POMPEIA - A CIDADE EMBALSAMADA EM LAVA
Pompeia, originalmente uma cidade etrusca, resumia o comércio, a prosperidade e a vitalidade que acontecia no Império Romano. A economia de Pompeia baseava-se, sobretudo, nos produtos do seu fértil território, em especial o vinho e o azeite, sendo também um próspero centro comercial e industrial, suas principais indústrias eram as da manufatura e acabamento de tecidos. Devido ao grande movimento nas estradas ao redor da cidade, Pompeia estava sempre bem informada a respeito do que acontecia em Roma. Outro aspecto que favorecia este fluxo de informações e notícias era o fato de que por ser uma cidade provincial, muitos romanos ricos possuíam lá casas de veraneio..A erupção começou pela manhã, quando muitos habitantes estavam fora de casa. Os mais sensatos se apressaram a fugir, a maioria em carretas puxadas por animais, mas nem todos puderam escapar. Alguns acharam que era mais seguro esperar dentro de casa até que tudo terminasse, mas a chuva de cinzas e pedras continuou. Os telhados desabavam e os gases venenosos foram asfixiando toda a população, tanto dentro das casas como fora delas. As pessoas se amontoavam nas esquinas, cobrindo o rosto para protegerem-se das cinzas, e ali morriam: mães e filhos, jovens que se abraçavam uns aos outros, homens adultos, todos sucumbiram (como nesta foto que apresenta 13 mortos de uma só família) e abaixo mais um corpo, este colocado numa redoma para a visitação pública.
A cidade morreu de repente. As pessoas morreram nos lugares que normalmente ocupavam e as casas, até hoje, estão cheias de objetos que estavam ali naquele momento. Pompeia faz de sua violenta morte a razão essencial de sua beleza e do fascínio de sua ressurreição. Muitas cidades foram exaltadas pelo mundo antigo; muitas metrópoles a superaram com sua grandiosidade e com suas belíssimas construções; mas nenhuma teve sua vida e seu cotidiano aprisionados, formando uma imensa sepultura que só a natureza pode compor, proteger e vigiar. Esta cidade ao ser resgatada das cinzas que a encobriam, mostra aos olhos do mundo atual uma cidade romana – com seus monumentos, casas, lojas, oficinas, bares, termas, espaços de lazer e desportos, prostíbulos etc. – suficientemente intacta para que se deduzissem, não só o aspecto de uma urbe romana, mas também a vida e os costumes dos seus habitantes.
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