NOVOS TELESCÓPIOS ampliam CÉU para nossos ASTRÔNOMOS
O telescópio no sul de Minas, mesmo não competitivo em escala internacional, tem permitido aos nossos astrônomos novas descobertas.NGC 628 ou M74 , galáxia espiral situada a 37 milhões de anos-luz do Sistema Solar fotografada pelo telescópio Gemini Norte. Localizada no interior da constelação de Peixes, NGC 628, é considerada uma galáxia de espiral perfeita. As notícias na mídia brasileira dão a impressão de que as descobertas de destaque na astronomia provêm exclusivamente do exterior. São principalmente notícias divulgadas pela Nasa ou outros órgãos internacionais. Quase não há reportagens sobre conquistas de pesquisadores brasileiros. Só eventualmente aparece uma notícia sobre uma pesquisa importante feita por cientistas brasileiros em observatórios brasileiros. E isso, por boas razões, acontece cada vez mais freqüentemente. É o caso, por exemplo, da misteriosa estrela" Eta carinae", uma das mais massivas e luminosas conhecidas, com características e comportamento que os astrônomos, por muito tempo, não entenderam. Foi de um observatório brasileiro, o Observatório do Pico dos Dias - OPD, que o pesquisador Augusto Damineli, da Universidade de São Paulo, levantou a hipótese de que se trata de duas estrelas girando uma ao redor da outra. Posteriormente esta hipótese foi comprovada com base em dados adicionais de muitos observatórios no espaço e no solo, inclusive do OPD. A duplicidade de Eta Carinae explica nitidamente seu comportamento estranho.
Outro exemplo: é quase unânime entre os astrônomos a idéia de que as enormes quantidades de energia emitidas pelos núcleos ativos de muitas galáxias são devidas à liberação de energia gravitacional da matéria que cai num buraco negro de grande massa no centro das galáxias. Porém, o mecanismo de aproximação da matéria distante, até o buraco negro não era claro. Através de observações no Gemini, um observatório internacional com participação brasileira, os pesquisadores: Thaisa Storchi-Bergmann e Rogério Riffel, da Universidade Federal de Rio Grande do Sul, em colaboração com colegas do exterior, conseguiram, pela primeira vez, mapear o fluxo de matéria de grandes distâncias até muito perto do buraco negro em uma dessas galáxias, contribuindo para esclarecer esse mecanismo.
Em 2005 foi observada a explosão estelar mais distante jamais vista. Lembrando que, devido à velocidade da propagação da luz, grande distância significa a origem num passado distante, as observações forneceram importantes limites para entender como as primeiras estrelas se desenvolveram logo depois do início do Universo. Observações feitas pelo astrônomo brasileiro Eduardo Cypriano, trabalhando em serviço do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) no Southern Astrophysical Research Telescope (Soar) foram decisivas para medir a grande distância do evento. O Soar é um observatório internacional com participação majoritária do Brasil.
Esses três exemplos comprovam a crescente importância da pesquisa astronômica brasileira em termos mundiais. O OPD, o Gemini e o Soar são os três pilares em que a astronomia observacional brasileira se apóia. Todos esses observatórios são operados e gerenciados exclusiva ou parcialmente pelo LNA, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o primeiro laboratório nacional criado no Brasil. A partir da sua sede em Itajubá, sul de Minas, cidade próxima ao OPD, o LNA exerce a função de planejar, desenvolver, prover, operar e coordenar os meios e a infra-estrutura para fomentar, de forma cooperada, a astronomia observacional brasileira. Conforme sua missão, o LNA entende-se, em primeiro lugar, como prestador de serviços, operando as instalações sob sua responsabilidade, não para o uso exclusivo dos pesquisadores lotados na própria instituição, mas para assegurar, de forma imparcial, a toda a comunidade astronômica profissional, o acesso à infra-estrutura observacional. Localizado num pico de 1.864 metros de altitude, na serra da Mantiqueira, no sul de Minas, entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu, de fácil acesso a partir dos grandes centros brasileiros, o OPD não foi apenas um novo foco de atividades dos astrônomos já formados. Teve também um papel de destaque na formação de estudantes, aproximando toda uma nova geração de astrônomos das técnicas observacionais e estimulando, desta forma, o enorme crescimento que a astronomia brasileira demonstrou nas últimas décadas.
O telescópio no sul de Minas, mesmo não competitivo em escala internacional, tem permitido aos nossos astrônomos novas descobertas.NGC 628 ou M74 , galáxia espiral situada a 37 milhões de anos-luz do Sistema Solar fotografada pelo telescópio Gemini Norte. Localizada no interior da constelação de Peixes, NGC 628, é considerada uma galáxia de espiral perfeita. As notícias na mídia brasileira dão a impressão de que as descobertas de destaque na astronomia provêm exclusivamente do exterior. São principalmente notícias divulgadas pela Nasa ou outros órgãos internacionais. Quase não há reportagens sobre conquistas de pesquisadores brasileiros. Só eventualmente aparece uma notícia sobre uma pesquisa importante feita por cientistas brasileiros em observatórios brasileiros. E isso, por boas razões, acontece cada vez mais freqüentemente. É o caso, por exemplo, da misteriosa estrela" Eta carinae", uma das mais massivas e luminosas conhecidas, com características e comportamento que os astrônomos, por muito tempo, não entenderam. Foi de um observatório brasileiro, o Observatório do Pico dos Dias - OPD, que o pesquisador Augusto Damineli, da Universidade de São Paulo, levantou a hipótese de que se trata de duas estrelas girando uma ao redor da outra. Posteriormente esta hipótese foi comprovada com base em dados adicionais de muitos observatórios no espaço e no solo, inclusive do OPD. A duplicidade de Eta Carinae explica nitidamente seu comportamento estranho.
Outro exemplo: é quase unânime entre os astrônomos a idéia de que as enormes quantidades de energia emitidas pelos núcleos ativos de muitas galáxias são devidas à liberação de energia gravitacional da matéria que cai num buraco negro de grande massa no centro das galáxias. Porém, o mecanismo de aproximação da matéria distante, até o buraco negro não era claro. Através de observações no Gemini, um observatório internacional com participação brasileira, os pesquisadores: Thaisa Storchi-Bergmann e Rogério Riffel, da Universidade Federal de Rio Grande do Sul, em colaboração com colegas do exterior, conseguiram, pela primeira vez, mapear o fluxo de matéria de grandes distâncias até muito perto do buraco negro em uma dessas galáxias, contribuindo para esclarecer esse mecanismo.
Em 2005 foi observada a explosão estelar mais distante jamais vista. Lembrando que, devido à velocidade da propagação da luz, grande distância significa a origem num passado distante, as observações forneceram importantes limites para entender como as primeiras estrelas se desenvolveram logo depois do início do Universo. Observações feitas pelo astrônomo brasileiro Eduardo Cypriano, trabalhando em serviço do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) no Southern Astrophysical Research Telescope (Soar) foram decisivas para medir a grande distância do evento. O Soar é um observatório internacional com participação majoritária do Brasil.
Esses três exemplos comprovam a crescente importância da pesquisa astronômica brasileira em termos mundiais. O OPD, o Gemini e o Soar são os três pilares em que a astronomia observacional brasileira se apóia. Todos esses observatórios são operados e gerenciados exclusiva ou parcialmente pelo LNA, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o primeiro laboratório nacional criado no Brasil. A partir da sua sede em Itajubá, sul de Minas, cidade próxima ao OPD, o LNA exerce a função de planejar, desenvolver, prover, operar e coordenar os meios e a infra-estrutura para fomentar, de forma cooperada, a astronomia observacional brasileira. Conforme sua missão, o LNA entende-se, em primeiro lugar, como prestador de serviços, operando as instalações sob sua responsabilidade, não para o uso exclusivo dos pesquisadores lotados na própria instituição, mas para assegurar, de forma imparcial, a toda a comunidade astronômica profissional, o acesso à infra-estrutura observacional. Localizado num pico de 1.864 metros de altitude, na serra da Mantiqueira, no sul de Minas, entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu, de fácil acesso a partir dos grandes centros brasileiros, o OPD não foi apenas um novo foco de atividades dos astrônomos já formados. Teve também um papel de destaque na formação de estudantes, aproximando toda uma nova geração de astrônomos das técnicas observacionais e estimulando, desta forma, o enorme crescimento que a astronomia brasileira demonstrou nas últimas décadas.
Amanhã, a 5a.f, a última reportagem da série: "A Terra pede socorro"
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