Saúde na ponta das agulhas Tratamento tornou-se uma das especializações reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira.
A acumpura, prática chinesa milenar, é grande aliada na medicina preventiva
Com o histórico de retirada de um câncer no seio esquerdo, um marcapasso implantado e um acidente vascular cerebral (AVC), tudo em cerca de três décadas, a aposentada Alzimira Alessio Soares Crepaldi, de 65 anos, não tinha mais esperanças que qualquer tratamento ou remédio melhorasse o permanente inchaço que sentia em todo o lado esquerdo do corpo. Há cerca de dois anos, porém, meio sem vontade, submeteu-se à acupuntura. “Nunca tinha feito e não acreditava nas agulhas, mas como já convivia com o inchaço há muito tempo, resolvi tentar. Depois da acupuntura, tudo passou, já voltei até a usar salto alto”, relata. O inchaço de Alzimira sumiu de vez após oito meses do início do tratamento. Corrente da medicina chinesa com mais de cinco mil anos no Oriente, a acupuntura baseia-se no princípio do equilíbrio das energias do corpo. Falando assim, parece algo meio subjetivo, mas não é. A prática tem comprovação científica no Brasil e está entre as especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, pela Associação Médica Brasileira e pela Comissão Nacional de Residência Médica. No tratamento, o paciente tem que ir a sessões semanais ou quinzenais, dependendo do caso, nas quais agulhas finíssimas são colocadas pelo corpo durante 45 minutos, em média. As agulhas são aplicadas em pontos estratégicos que desbloqueiam as energias. “O bom acupunturista é aquele com quem os pacientes não adoecem, é uma medicina preventiva. A Acupuntura não trata doenças em si, mas o motivo que causou a doença”, esclarece Eduardo Brasil, professor do Centro de estudos em Acupuntura e Terapias Alternativas e diretor do Sindicato dos Acupunturistas do Brasil. O médico Ruy Yukimatso Tanigawa, presidente da Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA), trabalha na área desde 1980. Ele explica que os pontos estratégicos em que as agulhas são colocadas estimulam diferentes partes do sistema nervoso do paciente, o que melhora, entre outras coisas, o sono e a disposição. “Além do aspecto físico de uma doença, o sistema nervoso também é responsável pela melhora ou piora. O paciente tem que ser visto na totalidade para um tratamento, não só por partes ou órgãos”, diz. (A.M.)
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