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quarta-feira, setembro 27, 2017

"O revide da natureza"

Meteorologistas preveem futuro nefasto
Mil cientistas reunidos recentemente na I Conferência Mundial de Meteorologia alertam para mudanças irreversíveis no clima da Terra nas próximas décadas e suas consequências
Cena do filme "O dia depois de amanhã", ficção científica que trata de mudanças climáticas
Aumento das turbulências aéreas, temperaturas cada vez mais extremas e ondas gigantes nos mares: especialistas internacionais pintaram uma imagem apocalíptica do clima nas próximas décadas, em uma conferência mundial recentemente encerrada em Montreal. No evento da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, mil cientistas discutiram o futuro do clima na primeira Conferência Mundial de Meteorologia.                                                                    Quase 10 anos depois da entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, que buscou reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a pergunta não é mais se a Terra sofrerá com o fenômeno do aquecimento, mas como. “É algo irreversível e a população mundial continua aumentando. É preciso adaptação”, disse Jennifer Vanos, da universidade Texas Tech.Na primeira década do século 21, a temperatura média da superfície do planeta aumentou 0,47 grau Celsius. Um aumento de apenas 1 grau gera 7% mais vapor d’água e, como a evaporação é o motor da circulação das massas de ar na atmosfera, é possível prever a aceleração dos fenômenos meteorológicos. 
Os cenários usados pela comunidade científica estimam um aumento de 2 graus na temperatura média da Terra em 2050. “As nuvens se formarão mais facilmente e com maior rapidez, e os ventos serão mais fortes”, o que causará inundações repentinas, advertiu Simon Wang, da universidade do estado de Utah.Em termos gerais, segundo o cientista americano, a alta das temperaturas terá “um efeito amplificador sobre o clima como conhecemos atualmente”.                                                                          Os episódios de frio intenso, como o vórtice polar que castigou grande parte da América do Norte no inverno passado e já começaram neste inverno, serão mais marcados e extremos, assim como os de calor excessivo e os períodos de seca. Para os meteorologistas, o desafio agora será incorporar esta “força adicional” aos seus cada vez mais complexos modelos de previsão, disse Wang.                                        
Após semanas de cálculos, concluiu-se que as mudanças climáticas amplificarão a força das estreitas faixas de correntes de ar que giram ao redor do planeta. “Até 2025, passaremos o dobro do tempo (de voo) imersos nas turbulências”  
                                                                                                                       

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