Geleiras no Ártico derretem "mais rápido" que o previsto
Volume das camadas de gelo do oceano foi reduzida em 38% de 1979 a 2000
O derretimento das geleiras no Ártico acontece "muito mais rápido" que o previsto até então, e se aproxima do "ponto de não retorno", segundo um estudo publicado esta semana, pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF). A calota glacial da Groelândia, com o volume atual estimado em 2,9 milhões de metros cúbicos, e as geleiras do Oceano Ártico, avaliadas em 4,4 milhões de metros cúbicos em setembro de 2007, estão nos níveis mais baixos jamais observados, segundo a organização. O volume das camadas de gelo do oceano conheceu uma redução de 39% em relação ao volume médio observado entre 1979 a 2000. "As mudanças recentes constatadas no Ártico se produzem a uma taxa muito mais rápida do que o previsto", pela Avaliação dos impactos da Mudança Climática no Ártico (Acia), publicada em 2005, e o relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas de 2007, conclui o WWF. O derretimento da calota glacial da Groelândia e da cobertura glacial do Ártico está próxima do "ponto de não retorno", além do que a situação será irreversível, estima a organização internacional. "Quando analisamos detalhadamente as pesquisas científicas sobre as recentes mudanças no Ártico torna-se dolorosamente claro que nossa compreensão do impacto do aquecimento climático está a reboque das mudanças observadas no Ártico", declarou Martin Sommerkorn, um dos autores do relatório. O WWF publica seu estudo por ocasião de uma reunião do Conselho do Ártico, uma organização que reúne os países nórdicos (Estados Unidos, Rússia, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia), nesta quinta-feira nas ilhas Lofoten, na Noruega. Os cientistas da WWF alertam para o desaparecimento dos ursos polares do Canadá, onde vivem dois terços da população mundial dessa espécie. "Estudos anteriores prevêem que o derretimento das geleiras nos mares do norte levaria à extinção de algumas populações de ursos polares por volta de 2050. Mas novos elementos destacam que a extinção em algumas regiões poderia acontecer mais rapidamente", destaca Peter Ewins, diretor da conservação das espécies da WWF-Canadá.
Volume das camadas de gelo do oceano foi reduzida em 38% de 1979 a 2000
(Dos nossos colaboradores em Houston - TX, Roberto Jr. e Bruno Kirsten)
Satélite da Nasa mostra a situação do Oceano Ártico, que derreteu atingindo o seu segundo nível mais baixo neste verão, mostrando uma tendência de derretimento que, confirma as mudanças climáticas mundiais, disseram cientistas da Nasa. O derretimento das geleiras no Ártico acontece "muito mais rápido" que o previsto até então, e se aproxima do "ponto de não retorno", segundo um estudo publicado esta semana, pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF). A calota glacial da Groelândia, com o volume atual estimado em 2,9 milhões de metros cúbicos, e as geleiras do Oceano Ártico, avaliadas em 4,4 milhões de metros cúbicos em setembro de 2007, estão nos níveis mais baixos jamais observados, segundo a organização. O volume das camadas de gelo do oceano conheceu uma redução de 39% em relação ao volume médio observado entre 1979 a 2000. "As mudanças recentes constatadas no Ártico se produzem a uma taxa muito mais rápida do que o previsto", pela Avaliação dos impactos da Mudança Climática no Ártico (Acia), publicada em 2005, e o relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas de 2007, conclui o WWF. O derretimento da calota glacial da Groelândia e da cobertura glacial do Ártico está próxima do "ponto de não retorno", além do que a situação será irreversível, estima a organização internacional. "Quando analisamos detalhadamente as pesquisas científicas sobre as recentes mudanças no Ártico torna-se dolorosamente claro que nossa compreensão do impacto do aquecimento climático está a reboque das mudanças observadas no Ártico", declarou Martin Sommerkorn, um dos autores do relatório. O WWF publica seu estudo por ocasião de uma reunião do Conselho do Ártico, uma organização que reúne os países nórdicos (Estados Unidos, Rússia, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia), nesta quinta-feira nas ilhas Lofoten, na Noruega. Os cientistas da WWF alertam para o desaparecimento dos ursos polares do Canadá, onde vivem dois terços da população mundial dessa espécie. "Estudos anteriores prevêem que o derretimento das geleiras nos mares do norte levaria à extinção de algumas populações de ursos polares por volta de 2050. Mas novos elementos destacam que a extinção em algumas regiões poderia acontecer mais rapidamente", destaca Peter Ewins, diretor da conservação das espécies da WWF-Canadá.
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