Há quase 84 anos, a bordo do hidroavião Jahú, o brasileiro João Ribeiro de Barros (foto), tornou-se o primeiro aviador das Américas a cruzar o Oceano Atlântico Sul num vôo sem escalas e sem navios de apoio. O Jahú iniciou a sua aventura na cidade de Gênova (Itália), e chegou a cidade balneária de Santos-SP (foto), em 1927.
Ao contrário do povo americano que cultua os seus heróis, poucos sabem da proeza João Ribeiro de Barros, que é considerado o primeiro aviador das Américas a cruzar o Oceano Atlantico, sem escalas em 21 de maio de 1927, 23 dias antes de Charles Lindenbergh .
O herói brasileiro além da aventura enfrentou sabotagens, traições e desaforos da Presidência da República sem contar com o mínimo apoio oficial de seu país. Barros partiu de Gênova, mas a travessia começou oficialmente em Porto Praia, em Cabo Verde na manhã de do dia 28 de de abril de 1927, a bordo do seu hidroavião Jahú cuspindo fogo das 24 bocas dos motores de 1.100 cavalos e o leme no rumo dos 223 graus magnéticos. Doze horas e 3,2 mil quilômetros depois, amerrissava na enseada norte de Fernando de Noronha. As emissoras de rádio noticiaram, as autoridades ficaram ouriçadas como de costume. O aventureiro do interior paulista virou orgulho para o país de Santos Dumont. E la se foi o Jahú de Natal a São Paulo fazendo várias escalas no meio do percurso, desta vez não para um vôo histórico e perigoso, mas para uma grande celebração.
Hoje, decoridos quase 85 anos, Barrros só não é um personagem totalmente esquecido porque sua cidade natal - Jaú, no interior de São Paulo - preserva com orgulho a sua memória. Há um grande monumento na praça principal e outro mais modesto numa praça menor, e ainda ftografias, papéis históricos e uma placa comemorativa no museu municipal.
Fora da sua cidade natal, no entanto, objetos e documentos do herói e sua máquina maravilhosa estavam até recentemente tratados como quinquilharias e até o avião estava relegado ao abandono no Museu da Aeronáutica no Parque Ibirapuera na capital paulista.
FINALMENTE A RESTAURAÇÃO
Finalment o avião paulista que cruzou o Atlântico está pronto para voar
Só entre os anos de 2004 e 2007, o avião Jahú (único exemplar de fábrica italiana bombardeada por tropas de Hitler durante a 2a. Guera Mundial). foi restaurado (foto). Hoje, ele pode ser visitado no Museu Asas de um Sonho, na cidade de São Carlos-SP, cedido em comodato pela Fundação Santos Dumont. Ele tem condições de voar novamente - o que não deve ocorrer já que ele é considerado uma relíquia. O avião comporta quatro tripulantes, tem fuselagem de madeira, pesa 4,5 toneladas, tem 5,7 de altura, 16 m de cumprimento, 3 m de diâmetro e 24 m de envergadura. Ele leva cerca de 1 minuto e 25 segundos para decolar e alcança 1.000 m em 8 segundos.
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