Esta foto histórica foi feita no aeroporto de Londres em 1952, e mostra a partida do Comet da empresa BOAC no seu primeiro vôo regular a jato. Ironia: Esse mesmo aparelho o G-ALYP, também seria protagonista do primeiro acidente com um Comet em janeiro de 1954, próximo a Ilha de Elba.
Durante o fim da década de 1940, engenheiros começaram a desenvolver as turbinas usadas nos caças a jato produzidos durante a Segunda Guerra Mundial. No começo, os Estados Unidos e a União Soviética queriam turbinas a jato de excelente desempenho para produzir bombardeiros e caças a jato cada vez melhores, e assim, melhorar ainda mais seu arsenal militar. Quando a Guerra da Coréia começou, em 1950, tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética tinham caças a jato militares de alto desempenho - destacam-se entre eles o americano F-86 Sabre e o soviético MiG-15. Coube aos britânicos a produção do primeiro avião a jato comercial da história da aviação, o De Havilland Comet. O Comet começou a ser usado em vôos de passageiros em 1952, voando a uma velocidade de 850 km/h. Sua cabine era pressurizada e relativamente silenciosa. O Comet foi ao início um sucesso comercial, e muitas linhas aéreas passaram a encomendar esta aeronave. Porém, dois acidentes em 1954, quando ambas as aeronaves simplesmente explodiram em alto-mar, criaram grandes dúvidas quanto à segurança da aeronave. A causa dos acidentes era primariamente as turbinas, localizadas dentro da estrutura da asa. As turbinas, em vôo, atingiam altas temperaturas e assim, lenta, mas gradualmente, enfraqueciam a asa, que terminou por fragmentar-se no ar em ambos os acidentes. A De Havilland tentou salvar seu avião, cujas vendas haviam caído drasticamente, através de algumas modificações estruturais, mas um terceiro acidente em 1956 e um quarto, em 1961, no aeroporto de Viracopos em Campinas derrubou de vez a venda da aeronave, até que probida de voar, parou de ser produzida em 1964.
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