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Fim da exclusao */
Série: ACIDENTES COM CLUBES (final)
VÔO DO CORINTHIANS QUASE UMA TRAGÉDIA!
Na foto o Boeing-727 da FLY, prefixo PP-LBY, após o acidente que poderia ter consequências imprevisíveis. No dia 1º de maio de 1996, um sério acidente numa tentativa frustrada de decolagem no avião que traria de volta a delegação do Corinthians para o Brasil após um jogo em Quito no Equador quase acaba em tragédia. Chovia forte no momento da tentativa de decolagem efetuada pelo comandante Cledir da Silva, nos controles do Boeing 727-2B6 prefixo PP-LBY da companhia aérea FLY, às 17 horas locais (19 horas de Brasília). Na aeronave 72 pessoas à bordo. A pista do aeroporto Mariscal de Sucre, é considerada uma das mais perigosas do mundo. 46 segundos após o início da corrida, quando o avião deveria estar levantando vôo, os passageiros descobriram o que o comandante já sabia: o 727 não iria decolar. Na realidade ele já havia iniciado os procedimentos para abortar a decolagem, a mais de 200 quilômetros por hora. Nesse momento a aeronave patinou, saiu da pista, deslizou pela grama e destruiu tudo pela frente, incluindo cercas e o muro onde finalmente parou, quase nas ruas da capital do Equador. O tanque de combustível da asa direita rompeu-se e derramou combustível sobre o trem de pouso que se partia e as faíscas deflagraram um incêndio que continuou até o momento em que o avião, já na avenida, com a cabine destruída e a fuselagem partida ao meio. O pronto atendimento dos bombeiros evitou o incêndio total da aeronave e o fogo foi logo apagado. Segundo o comandante, no momento em que o avião taxiava, chovia pouco, mas aumentou ao tentar arremeter. "Infelizmente, a pista não foi suficiente para que a aeronave parasse a tempo", garantiu Cledir: "Tivemos muita sorte porque poderíamos ter morrido todos", disse. "Evitei uma tragédia." - "É difícil falar o que houve", afirmou o goleiro Ronaldo. "Mas vou lembrar disso por muito tempo ainda." O goleiro ainda afirmou: "O piloto foi sensacional." Conforme um porta-voz do DAC equatoriano, o avião, ao atingir o muro no final da pista, teve um princípio de incêndio na turbina direita, logo controlado pelos bombeiros. O fogo começou quando o comandante reverteu bruscamente os motores para diminuir a velocidade. "Tinha a sensação de que todos íamos morrer", contou o diretor de Futebol Jorge Neme. "Na hora do impacto, as pessoas foram arremessadas para a frente e houve pânico". A direção do Aeroporto Mariscal Sucre informou que houve apenas feridos leves. O DAC do Equador admite três hipóteses: a ruptura do trem de aterrisagem dianteiro, uma falha nos motores ou mesmo o avião ter patinado na pista devido à chuva. A comissária Carmem declarou que o avião não estava em perfeitas condições desde que saiu de São Paulo. Mas não entrou em detalhes. A tripulação do avião permaneceu na capital equatoriana durante o período de inspeção e a FLY informou que "Desde que a aeronave foi adquirida pela empresa, há quarenta dias, não havia nenhum sinal de problemas em nenhum de seus vôos." O avião foi adquirido da Royal Air Maroc, companhia aérea marroquina. O comandante Cledir, que já havia pilotado o avião antes dessa viagem, disse à empresa que também não sabia o motivo do acidente. "Segundo ele, no momento em que decidiu abortar a decolagem, o avião deveria frear normalmente, até o final da pista", relatou Mello. "Mas a aeronave não parou, não se sabe se pelo fato de a pista estar molhada ou por influência dos ventos."
Amanhã, os Red Arrows, estarão voando aqui no "BloG+G" comemorando a nova série: "Os maiores ases da acrobacia mundial"
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