Cientistas do mundo todo estão realizando o maior levantamento já feito da vida marinha, com o objetivo de preparar a exploração da última fronteira do planeta. O 1º Censo da Vida Marinha, na verdade, um verdadeiro Inventário do Mar, ficará pronto em 2010, segundo cientistas.Fotos: (1) - Linophryne, peixe com bolsa externa para alimentar suas larvas: sobrevivência em águas profundas; (2 e 3) - Água-viva (à esq.) e Lesma marinha, descobertas em águas profundas próximas à costa do Canadá, no Oceano Ártico; (4) - Água-viva". O mar é uma experiência de eternidade", escreveu o romancista alemão Thomas Mann (1875-1955), numa época em que os oceanos pareciam a salvo da colonização humana. Agora, um projeto que reúne 1.700 cientistas de mais de setenta países tenta impedir que a observação do escritor se torne anacrônica. Chamado de Censo da Vida Marinha, é o maior esforço já realizado para reunir toda a informação existente – e a ser descoberta – sobre as espécies que vivem ou já viveram nos oceanos. Até 2010, os pesquisadores pretendem ter material suficiente para prever como será a vida marinha no futuro, dando subsídios para a descoberta de maneiras de usar os recursos do mar sem destruir seu meio ambiente. A tarefa é complexa. O ambiente submarino é, de certa forma, mais desconhecido e inexplorado que a Lua. Até hoje a ciência apenas arranhou a superfície dos mares, que representam 70% da área da Terra. Sabe-se muito pouco sobre a vida nas profundezas, onde, estima-se, se concentra mais da metade da biodiversidade marinha. Em dois séculos de pesquisas oceanográficas, foram catalogadas 230.000 espécies – quantidade ínfima comparada ao 1,5 milhão de espécies animais identificadas no ar, na terra, nos rios e lagos. De acordo com algumas estimativas, há perto de 2 milhões de espécies à espera de ser descobertas nos oceanos, 90% delas microrganismos.
A relevância do Censo da Vida Marinha, do qual participam oito cientistas brasileiros, pode ser resumida em duas promessas. A primeira é a de revelar, com riqueza de detalhes e complexidade nunca antes vistas, as maravilhas criadas pela natureza no mar. A segunda é a de transformar os oceanos em uma fonte bem administrada de alimentos para o futuro da humanidade. No quesito beleza natural, os oceanos surpreendem menos pela diversidade de espécies – nisso o ambiente terrestre é mais pródigo – e mais pela variedade de formas, tamanhos, cores e soluções para a sobrevivência. Desde seu início, seis anos atrás, o projeto registrou 10.000 espécies antes desconhecidas. A cada expedição os biólogos encontram novas e bizarras criaturas, como camarões cegos, peixes que emitem luz própria, esponjas carnívoras, moluscos gigantes e corais de mais de 7 metros de altura que vivem em águas profundas e frias.Cientistas de todo o mundo estiveram na semana passada na cidade espanhola de Valência para discutir o Censo da Vida Marinha, um projeto de 10 anos que estuda os seres que vivem nos oceanos.O primeiro Censo da Vida Marinha deve ficar pronto em 2010, em um trabalho que envolve mais de 2 mil cientistas de 82 países diferentes.
A relevância do Censo da Vida Marinha, do qual participam oito cientistas brasileiros, pode ser resumida em duas promessas. A primeira é a de revelar, com riqueza de detalhes e complexidade nunca antes vistas, as maravilhas criadas pela natureza no mar. A segunda é a de transformar os oceanos em uma fonte bem administrada de alimentos para o futuro da humanidade. No quesito beleza natural, os oceanos surpreendem menos pela diversidade de espécies – nisso o ambiente terrestre é mais pródigo – e mais pela variedade de formas, tamanhos, cores e soluções para a sobrevivência. Desde seu início, seis anos atrás, o projeto registrou 10.000 espécies antes desconhecidas. A cada expedição os biólogos encontram novas e bizarras criaturas, como camarões cegos, peixes que emitem luz própria, esponjas carnívoras, moluscos gigantes e corais de mais de 7 metros de altura que vivem em águas profundas e frias.Cientistas de todo o mundo estiveram na semana passada na cidade espanhola de Valência para discutir o Censo da Vida Marinha, um projeto de 10 anos que estuda os seres que vivem nos oceanos.O primeiro Censo da Vida Marinha deve ficar pronto em 2010, em um trabalho que envolve mais de 2 mil cientistas de 82 países diferentes.
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