Empresários sonham com lucros do turismo espacialO turismo espacial é o sonho de um número crescente de empresários nos Estados Unidos. Muitos já se lançaram na aventura de tentar ficar com uma parte deste mercado em potencial, avaliado em bilhões de dólares. "O turismo espacial representará uma proporção substancial da indústria das viagens e do turismo nos próximos 20 a 25 anos", disse, confiante, Eric Anderson, presidente da Space Adventures. A Space Adventures vende com exclusividade lugares nas cápsulas Soyuz, da agência espacial russa, a bordo das quais, por US$ 20 milhões, e depois de um treinamento rigoroso, um civil pode visitar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) durante 10 dias. Em 2001, o milionário americano Dennis Tito se tornou o primeiro turista espacial da história ao viajar para a ISS. Seguiram-no outros dois aventureiros: um australiano e outro americano. O japonês Daisuke Enomoto foi o quarto a fazer a viagem, em outubro de 2006. A Space Adventures acaba de assinar um quinto contrato e negocia com vários outros clientes, informou Eric Anderson em entrevista. A empresa também abrirá um "spaceport" (porto espacial) nos Emirados Árabes Unidos, onde oferecerá em dois anos vôos suborbitais de cinco a dez minutos ao custo de US$ 20 mil. Para isto, usará um tipo de avião espacial para cinco passageiros, além do piloto, no qual uma empresa russa trabalha atualmente, explicou Anderson. O veículo será lançado de um avião, que o levará a 18.000 metros de altitude. Depois de ser lançada, a nave voará quase verticalmente, atingindo os 100 km na fronteira do espaço, sobre a superfície terrestre, permitindo aos passageiros experimentar durante 5 e 10 minutos os efeitos da falta de gravidade e ver a escuridão sideral antes de voltar a descer, aterrissando como um avião comum. "Estes 'spaceports' permitirão que de 5.000 a 10.000 pessoas viagem ao espaço por ano", previu o fundador da Space Adventures. Atualmente existem no mundo 800 multimilionários e aproximadamente 20 milhões de pessoas com fortunas na casa dos milhões de dólares, disse Anderson. "Uma fração deste grupo já representa um bom mercado", destacou. O turismo espacial recebeu um forte estímulo em 2004, com o sucesso do Space Ship One (foto)> o primeiro veículo desenvolvido e financiado pelo setor privado para realizar um vôo suborbital. O aparelho, dotado de um motor de foguete híbrido, também foi levado debaixo da asa de um avião a aproximadamente 13.000 metros de altitude antes de ser lançado sozinho. Seu projetista, o engenheiro Burt Rutan, trabalha agora com a empresa de turismo espacial Virgin Galactic em uma segunda versão desta nave, o Space Ship Two, capaz de transportar em vôo suborbital seis passageiros, além de dois pilotos, ao mesmo tempo. A Virgin Galactic foi criada pelo multimilionário britânico sir Richard Branson, que investiu US$ 100 milhões para desenvolver uma frota de unidades suborbitais. O primeiro protótipo do Space Ship Two voará no fim deste ano e a Virgin Galactic pensa levar seus primeiros clientes por US$ 200 mil dólares cada, no fim de 2008 ou início de 2009, do "spaceport", que poderá ser construído no Novo México (sudoeste dos Estados Unidos). A Rocketplane Kistler, dirigida e em grande parte financiada pelo empresário George French, espera oferecer vôos suborbitais a partir do fim deste ano em seu avião-foguete Rocketplane XP, com capacidade para transportar três passageiros. Por último, a Planet Space, firma financiada pelo empresário americano Chirinjeev Kathuria, está construindo um foguete com três lugares, que poderá levar turistas a uma órbita baixa a partir de 2008. O secretário americano dos Transportes, Norman Mineta, elogiou estas novas iniciativas, e em fevereiro último, prometeu aos empresários que concederia rapidamente certificados de navegabilidade, provando sua capacidade de garantir segurança durante o vôo.
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Olá, Sr. Roberto!
ResponderExcluirResolvi conhecer logo o seu blog! Estou cursando uma disciplina de Astronomia no Instituto de Astronomia e Geofísica da USP e o assunto da semana é justamente viagens interplanetárias. Apesar do enfoque nas leis da física por trás do lançamento de foguetes e satélites, vou levar este artigo sobre turismo espacial à aula de hoje à noite. Certamente teremos uma discussão muito interessante!
Vivian Lavander