À ESPERA DO VELHO CHICO
NORDESTINO SOFRE COM ATRASO NA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO E UMA SECA QUE JÁ ENTRA NO TERCEIRO ANO. SERÁ QUE O SUPERFATURAMENTO E MÃO DE OBRA DAS 12 ARENAS NÃO SERIAM SUFICIENTES PARA AMENIZAR O SOFRIMENTO DE TANTOS BRASILEIROS. O QUE SE PODE ESPERAR DO GOVERNO BOLSONARO?
O Castanhão, o maior açude do Brasil, localizado no Ceará, é tão
grande que pode ser visto do espaço. Armazena 6,7 bilhões de metros
cúbicos de água. É sete vezes maior do que o sistema da Cantareira, o
reservatório da região metropolitana de São Paulo. Ao entrar em seu
terceiro ano, a seca que castiga o Nordeste chega a esse oásis. Pela
primeira vez desde a inauguração, em 2002, o Castanhão está com 38% da
capacidade.
Para preservar sua água, duas grandes áreas agrícolas
irrigadas por ele, Tabuleiro das Russas e Chapada do Apodi, não podem, a
partir de 2014, expandir a área de plantio. Se a água baixar mais, os
piscicultores terão de reduzir a produção. "Estamos tensos, porque um
corte na criação de peixes significa corte de empregos", diz Cristiano
de Almeida, que cria tilápias no leito do açude. A economia no entorno
do Castanhão gera mais de 6 mil empregos diretos.
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