mais usadas, para ser justo, são chamadas não de mais fáceis” e, sim,“menos impossíveis”.
Em média, são feitas 50 tentativas por ano para escalar o K2.Em julho de 2014, 50 anos da primeira ascensão em 1954, pelos italianos Achille Compagnoni e Lino Lacedelli, 322 pessoas alcançaram seu topo (com 101 mortes, uma morte para cada 3 sucessos). Apenas o brasileiro, Waldemar Niclevicz, conseguiu chegar lá.
Em média, são feitas 50 tentativas por ano para escalar o K2.Em julho de 2014, 50 anos da primeira ascensão em 1954, pelos italianos Achille Compagnoni e Lino Lacedelli, 322 pessoas alcançaram seu topo (com 101 mortes, uma morte para cada 3 sucessos). Apenas o brasileiro, Waldemar Niclevicz, conseguiu chegar lá.