O WEBB TRARÁ NOVAS REVELAÇÕES DO UNIVERSO
O telescópio espacial Hubble revolucionou nosso conhecimento do universo, nos últimos 22 anos, desde o seu lançamento em órbita em 1990. A massa de novas informações que ele forneceu foi tão grande nesse período, que poderíamos dividir a cosmologia, em duas eras: uma antes e outra depois do Hubble. Imagine, o que poderá significar para o futuro conhecimento astronômico da humanidade o novo telescópio especial James Webb, projetado para ser o sucessor do Hubble. Muito diferente de seu antecessor em sua concepção, o próximo observatório orbital terá o tamanho de uma quadra de tênis, e vai girar em torno da Terra a uma distância quase quatro vezes maior do que a da Lua, a 1,5 milhão de quilômetros.
Diferença básica= Quanto ao seu funcionamento, uma das grandes diferenças básicas entre o Hubble e o Webb será a predominância e do uso das radiações infravermelhas, que são, aliás, vitais para a compreensão do universo. Basta lembrar que os objetos mais distantes só podem ser bem observados em luz infravermelha. Outros corpos celestes mais frios – ou menos quentes – seriam invisíveis se não fossem observados nesse espectro. Nem a espessura das nuvens de poeira cósmica poderia ser avaliada com alguma precisão se não fossem as manchas infravermelhas que lhes definem o contorno. Duas características fundamentais do Webb serão seu espelho de 6,5 metros de diâmetro e sua órbita distante, situada no ponto chamado L2, em que se equilibram as atrações gravitacionais da Terra, da Lua e do Sol. Ao girar nessa órbita situada a 1,5 milhão de quilômetros de distância da Terra, o Webb detectará a radiação infravermelha com muito maior precisão do que qualquer outro telescópio no espaço, segundo prevê a Nasa (sigla em inglês da Administração Norte-Americana de Aeronáutica e Espaço).