A cada dia, temos procurando tornar este Blog, mais movimentado e interessante, recorrendo as memórias do nosso livro que dá titulo a este espaço, além da prioridade aos assuntos atuais, como a matéria sobre o 11 de setembro, que apresentamos no blog de ontem , quando o atentado completava cinco anos . O caso que hoje vamos contar, não é novo, mas é o único no mundo até o momento.
Em 1975 deixamos Águas de Lindóia, eu e o prefeito Adolfo Mantovani, para uma reunião sobre turismo na bela Estância de Irai, no Rio Grande do Sul, divisa com a Argentina. Até Porto Alegre viajamos em avião de carreira. Mas para chegarmos ao local da reunião, tivemos de atravessar o estado gaúcho no sentido Leste-Oeste. Para isso, houve a necessidade de ser fretar um avião juntamente com outros prefeitos de várias estâncias paulistas.
Viajamos na ida e volta no mesmo aparelho, um Navajo da empresa "Ercílio Caleffi", de prefixo PP-JYG, pilotado pelo seu proprietário, e tendo como comissária a sua esposa Marilda. A viagem em ambos os sentidos, transcorreu na mais absoluta normalidade.
Seis anos após essa viagem, a citada aeronave, seria protagonista de um dos mais raros acidentes dos quais se teve notícia. Uma tragédia que além do PP-JYG, envolveu um outro aparelho, também Navajo, prefixo PT-EEP.
Em 24 de setembro de 1981, o jornal O Estado de S.Paulo publicou esta noticia:
. "Dez mortos em dois acientes aéreos no Sul"
Dois aviões modelo “Navajo” que se dirigiam à cidade de Concórdia (SC) para a inauguração de uma filial da J.H. Santos (a idéia inicial é que ambos se chocaram no ar, mas não), caíram próximos dessa cidade , quase no mesmo horário e mataram 10 pessoas. No PT-JYG, morreram quatro pessoas, o comandante do aparelho, Hercílio Calefi, proprietário da empresa, e sua esposa Marilda (que nos conduziram até Irai), o secretário da Indústria e Comércio do Rio Grande do Sul, Antonio Carlos Berta, e o presidente da Federação das Associações Comerciais de Santa Catarina, Fábio Araújo Santos. No PT-EEP, morreram mais seis pessoas, entre as quais o industrial Félix Araújo Santos, irmão de Fábio, que morreu no outro avião. (Isto é incrível !)
(Nota: os parêntises na notícia foram colocados por nós.)
Amanhã tem mais...