"Zonas mortas" dos oceanos crescem em ritmo preocupante Foto de satélite mostra em maior relevo o Golfo do México com uma área de aproximadamente 30 mil quilômetros quadrados destituída de oxigênio.
Muitas áreas costeiras dos oceanos do mundo estão ficando destituídas de oxigênio em um ritmo alarmante. Segundo pesquisadores, vários trechos do fundo dos mares perderam tanto oxigênio que mal conseguem sustentar a vida marinha. Segundo os cientistas, a causa principal disso são os nutrientes ricos em nitrogênio. Um estudo publicado no periódico "Science" cita o número dessas "zonas mortas" nas marinhas costeiras em todo o mundo que dobram a cada dez anos, desde a década de 1960. Atualmente cerca de 400 áreas costeiras têm águas de fundo perpétua ou periodicamente destituídas de oxigênio, e em muitas delas a área atingida ou a intensidade do problema estão aumentando. Somadas, essas zonas, elas equivalem a uma área maior do que o Estado norte-americano do Oregon (com 254.806 quilômetros quadrados). "Nos últimos 40 ou 50 anos a atividade humana degradou a qualidade da água", disse em uma entrevista Robert J. Diaz, o principal responsável por esse estudo. De acordo com Diaz, professor do Instituto de Ciência Marinha de Virgínia, esta tendência não pressagia nada de bom para muitas áreas de pesca. "As zonas mortas tendem a ocorrer em áreas que, historicamente, são regiões de pesca da melhor qualidade."
Embora o tamanho das zonas mortas seja relativamente pequeno quando comparado à superfície total dos oceanos, os cientistas afirmam que elas representam uma porção significativa das águas oceânicas nas quais habitam espécies de peixes e mariscos de grande valor comercial. Periodicamente, os níveis reduzidos de oxigênio dizimam peixes e crustáceos em zonas mortas no fundo das águas de locais como o Golfo do México, a Baía de Chesapeake e o Mar Báltico, fazendo com que as únicas formas de vida restantes neles sejam os micróbios.
Alguns lugares nos quais as zonas mortas aumentaram nos últimos anos são a costa da China e o Mar de Kattegat, com isso a pesca de lagostas da Noruega entrou em colapso. Essas zonas também surgiram inesperadamente em trechos na costa da Carolina do Sul e do Noroeste da América do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário