Saúde e educação fazem Brasil estacionar no Indice de Desenvolvimento Humano
Houve muita contestação no governo brsileiro o resultado do ultimo IDH - Indice de Desenvolviemnto Humano, que coloca o Brasil na 75a. posição em um ranking que inclui 182 nações. É desabonador para um pais que vai sediar Mundial de Futebol e uma Olimpiada em 2016. Nada resolve o governo querer contestar os números, quando a realidade indica que o nosso maior desafio para o Brasil é conseguir
elevar sua posição no ranking é aumentar a expectativa de vida da
sua população.
O documento foi divulgado no final da semana passada, e mostra que o País ocupa a 75ª posição em um ranking que inclui 182 nações. Segundo o
relatório, o Brasil não tem conseguido avançar na lista. De 1980 a 2007,
o IDH brasileiro aumentou apenas 0,63%.
No ano passado, o País ocupava o 70º lugar, mas uma revisão de dados
fez com que Dominica, Rússia e Granada, subissem no ranking,
ultrapassando a posição brasileira. “Dominica e Granada foram
beneficiadas pelo aumento da expectativa de vida quando houve a revisão
dos dados. No caso da Rússia, foi o aumento da renda que pesou”,
explicou o coordenador.
Além disso, a entrada de Andorra e Liestenstein no ranking divulgado
este ano (referente a 2007), também em posições acima da brasileira, fez
com que o País caísse cinco posições, apesar de seu valor bruto no
índice ter subido de 0,808, em 2006, para 0,813, em 2007.
De acordo com Comim, isso significa que o Brasil permanece na mesma
posição. “Se um país cresce pouco, ele acaba ficando para trás no
ranking”, explicou. Na análise dele, o maior desafio para que o Brasil
consiga elevar consideravelmente sua posição no ranking é aumentar a
expectativa de vida da população, que atualmente é de 72 anos em média –
dez a menos do que a japonesa, por exemplo.
Nesse ponto, o maior entrave, segundo Comim, tem sido a alta taxa de
mortalidade infantil brasileira. “Isso está ligado não só à saúde, mas
também à educação. Por exemplo, entre as crianças filhas de mães sem
nenhum acesso à educação, as taxas de mortalidade infantil chegam a 119
por mil nascidos vivos. É um número maior do que os de muitos países
africanos”, afirmou o coordenador.
Para ele, aplicar 7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na
saúde é pouco. “Faz 30 anos que o Brasil está atrás da Argentina, do
Uruguai e do Chile no índice. O que puxa o IDH brasileiro para baixo é a
saúde, a expectativa de vida”, destacou. Além disso, ele disse que a
taxa média de matrícula de 87,2% nos níveis fundamental, médio e
superior acaba sendo prejudicada pelo alto índice de analfabetismo.
Fonte: Agência Brasil