MOSQUITOS QUE AINDA MATAMO surgimento de novas doenças como a influenza, a (H1N1), conhecida como gripe suína, assusta a todos. Mas a capacidade da ciência de minimizar, ou mesmo solucionar, os problemas decorrentes delas mantêm um clima de otimismo e esperança. A previsão é que, em poucos meses, já exista uma vacina, desenvolvida, inclusive, com a participação do Instituo Butantan, de São Paulo. Mas nem sempre é assim. Não por incapacidade dos cientistas, mas por falta de políticas públicas de governos de vários países e do desinteresse da indústria farmacêutica em algumas doenças. Mesmo sendo conhecidas há séculos, como a malária, a tuberculose e a dengue, muitas continuam afligindo e matando milhões de pessoas ao redor do mundo. Essas doenças recebem a denominação de negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apenas 1,3% dos medicamentos registrados no mundo entre 1975 e 2004 foram destinados para tais enfermidades. No entanto, elas representam 12% da carga global de doenças. Ou seja, faltam remédios, mas não doentes.
O mal de Chagas, por exemplo, que há 100 anos foi diagnosticado, pela primeira vez, pelo cientista brasileiro Carlos Chagas, mata, anualmente, cerca de 50 mil pessoas ao redor do mundo. Apenas nas 15 primeiras semanas deste ano, cerca de 226 mil pessoas sofreram com a dengue. “Sem menosprezar a calvície, mas, certamente, ela é muito mais estudada hoje do que males letais. Uma pessoa com tuberculose tem que tomar medicamento durante 6 meses para ficar curada. E eles são os mesmos de 40 anos atrás”, acusa Michel Lotrowska, diretor regional da DNDi, sigla em inglês para Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas.
Para Lotrowska, é natural que a indústria não invista em produtos que ela acredita que não darão lucro, por isso, é preciso que os governos criem políticas que visem à saúde da população. “Como não existem medicamentos realmente eficazes contra a dengue, por exemplo, o governo investe no extermínio dos mosquitos.
Na África, tenta-se eliminar cachorros para combater a leishmaniose, outra doença negligenciada. Se não há medicamentos para uma doença, isso não pode ser levado como algo natural.”
O Brasil é o sexto país do mundo que mais investe em pesquisa de desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas – no ano passado, foram quase R$ 18 milhões. Lotrowska lembra, porém, que o País é um dos que mais sofre de algumas dessas enfermidades, como a malária e a tuberculose.
(Fonte: Jornal "F-U")
Apenas 1,3% dos medicamentos registrados no mundo entre 1975 e 2004 foram destinados para tais enfermidades. No entanto, elas representam 12% da carga global de doenças. Ou seja, faltam remédios, mas não doentes.
O mal de Chagas, por exemplo, que há 100 anos foi diagnosticado, pela primeira vez, pelo cientista brasileiro Carlos Chagas, mata, anualmente, cerca de 50 mil pessoas ao redor do mundo. Apenas nas 15 primeiras semanas deste ano, cerca de 226 mil pessoas sofreram com a dengue. “Sem menosprezar a calvície, mas, certamente, ela é muito mais estudada hoje do que males letais. Uma pessoa com tuberculose tem que tomar medicamento durante 6 meses para ficar curada. E eles são os mesmos de 40 anos atrás”, acusa Michel Lotrowska, diretor regional da DNDi, sigla em inglês para Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas.
Para Lotrowska, é natural que a indústria não invista em produtos que ela acredita que não darão lucro, por isso, é preciso que os governos criem políticas que visem à saúde da população. “Como não existem medicamentos realmente eficazes contra a dengue, por exemplo, o governo investe no extermínio dos mosquitos.
Na África, tenta-se eliminar cachorros para combater a leishmaniose, outra doença negligenciada. Se não há medicamentos para uma doença, isso não pode ser levado como algo natural.”
O Brasil é o sexto país do mundo que mais investe em pesquisa de desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas – no ano passado, foram quase R$ 18 milhões. Lotrowska lembra, porém, que o País é um dos que mais sofre de algumas dessas enfermidades, como a malária e a tuberculose.
(Fonte: Jornal "F-U")
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