Portuguesa Santista um time contra o Apartheid --- A Associação Atlética Portuguesa, de Santos, mais conhecida como Portuguesa Santista, foi fundada em 1917. Foi uma das fundadoras da Federação Paulista de Futebol–FPF. Durante anos disputou com regularidade o Campeonato Paulista. Rebaixada para a 2ª. divisão, retornou a divisão principal como campeã em 1964. Atualmente, está no ostracismo disputando o Campeonato da 2a. Divisão. Depois de uma trajetória vitoriosa nos campeonatos das décadas de 1920 e 1930 (foi inovadora na construção do seu estádio, o Ulrico Mursa, nos anos 20: o primeiro a ter arquibancada de concreto e coberta na América Latina), seria no ano de 1950 que a Portuguesa Santista faria sua primeira excursão ao exterior, justamente em terras lusitanas, onde alcançaria uma campanha com cinco vitórias em sete jogos, marcando 17 gols e tomando apenas 7. Havia disputado partidas contra o Sporting de Braga, FC Tirsense, FC Porto, Vitória de Guimarães, Acadêmica de Coimbra, Sporting de Lisboa e EC Marítimo, na Ilha da Madeira.---A Portuguesa é um dos quatro clubes brasileiros FITA AZUL, titulo honorário concedido pela CBF, (conferido aos clubes que excursionam ao exterior sem sofrer derrota). Essa título foi conquistada na sua 2a. excursão no ano de 1959, quando a Santista, obteve 15 vitórias em 15 jogos, marcado 75 gols e sofrendo 10.
FATO INÉDITO NA HISTÓRIA DO FUTEBOL
Na verdade este clube foi o único a dar um pontapé no apartheid na Àfrica do Sul contra o racismo no esporte. Esses jogadores (foto) e outros que completavam a delegação, se uniram e não entraram em campo. Por causa desse ato a África do Sul foi banida de todos os tipos de modalidades esportivas pela FIFA. Além dessa medida, as relações diplomáticas entre Brasil e África do Sul ficaram estremecidas durante anos. Este fato ocorreu num amistoso contra um time da Cidade do Cabo, na África do Sul. Os jogadores estavam no hotel quando um dirigente local trouxe o recado: “Nossa política não permite jogadores negros na partida. Entrem apenas com os brancos”. A notícia chegou aos ouvidos de Dennis Brutus, presidente da Associação Esportiva da África do Sul, um branco que marcou a vida na luta contra o apartheid. Dennis havia criado a associação três meses antes, com a participação de Nelson Mandela, para combater o racismo no esporte. De imediato, o ativista enviou um telegrama para o presidente do Brasil, Juscelino Kubistchek: “Soubemos que um time brasileiro, na Cidade do Cabo, está sendo impedido de contar com os seus jogadores negros para um amistoso contra um time local. Pedimos que o Brasil se levante contra o racismo. Queremos que o povo brasileiro mostre que não aceita o racismo”. JK entrou em contato com os dirigentes da Portuguesa, demonstrando apoio à equipe. Foi a primeira vez que o governo brasileiro se posicionou contra o apartheid sul-africano. O jogo foi cancelado. Em entrevista recente à tevê, Brutus, que morreu no fim de 2009, deixou um recado aos brasileiros envolvidos no episódio: “Muito obrigado por ter nos ajudado na nossa luta por Humanidade”.
Na foto1: A delegação da Portuguesa desembarcando em Santos, do navio holandês “Ruys”, em 11/06/1959. O time campeão foi recepcionado calorosamente por uma multidão na cidade. Os jogadores desfilariam em carro de bombeiro pelas ruas de Santos, e aclamados como heróis.
FATO INÉDITO NA HISTÓRIA DO FUTEBOL
Na verdade este clube foi o único a dar um pontapé no apartheid na Àfrica do Sul contra o racismo no esporte. Esses jogadores (foto) e outros que completavam a delegação, se uniram e não entraram em campo. Por causa desse ato a África do Sul foi banida de todos os tipos de modalidades esportivas pela FIFA. Além dessa medida, as relações diplomáticas entre Brasil e África do Sul ficaram estremecidas durante anos. Este fato ocorreu num amistoso contra um time da Cidade do Cabo, na África do Sul. Os jogadores estavam no hotel quando um dirigente local trouxe o recado: “Nossa política não permite jogadores negros na partida. Entrem apenas com os brancos”. A notícia chegou aos ouvidos de Dennis Brutus, presidente da Associação Esportiva da África do Sul, um branco que marcou a vida na luta contra o apartheid. Dennis havia criado a associação três meses antes, com a participação de Nelson Mandela, para combater o racismo no esporte. De imediato, o ativista enviou um telegrama para o presidente do Brasil, Juscelino Kubistchek: “Soubemos que um time brasileiro, na Cidade do Cabo, está sendo impedido de contar com os seus jogadores negros para um amistoso contra um time local. Pedimos que o Brasil se levante contra o racismo. Queremos que o povo brasileiro mostre que não aceita o racismo”. JK entrou em contato com os dirigentes da Portuguesa, demonstrando apoio à equipe. Foi a primeira vez que o governo brasileiro se posicionou contra o apartheid sul-africano. O jogo foi cancelado. Em entrevista recente à tevê, Brutus, que morreu no fim de 2009, deixou um recado aos brasileiros envolvidos no episódio: “Muito obrigado por ter nos ajudado na nossa luta por Humanidade”.
Na foto1: A delegação da Portuguesa desembarcando em Santos, do navio holandês “Ruys”, em 11/06/1959. O time campeão foi recepcionado calorosamente por uma multidão na cidade. Os jogadores desfilariam em carro de bombeiro pelas ruas de Santos, e aclamados como heróis.
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