OS ALPINISTAS DAS ALTURAS
O GRANDE CAMPEÃO, é
este abutre recordista em voo em altura, o Abutre do Himalaia (Gyps
Rueppellii), encontrado nas planícies e nos desertos do continente africano.
Ele já foi avistado voando acima do monte Everest, que alcança a marca de 8.848
metros. Para suportar a falta de oxigênio do ar rarefeito das grandes
altitudes, essas duas espécies de aves têm um metabolismo acelerado, que produz
muita energia em pouco tempo. Além disso, seus aparelhos respiratórios permitem
que elas tenham ar nos pulmões o tempo todo. Em 1973, um deles bateu num avião
a 11 278 metros", conta a ornitóloga Elizabeth Höfling, da Universidade de
São Paulo-(USP)
O VICE-CAMPEÃO,
é este ganso indiano que voa a uma altitude de 9 000 metros. A mesma altura média dos jatos comerciais. Ele
passa o inverno no nordeste da Índia, ao nível do mar. Na primavera, migra para
os lagos do Tibete, onde choca seus ovos. Só que no meio do caminho tem o
Himalaia, a mais alta cadeia de montanhas do mundo – com altitudes de
até 8 800 metros. Todo ano ele as atravessa. Para suportar a falta de
oxigênio, aves de altitude – como o
embrionário-da-touca-negra,
uma andorinha da América do Norte, e o condor dos Andes – têm metabolismo
acelerado, que produz muita energia em pouco tempo. Outro truque é a
respiração. "O aparelho respiratório permite que essas aves tenham ar nos
pulmões o tempo todo", diz Renato Gaban, ornitólogo da USP. Assim,
aproveitam bem o ar rarefeito. Para elas, voar acima de 8 000 metros
é bico. A menos que venha um avião em sentido contrário.
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