Há 45 anos, Dilma se
tornava clandestina; e os locais por onde ela passou vão virar roteiro turístico em
BH
Casa na rua Itacarambi, bairro São Geraldo, em Belo Horizonte, onde
funcionava o Colina (Comando de Libertação Nacional), grupo guerrilheiro
que combatia a ditadura militar
Há 45 anos, o presidente Arthur da Costa e Silva reuniu seu
Conselho de Segurança Nacional, no Rio, e aprovou em dezembro de de 1968 o AI-5 (Ato Institucional nº
5). Poucas horas após a queda do aparelho, a presidente
Dilma Rousseff, 66, e o marido Cláudio Galeno, militantes do Colina, fugiram do apartamento 1.001 do edifício Condomínio
Solar, na avenida João Pinheiro, 85, zona central da capital mineira. Dilma
entra na clandestinidade e passa a dormir cada noite em local diferente. A
residência do professor de origem búlgara Pedro Rousseff e da professora Dilma
Jane da Silva, que não conheciam o grau de envolvimento de Dilma com as
atividades do grupo, é vigiada pela polícia. Perseguido na cidade, o casal
muda-se para o Rio de Janeiro. Dilma tinha 21 anos e havia concluído o segundo
ano de economia na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). "Tínhamos
de tirar ela [Dilma] e o Galeno rapidamente dali. Eles não podiam mais ficar
porque iam ser presos. (...) Nós não participávamos das ações de 'expropriações'
[assaltos a bancos], ficávamos na retaguarda", diz o ex-militante do
Colina Jurandir Persichini Cunha, 68. O ativista tinha 23 anos à época e
cursava comunicação social na UFMG.
A presidente Dilma Rousseff viveu na clandestinidade por 12 meses. Em 16
de janeiro de 1970, ela foi presa em São Paulo. Depois de ter sido torturada na
prisão, foi libertada em 1973 e mudou-se para Porto Alegre.
A Belotur, empresa de turismo de BH, está
elaborando de um roteiro de resistência ao regime militar em Belo Horizonte. Os
locais que marcaram a militância de Dilma Rousseff na cidade foram
identificados e mapeados para constarem do catálogo. A publicação será lançada
no próximo dia 31 de março, quando o golpe militar de 1964 completa 50 anos. É uma
data emblemática para o lançamento da publicação que é um guia, com 16 roteiros
de 'lugares de memória', que incluem 'locais de resistência', que têm relação
com a história da presidente", afirma o diretor da Belotur, Mauro
Werkema. Além da casa da rua Itacarambi onde funcionou o
aparelho frequentado pela presidente e o edifício Condomínio Solar, onde Dilma morou. O roteiro inclui ainda "locais de resistência", como o antigo Dops
(Departamento de Ordem Política e Social), na avenida Afonso Pena, 2.351,
bairro de Funcionários, e o antigo Colégio Estadual Central, na rua Fernandes
Tourinho, 1.020, bairro de Lourdes, onde Dilma estudou e iniciou suas atividades.
Intelecto de Dilma e dinheiro de
Pelé foram alvo da ditadura.
Documentos do Dops, órgãos de de inteligência e repressão, ficharam algumas figuras públicas como o ex-jogador
Pelé, cantor Roberto Carlos, os apresentadores Silvio Santos Hebe Camargo e
o escritor Monteiro Lobato. As fichas e prontuários podem ser consultadas no
site "Memória Política e Resistência", vinculado ao Arquivo do Estado.
Configura algumas personalidade fichadas pela ditadura.
RESPONDA COM SINCERIDADE: VALEU A PENA TUDO ISSO? LUTAR CONTRA A NOSSA DITADURA E AJUDAR A DE FIDEL. "EU SÓ QUERIA ENTENDER...