Depois desse momento vocêvai achar estranho o dito popular "Vale um Potosí", utilizado para referir-se a algo muito valioso. Chegando à praça principal da cidade, a sua opinião começará a mudar. O local tranqüilo e limpo abriga uma grande quantidade de monumentos coloniais, incluindo igrejas do século XIX e vários museus. Dentre eles, destaque para a Casa de la Moneda (Casa da moeda) (2a.foto), considerado um dos museus mais interessantes da América do Sul. O local foi fundado em 1572 , está muito bem conservado assim como o que exibe: arquivos coloniais, pinturas religiosas, máquinas de madeira usadas para cunhar as primeiras moedas bolivianas etc. O interior do museu é um pouco frio e a arquitetura um misto de belo e diferente.
Se quiser uma experiência mais emocionante, pode visitar algumas das minas de prata da cidade, onde será possível observar diferentes galerias e pátios onde trabalharam os primeiros escravos quechuas e onde ainda hoje alguns homens trabalham manualmente como na época colonial (1545); além de vivenciar os costumes e superstições dos mineradores como por exemplo observar e oferecer bebida, coca e cigarros à estátua do "Tio Diablo" (diabo), que para eles, é o dono da prata e quem lhes dá proteção no difícil e perigoso trabalho. O acesso às minas só é possível com uma operadora de turismo local (há várias perto da Plaza 10 de Noviembre). O roteiro básico inclui percorrer 2 quilômetros no interior da jazida e descer quatro níveis de 30 a 40 m de altura. O tour dura de quatro a cinco horas. Vá com sua pior roupa e leve "agrados" aos mineradores como cigarros e folhas de coca.
Além da aventura nas minas, é possível caminhar até os lagos (artificiais) da Cordilheira de Kari Kari (4.800 m de altura) (última foto). O trekking na região montanhosa pode durar de um a dois dias. Também há opções mais "tranqüilas" como à Laguna del Inca (Tarapaya) e banhos termais, em águas minerais que brotam da terra e temperatura de até 75ºC.