Irena
Sendler foi uma
mulher extraordinária. Nasceu em Varsóvia em 1910 e faleceu em 2008, com 98
anos de idade.
Foi uma
ativista dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo
contribuído para salvar mais de 2.500 vidas ao conseguir que várias famílias
escondessem filhos de judeus no seio do seu lar e ao levar alimentos, roupas e
medicamentos às pessoas barricadas no gueto, com risco da própria vida.
Quando a
Alemanha Nazista invadiu o país em 1939, Irena era assistente social no
Departamento de Bem Estar Social de Varsóvia, trabalhava com enfermeiras e
organizava espaços de refeição comunitários da cidade com o objetivo de
responder às necessidades das pessoas que mais necessitavam.
Graças a
ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres
como lhes entregavam roupas, medicamentos e dinheiro. Ali trabalhou
incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias
como católicas.
Quando
Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de
David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si
própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os
seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram
momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe
entregassem os seus filhos.
Ao longo
de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar
mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias
como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que
servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas,
carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, caixões... nas suas mãos
qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.
Passou a
ser conhecida como "O Anjo do Gueto de Varsóvia".
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