FRANCISCO, UM PAPA REALISTA E SIMPLES QUE ENCANTOU A TODOS Seu carisma cativante, fez parte da mídia aproveitar-se disso para esconder falhas grotescas e imperdoáveis num evento de tanta magnitude!
O santo papa a bordo do avião que o levou de volta a Roma. (Certamente, seu único momento de segurança). Em razão de uma imprensa predominantemente tendenciosa, achamos justo apresentar esta carta, insuspeita, escrita pelo Dr. Pedro Cardoso da Silva, Bacharel em direito - Interlagos -S.P.:
Despreparo
para grandes eventos
Propagaram
tanto a preparação do Rio de Janeiro para a realização da Jornada Mundial da
Juventude que parecia estar muito bem organizado mesmo. Bastou o início das
atividades para escancarar que até os grandes eventos são utilizados apenas como
marketing político e não como uma oportunidade das autoridades mostrarem ao
mundo que o Brasil está preparado para realizar grandes
acontecimentos. Mesmo
sabendo que o Papado é o mais alto posto da Igreja Católica e a única autoridade
nesse patamar no mundo, ao transportá-lo deixaram o Pontífice à mercê da
população que, felizmente, não se aproveitou disso. De qualquer forma, foi
constrangedor e arriscada à situação a que ficou exposto o santo
Padre.
Nos
transportes, o fiasco foi total. Nada funcionou. O metrô porque faltou energia;
as linhas de ônibus não foram ampliadas, nem colocaram outras alternativas; nada
foi feito para minimizar os transtornos de quem só tinha o transporte coletivo
como meio de locomoção. Esse comportamento escancara que as autoridades
brasileiras só arrumam a casa quando há visita de estrangeiros importantes.
Ainda assim erraram feio, já que o público da Jornada não tem tanto recursos
como os turistas tradicionais. Outra
grande falha foi gastar milhões para apresentação em Guaratiba e depois, por
conta de uma chuva normal, não realizar a apresentação por conta do lamaçal.
Como as atividades foram transferidas para Copacabana, o prefeito pediu desculpa
aos moradores do bairro chique e não disse uma palavra para os pobres do
subúrbio. Autoridades
brasileiras não perdem a oportunidade de tentar tirar proveito eleitoral dessas
ocasiões. Nem as manifestações populares de junho surtiram efeito suficiente
para mudarem esse hábito coronelista, ao demonstrar que os cidadãos atualmente
já separam bem o papel entre política e religião. Também
há exagero e sensacionalismo na cobertura dada pela chamada grande mídia. Os
telejornais da Rede Globo dão ênfase semelhante a uma Copa do Mundo de futebol,
com repórteres desde a saída até o retorno do Papa. Parece nem existirem mais os
problemas nacionais, mesmo quando todos os serviços essenciais ligados ao evento
não funcionam. Quando são citados, a ênfase recai num fanático a dizer que isso
é irrelevante perante a presença de Sua Santidade.
No
momento não vou aprofundar nas teses defendidas pelo Pontífice. Quanto à sua
proposição para o menor se firmar perante a sociedade deveria ter sido mais bem
detalhada, já que, como regra, os menores brasileiros há muito já vêm
extrapolando os limites da afirmação e estão indo ao ataque. Resta
à imprensa investigar quanto de dinheiro público foi gasto nesta visita, pois o
brasileiro já deixou muito claro sua prioridade em educação, saúde e segurança,
e não mais em festejos, independentemente da religião, ainda mais porque esse
aparato só ocorre em solenidades católicas, numa flagrante discriminação às
demais religiões e um desrespeito ao preceito constitucional da laicidade do
Estado brasileiro.
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