"QUE SAUDADE DO MEU ELECTRA QUERIDO"
O titulo acima relembra textualmente a expressão do comandante Sérgio Lott (piloto que mais voou com o Electra na Ponte-Aérea ) ao se aproximar do último pouso na pista do aeroporto de Congonhas (SP) para a merecida aposentadoria de um avião que realizou 500 mil viagens, entre S.Paulo/Rio, equivalentes a 5.000 viagens ao redor da Terra sem um único acidente grave e sem a perda de uma só vida.
Bastava
a chamada para embarque acabar e os funcionários abrirem os portões para uma
competição digna de atletismo começar: passageiros saíam em disparada pelas
pistas de Congonhas e Santos Dumont em busca dos melhores lugares no Electra, o
mais famoso avião que operou na Ponte Aérea Rio-São Paulo. É verdade, nem todos corriam, mas havia quem
disputasse um lugar no conhecido lounge, uma espécie de saleta no fundo do
turboélice que era o local ideal para executivos viajarem viajarem em fim de expediente na volta para sua cidade de origem. Hoje, a ligação entre as duas mais importantes cidades do Brasil não
lembra nem de longe esse período tão peculiar. Se por um lado não
existia ainda o assento marcado na rota, por outro os passageiros
desfrutavam de um serviço de bordo elogiado com direito a itens
sofisticados como champanhe e uísque – bem diferente das barrinhas de
cereais e água dos voos atuais.
Foi a época do Electra II, um turboélice quadrimotor de som
inconfundível que dominou a ponte durante 16 anos até ser aposentado em
1992.
De competição a reserva de mercado
Os voos entre o Rio de Janeiro e São Paulo começaram nos primórdios da aviação comercial brasileira, e se intensificaram após a Segunda Guerra, quando a oferta de aviões era grande e barata.
De uma cobertura de voo um tanto caótica, a ligação se transformou na conhecida ‘Ponte Aérea’ apenas em 1959, de forma improvisada quando os gerentes das companhias Varig, Vasp e Cruzeiro decidiram coordenar seus voos entre os aeroportos de forma a não se sobreporem e perderem passageiros para a companhia aérea mais agressiva da época, a Real Aerovias.
De competição a reserva de mercado
Os voos entre o Rio de Janeiro e São Paulo começaram nos primórdios da aviação comercial brasileira, e se intensificaram após a Segunda Guerra, quando a oferta de aviões era grande e barata.
De uma cobertura de voo um tanto caótica, a ligação se transformou na conhecida ‘Ponte Aérea’ apenas em 1959, de forma improvisada quando os gerentes das companhias Varig, Vasp e Cruzeiro decidiram coordenar seus voos entre os aeroportos de forma a não se sobreporem e perderem passageiros para a companhia aérea mais agressiva da época, a Real Aerovias.
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