Avião de pioneiros franceses teria caído numa ilha remota?
Saint-Pierre,
França – Aparentemente, dois aviadores conseguiram realizar o primeiro e
quase impensável voo entre Paris e Nova York e, a 10 de maio de 1927,
e todos jornais da França proclamavam "o triunfo das asas francesas"
numa era dourada da aviação".
O Jornal "La Presse" de maio de 1927, chegou a destacar esta manchete: 'Nungesser e
Coli conseguiram' ligar a França a Nova York", inclusive detalhando o pouso no
mar no porto de Nova York e os 'vivas que se ouviram dos navios a seu
redor'.
Esses primeiros e empolgados relatos se mostraram falsos.
Na verdade, Charles Nungesser, aristocrata aventureiro e um dos principais ases da
aviação francesa, e François Coli, marinheiro caolho e ex-soldado da
infantaria, não chegaram a Nova York. O bi-plano maciço de apenas um motor,
chamado L'Oiseau Blanc (o Pássaro Branco), nunca foi encontrado.
Eles
desapareceram 'feito fantasmas da meia-noite', escreveu Charles
Lindbergh, o norte-americano que poucos dias depois chegou a Paris vindo
de Nova York. Pensava-se que os franceses tivessem caído no Canal da
Mancha, sobre o Atlântico ou em algum lugar entre a ilha da Terra Nova,
ao largo do Canadá, e Maine, nos Estados Unidos.
Considerado um dos maiores mistérios da aviação, o desaparecimento inspirou décadas de hipóteses, histórias e um mistério que perdura até hoje, passados 86 anos.
Contudo,
um conjunto de provas crescentes sugere que os aviadores caíram ao
largo da minúscula Saint-Pierre (foto), num afloramento escalpado de rochas
recobertas de líquenes e casas retangulares de cores vivas a
aproximadamente 16 quilômetros de Terra Nova. A teoria é defendida por
Bernard Decré, (foto) septuagenário francês obcecado e empolgado que dedicou os
últimos cinco anos de vida a procurar o misterioso desaparecimento do L'Oiseau Blanc em tempo
integral.
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