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sexta-feira, outubro 24, 2014

"Ciência"

NEUROCIÊNCIA - Voluntários "saem de seu corpo" 
Realidade virtual reproduz intrigante fenômeno da mente humana
<Nesta foto, o neurocientista Henrik Ehrsson induz em um voluntário a experiência de "sair de seu corpo". Com óculos 3D, o participante enxerga uma imagem de suas costas, filmadas por duas câmeras atrás de si. O pesquisador estimula o peito real e o peito virtual do voluntário, que sente como se estivesse vendo seu corpo de fora.
A ciência deu um passo importante para explicar um intrigante fenômeno da mente humana: o caso de indivíduos que afirmam ter tido a sensação de “sair de seu próprio corpo" e enxergá-lo de fora. Com a ajuda da tecnologia de realidade virtual, cientistas conseguiram reproduzir esse fenômeno em laboratório. Os resultados ajudam a entender como construímos a consciência de nosso corpo e podem ter aplicações futuras na medicina, na indústria do entretenimento e em outras áreas. Relatos de indivíduos que afirmam ter “saído de seu corpo” não são novos na ciência. Esse tipo de experiência parece estar associado a um funcionamento anormal do cérebro: o fenômeno pode ocorrer em decorrência de acidentes vasculares cerebrais, de crises de epilepsia ou do consumo excessivo de drogas. No entanto, a neurociência não tinha até aqui uma explicação convincente para o fenômeno. Isso pode mudar com a publicação de dois artigos publicados há algum tempo na revista Science .
Em um deles, o neurocientista sueco Henrik Ehrsson, em trabalho feito na Universidade  de Londres (Inglaterra), apresenta um método para induzir experimentalmente esse fenômeno em indivíduos saudáveis. Um participante fica sentado em uma cadeira, munido de óculos de visão tridimensional usados comumente em aparelhos de realidade virtual. Cada uma das lentes reproduz as imagens transmitidas por duas câmeras atrás desse indivíduo, filmando suas costas.
O intuito do aparato era investigar se os voluntários poderiam perceber o corpo que estavam enxergando como o seu próprio. Para isso, o neurocientista estimulou, com um bastão de plástico, o peito do participante, ao mesmo tempo em que simulava tocar, fora do campo de visão das câmeras, a região em que deveria estar o peito do corpo virtual que os voluntários estavam enxergando (na foto). O resultado confirmou a hipótese do pesquisador: em questionários respondidos após dois minutos de estímulo, os participantes relataram que haviam percebido o corpo que estavam vendo pelos óculos como o seu próprio, como se tivessem se enxergando de fora. A sensação não foi percebida quando o toque no peito real e no peito ilusório dos participantes não era feito de forma simultânea. Os resultados mostram que a resposta foi mais intensa nos casos em que o estímulo ao peito real e ao peito ilusório havia sido feito de forma simultânea, ou seja, os voluntários reagiram como se o próprio corpo fosse atingido pelo toque

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