- NÃO TEM PISTA? NÃO TEM PROBLEMA!
- (Bloembergen) -- O próximo slogan de uma das empresas aéreas de mais rápido crescimento do mundo poderia ser: "Não tem pista? Não tem problema!". A SpiceJet, empresa aérea de baixo custo da Índia que viu o valor de suas ações se multiplicar por 10 em três anos, quer abrir ainda mais o terceiro maior mercado de aviação do mundo. Isso significa atender um bilhão de indianos que nunca voaram antes porque não podem pagar ou porque não vivem perto de um aeroporto operante.A empresa aérea negocia com a japonesa Setouchi Holdings a compra de cerca de 100 aviões anfíbios Kodiak capazes de pousar em qualquer lugar, inclusive na água, no cascalho ou em um campo aberto. O negócio, avaliado em cerca de US$ 400 milhões, ajudaria a SpiceJet a capitalizar o ambicioso plano do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para conectar esse vasto país por via aérea sem precisar esperar pela bilionária atualização de uma infraestrutura da era colonial.
SÃO PAULO - A American Airlines vai construir no Brasil seu primeiro centro de manutenção fora dos Estados Unidos¨(foto). A aérea americana fechou parceria com a GRU Airport, operadora do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para a construção de uma megaestrutura de cerca de 36 mil metros quadrados, que ocupará a antiga planta da Vasp. Com investimento estimado de pelo menos US$ 100 milhões, o novo hangar da American em Guarulhos deve ser inaugurado no próximo ano e será destinado à manutenção de aeronaves. Pelo contrato, a companhia americana terá direito de exploração do espaço até 2056. A GRU Airport não informou qual o valor do acordo.
O diretor de manutenção de linha da American Airlines, Mario Paredes, disse que metade dos recursos serão aplicados nas obras da estrutura e os outros US$ 50 milhões em equipamentos. Segundo ele, atualmente a companhia realiza de quatro a cinco manutenções de linha em Guarulhos. Esse tipo de reparo é feito quando o avião permanece mais de 14 horas em solo.
— Em qualquer dia, a American tem de quatro a cinco aviões no chão em São Paulo, por até 14 horas. Hoje, a equipe realiza trabalhos de manutenção de linha nessas aeronaves a céu aberto, sujeitos ao calor, chuva e outras condições meteorológicas, então, isso será importante para os membros da equipe —, disse Paredes.
Em nota, a GRU Airport infromou que a decisão significa, no médio prazo, pode aumentar o número de voos da American Airlines que voam para os Estados Unidos, além de reforçar a sinergia entre as empresas que compõem a Oneworld - aliança que envolve 14 companhias aéreas, incluindo Qatar Airways, Latam, British Airways, Iberia e American Airlines.
O consórcio também destaca que, no curto prazo, o novo hangar deve gerar dezenas de empregos, além de know-how em manutenção na área de aviação para o Brasil. Segundo a concessionária, a escolha do Brasil para instalação do primeiro hangar da American Airlines fora do território americano também comprova a confiança da maior companhia aérea do mundo, em número de aeronaves, no mercado brasileiro.
O Brasil é o principal destino da companhia americana na América Latina com 73 frequências semanais para cinco destinos, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo. Somente para o aeroporto de Guarulhos, a American Airlines opera seis voos diários.
O professor de Transporte Aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consultor, Respício do Espírito Santo, disse que com a inauguração do hangar abre espaço para, no futuro, a American Airlines realizar manutenção em aeronaves de companhias parceiras e com isso aumentar as receitas da operação no Brasil.
— É uma aposta para o futuro que a American Airlines faz no país.