"Um
palácio novo para Evo, mas a pobreza continua na Bolívia.
Em meio à pobreza que atinge 40% dos bolivianos,
presidente, que está no poder há 12 anos, investe em um prédio de US$ 34
milhões, com materiais importados da Alemanha, Estados Unidos e China China A sede do governo boliviano, em meio ao
casario em estilo colonial de La Paz O presidente Evo Morales
terá um novo palácio presidencial com 28 andares, heliporto, suíte com jacuzzi,
sala de massagem e academia. O prédio custou US$ 34 milhões para o país mais
pobre da América do Sul. A inauguração marcada para esta quinta-feira, 21, foi
adiada devido às críticas. O arranha-céu se destaca entre as poucas mansões
coloniais que ainda existem no centro histórico da capital La Paz e fica atrás
do atual palácio presidencial, que abriga presidentes desde o final do século
19. O novo escritório de Evo ficará no 26º andar da "Casa do
Povo", como foi chamado o novo palácio, e terá janelas blindadas, com
vista para os bairros pobres amontoados nas ladeiras que cercam a cidade Diversos setores têm questionado os gastos
exagerados do governo com a construção e, por isso, a oposição prefere chamar o
prédio de "palácio do Evo". "É uma expressão de
irresponsabilidade diante da contração econômica e do distanciamento com a
realidade do país", afirma o analista e escritor José Rafael Vilar.
Segundo ele, "não é novidade que os líderes populistas e caudilhistas
precisem se prolongar com monumentos faraônicos, em seu desejo de serem
magníficos e eternizados". Popularidade minada Evo nasceu em uma cabana de adobe sem água ou eletricidade e chegou à
presidência em 2006, como o primeiro presidente indígena e força renovadora
após o colapso dos partidos tradicionais, envolvidos em escândalos e
corrupção. Depois de mais de 12 anos no poder, os antigos problemas
políticos minam sua popularidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário