Aparelhos implantados no corpo podem combater o mal de Parkinson e prevenir convulsões
Encontra-se em fase de testes um aparelho neuroestimulador capaz de melhorar os tratamentos em pacientes com mal de Parkinson, distonia (espasmos musculares), tremores e outros problemas neurológicos. A expectativa é que ele atue em sintonia com os estímulos cerebrais do paciente. Quando qualquer problema for identificado, o aparelho deverá atuar no cérebro sem precisar ser programado como acontece hoje. A novidade foi divulgada em fins de 2009, pelo laboratório Medtronic, nos Estados Unidos. No Brasil, os neuroestimuladores são utilizados há mais de 5 anos no tratamento do mal de Parkinson. “Esses neuroestimuladores podem ter uma aplicação extensa, já que a inserção deles é feita de acordo com a identificação de uma área com problemas, onde são colocados os estimuladores, que recebem os impulsos elétricos. Desta forma, se identificada a região com anormalidade, o neuroestimulador poderá ser aplicado”, explica o neurologista Egberto Reis Barbosa, da Academia Brasileira de Neurologia. Ele ressalta que o procedimento é recomendado quando o paciente não obtém sucesso no tratamento clínico. O novo equipamento ainda será testado em estudos de sinais cerebrais, no cotidiano de pacientes com problemas neurológicos. O objetivo é verificar se o neuroestimulador é capaz de identificar e prevenir ataques, sem depender de programação. Uma empresa da Califórnia, a NeuroPace, está realizando análises com 240 pessoas, e deverá apresentar os resultados em dezembro. Parte do estudo já indicou que implantes no crânio foram capazes de diminuir convulsões. Quando o dispositivo reconhece uma convulsão, emite um estímulo elétrico com a finalidade de suprimi-la.
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