/* Excluido depois do Upgrade do Google em 25 de Outubro de 2009 Fim da exclusao */

segunda-feira, junho 22, 2009

Geleiras no Ártico derretem "mais rápido" que o previsto
Volume das camadas de gelo do oceano foi reduzida em 38% de 1979 a 2000

(Dos nossos colaboradores em Houston - TX, Roberto Jr. e Bruno Kirsten)
Satélite da Nasa mostra a situação do Oceano Ártico, que derreteu atingindo o seu segundo nível mais baixo neste verão, mostrando uma tendência de derretimento que, confirma as mudanças climáticas mundiais, disseram cientistas da Nasa.
O derretimento das geleiras no Ártico acontece "muito mais rápido" que o previsto até então, e se aproxima do "ponto de não retorno", segundo um estudo publicado esta semana, pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF). A calota glacial da Groelândia, com o volume atual estimado em 2,9 milhões de metros cúbicos, e as geleiras do Oceano Ártico, avaliadas em 4,4 milhões de metros cúbicos em setembro de 2007, estão nos níveis mais baixos jamais observados, segundo a organização. O volume das camadas de gelo do oceano conheceu uma redução de 39% em relação ao volume médio observado entre 1979 a 2000. "As mudanças recentes constatadas no Ártico se produzem a uma taxa muito mais rápida do que o previsto", pela Avaliação dos impactos da Mudança Climática no Ártico (Acia), publicada em 2005, e o relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas de 2007, conclui o WWF. O derretimento da calota glacial da Groelândia e da cobertura glacial do Ártico está próxima do "ponto de não retorno", além do que a situação será irreversível, estima a organização internacional. "Quando analisamos detalhadamente as pesquisas científicas sobre as recentes mudanças no Ártico torna-se dolorosamente claro que nossa compreensão do impacto do aquecimento climático está a reboque das mudanças observadas no Ártico", declarou Martin Sommerkorn, um dos autores do relatório. O WWF publica seu estudo por ocasião de uma reunião do Conselho do Ártico, uma organização que reúne os países nórdicos (Estados Unidos, Rússia, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia), nesta quinta-feira nas ilhas Lofoten, na Noruega. Os cientistas da WWF alertam para o desaparecimento dos ursos polares do Canadá, onde vivem dois terços da população mundial dessa espécie. "Estudos anteriores prevêem que o derretimento das geleiras nos mares do norte levaria à extinção de algumas populações de ursos polares por volta de 2050. Mas novos elementos destacam que a extinção em algumas regiões poderia acontecer mais rapidamente", destaca Peter Ewins, diretor da conservação das espécies da WWF-Canadá.

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sexta-feira, junho 19, 2009

FORA DA TRIBO
A maioria dos índios brasileiros vive longe das aldeias. Na cidade, eles sofrem com a pobreza e acabam deslocados e sem identidade, com a perda das tradições.
A maioria dos índios brasileiros vive longe das aldeias. Na cidade, eles sofrem com a pobreza e acabam deslocados e sem identidade, com a perda das tradições Depois de 1516 anos da chegada dos europeus no continente americano, em 12 de outubro de 1492, os povos indígenas ainda sofrem com o descaso. Segundo dados do Banco Mundial, de 2007, 80% dos índios latino-americanos vivem na extrema pobreza. No Brasil, a precariedade nas aldeias empurra os indígenas para áreas urbanas – 441 mil dos 551 mil índios vivem em cidades e apenas 231 mil têm ocupação, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2007. Para Dimas Nascimento (foto), presidente de uma ONG, faltam políticas públicas para esse grupo. Segundo ele, as dificuldades para obter a identidade indígena, emitida pela Fundação Nacional do Índio (Funai), agravam o problema, pois, sem ela, os índios não podem se beneficiar dos serviços públicos destinados a eles, como o atendimento de saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). “Eles (a Funai) diziam que saindo da aldeia a gente não tinha mais direito a nada. Como se tivéssemos deixado nossa identidade para trás”, lembra Rejane Silva, de 35 anos (foto), índia nascida em Tacaratu (PE), onde fica a aldeia dos pankararu, e moradora de São Paulo desde os 14. “Se na aldeia a gente tinha direitos, por que não temos mais na cidade? A cidade cresce em torno da aldeia. As melhores terras são invadidas. O indígena é obrigado a sair para sobreviver”, diz Rejane, que no final de 2.008, pasou a fazer parte do restrito grupo de índios formados em Direito no País. Para a Funai, “índios urbanos” são uma questão recente que ainda precisa ser absorvida. “O atual presidente da Funai, Márcio Meira, foi o primeiro a reconhecer publicamente que os índios fora das aldeias não deixam de ser índios. É um grande avanço. Agora, é preciso que eles usem o poder de voto para eleger pessoas que lutem por eles”, declarou a assessoria de imprensa da Fundação. Entre os mais de 60 mil pankararus na Grande São Paulo, cerca de 700 moram na precária favela do Real Parque. Devido à organização da comunidade, estão entre os que conseguem com mais facilidade o acesso à identidade indígena. Dimas Nascimento, presidente da organização não-governamental (ONG) criada ali para defender a etnia, lembra que o preconceito atrapalha para conseguir emprego. “O índio só se apresenta como tal depois dos 3 meses de experiência”, relata. Nas cidades, além de enfrentar precariedade dos serviços oferecidos à polulação, os índios têm as particularidades de cada cultura ignoradas. “A mulher guarani usa a placenta para um ritual pós-parto. Como os hospitais não têm conhecimento disso, ela prefere ter o bebê em casa, às vezes sem segurança”, conta Aguiar. Ele também aponta problemas na educação. “O que escolas ensinam sobre a cultura indígena? Praticamente nada. Um povo que não tem história não tem como lutar por direitos”, conclui.
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sexta-feira, junho 12, 2009

Um guarda-sol para refrescar a Terra
Medidas urgentes exigidas pelo aquecimento estimulam resoluções próximas da ficção científica. Mas nenhum método é uma solução mágica
NUVENS DE PÁRA-SÓIS no espaço, como nesta concepção artística de uma sombra na Terra, podem abrandar o aquecimento do planeta
Quando David W. Keith, físico especialista em energia da University of Calgary, em Alberta, Canadá, dá palestras sobre geoengenharia, enfatiza sempre que essa idéia não é nova. De fato, não é de hoje que se tem pensado em alterar deliberadamente o clima da Terra para reverter o aquecimento global. Isso vem acontecendo desde que se começou a falar em aquecimento global. Já em 1965, quando Al Gore era calouro na universidade, um painel formado por especialistas ambientais prevenia o presidente Lyndon B. Johnson de que as emissões de dióxido de carbono (CO2) de combustíveis fósseis poderiam provocar “mudanças profundas no clima” e que elas “poderiam ser nocivas”.Àquela época, os cientistas não só consideraram a hipótese de reduzir as emissões, mas também tinham uma idéia em mente: “espalhar pequenas partículas refletoras” sobre cerca de 12,8 milhões de km2 de oceanos, para defletir cerca de 1% adicional da luz do Sol de volta para o espaço “uma solução maluca da geoengenharia”, comenta Keith, “que na verdade não funciona”.As idéias de geoengenharia sobreviveram, nas décadas seguintes, mas sempre foram postas à prova – eram consideradas, por cientistas e ambientalistas, como tentativas tolas e até imorais de encaminhamento para o aquecimento global. Três fatos recentes reativaram essas idéias.O primeiro, apesar de anos de conversações e tratados internacionais, é que as emissões de CO2 estão aumentando mais rápido que o pior cenário imaginado até 2007 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). “A tendência é haver um aumento crescente da dependência do carvão”, avalia Ken Caldeira, especialista em modelagem climática da Carnegie Institution of Stanford,.Califórnia.
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quinta-feira, junho 11, 2009

LISBOA

LISBOA, BELEZA DE CIDADE DO INTERIOR!
Fotos: (1) - Parque Eduardo VII, o maior do centro de Lisboa do qual se pode ver ao fundo a Pça. Marques de Pombal e o rio Tejo; (2) - O bairro de Alfama conserva toda a tradição da cidade; juntamente com o bairro de São Jorge, na foto (3). (4) O centro de Lisboa apesar de cada vez mais moderno, não abremão do seu passado, como o tranporte urbano que ainda conserva os bondes.
A Capital de Portugal, Lisboa, mantém seu charme e tranqüilidade como uma pequena cidade do interior. Banhada pelo rio Tejo, preserva uma arquitetura peculiar de ruas estreitas, casas antigas e prédios com azulejos - repare nesta arte que não se vê tão intensamente em nenhum outro país. O espírito saudoso comprova-se em agradáveis caminhadas pelos bairros tradicionais e passeio em bondinhos que, para nós, brasileiros, pode significar uma viagem às nossas raízes. Vale se organizar para conhecer as diferentes áreas, a região do Chiado, o Rossio, a Baixa, o Catelo, descer até o Alfama, pegar um bondinho até Belém. Lá, além de subir no Monumento dos Descobrimentos, não deixe, em hipótese alguma, não importa quantas calorias você calcule que tenha, de provar o pastel de nata. Depois de tudo isso, aí sim, você talvez esteja preparado para partir. O turismo é a maior aposta de Portugal neste novo milênio, e são bem visíveis os investimentos que o país vem recebendo, tendência notória desde a Expo 98, em Lisboa. Felizmente, como tantas outras cidades menores, a capital portuguesa ainda mantém uma nostálgica atmosfera provinciana, cenário perfeito para um viajante
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terça-feira, junho 09, 2009

BRASILEIROS NO GELO

A primeira expedição nacional ao interior da Antártica já começou
Fotos divulgação: (1) - Um típico acampamento na Antártica, para se locomover durante a expedição ao interior do continente gelado. Brasileiros contarão com motos para a neve e aviões equipados com esquis ; (2) - Até hoje, a presença do Brasil na Antártica está restrita à costa do continente (em verde). Pela primeira vez, uma expedição do país explorará o interior do território antártico (em amarelo). Fonte: "Ciência-Hoje" Imagine que você recebeu um convite inusitado: passar 40 dias sob uma temperatura de 35 graus abaixo de zero, acampado sobre geleiras, no interior da Antártica. Você aceitaria? Pois, no início deste ano, uma equipe formada por oito pesquisadores – sete deles, brasileiros – deixou o conforto dos seus lares para viver essa rotina. Membros do Programa Antártico Brasileiro, eles estão participando da primeira expedição que o Brasil promove ao interior da Antártica, uma região que tem muito a revelar, sobre o clima do nosso planeta. Gelo que fala sobre clima.
A Antártica é um continente com área de 13,6 milhões de quilômetros – o equivalente a pouco mais de um território brasileiro e meio. O Brasil mantém na região uma estação de pesquisa, a Estação Antártica Comandante Ferraz, mas, até o momento, a presença do nosso país no continente gelado estava restrita às proximidades da costa. Desta vez, porém, a proposta era ir mais longe. Para você ter uma idéia, a missão conta com um acampamento – que rstá funcionando como base – a cerca de dois mil quilômetros ao sul da Estação Antártica Comandante Ferraz, já sobre o manto de gelo que cobre o continente. Desse acampamento, parte do grupo ainda avançará mais 400 quilômetros em uma das regiões mais isoladas da Antártica, o Monte Johns, onde serão feitas perfurações do gelo para investigar as variações do clima e da química da atmosfera ao longo dos últimos 500 anos. É importante estudar o gelo da Antártica porque ele arquiva nas suas camadas a evolução da atmosfera do planeta, além dos eventos que a atingiram ao longo do tempo. Além disso, o gelo é um dos principais elementos a controlar o clima da Terra e o nível dos mares. Basta dizer que, se todo o gelo do continente gelado derretesse, o nível médio dos mares aumentaria 60 metros. Portanto, não faltam motivos para os cientistas brasileiros trocarem o calor do nosso país pelo frio da Antártica. Se você quiser, pode acompanhar essa aventura pela internet, na página da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Então, mantenha-se conectado e... que venham muitas boas notícias do gelo!

segunda-feira, junho 08, 2009

Armas, veículos e técnicas de guerra que pareciam exclusivas da ficção científica estão prestes a virar realidade. Dinheiro para pesquisas não falta no mercado que movimentou, em 2007, cerca de US$ 1,3 trilhão (R$ 2,8 trilhões), segundo o Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz, da Suécia. “A evolução tecnológica atua em todos os segmentos e, conseqüentemente, no de armamentos. Procura-se criar as chamadas ‘armas cirúrgicas’, que somente causam danos em alvos selecionados e não em inocentes”, avalia Carlos Afonso Gambôa, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança. Os Estados Unidos não gastavam tanto em armas desde a Segunda Guerra Mundial e devem apresentar dois sistemas a laser. Um é o silencioso e invisível ATL (sigla em inglês para tático laser avançado) - (foto acima), que atinge alvos a até 20 quilômetros de distância e nos quais a força aérea norte-americana investiu agora US$ 30 milhões (R$ 66 milhões) para novos testes a fim de melhorar a precisão. O outro é o canhão de defesa THEL (tático de alta energia), feito em parceria com Israel e constituído de sistema de espelhos com raios para interceptar mísseis.Há ainda uma arma, batizada de Medusa (foto acima), que provoca sensação de eletrochoques nas pessoas. Também há estudos para outra arma que dispara 12 mil projéteis por minuto e um míssil hipersônico, que utiliza a energia acumulada ao sair e voltar daatmosfera para vaporizar o alvo. O Ministério de Defesa da Grã-Bretanha anunciou, há 1 ano, um tanque invisível ao olho humano. Funciona como uma camuflagem digital. Câmeras de vídeo registram imagens em tempo real do local onde o veículo está e as projetam na superfície dele. Dessa forma, o tanque vira um grande telão com imagem igual à da paisagem onde ele se encontra.
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sexta-feira, junho 05, 2009

Ameaça de doenças respiratórias ligadas à queima da floresta Na estação seca, quando se concentram as queimadas na Amazônia, a qualidade do ar de pequenas cidades da região chega a ser pior do que a verificada em grandes capitais poluídas do Brasil (foto: United States Forest Service).
A relação entre a queima da floresta amazônica e o aumento de doenças respiratórias da população local já era conhecida pelos pesquisadores. Agora, uma equipe de cientistas da Escola Nacional de Saúde Pública, vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), acaba de propor um novo indicador que permite avaliar o risco à saúde associado às queimadas. O indicador em questão é o índice de material particulado – o conjunto de partículas sólidas em suspensão no ar em decorrência das queimadas – presente na atmosfera. O grupo mostrou que existe uma relação entre o grau de exposição a esse material e a taxa de hospitalização das populações expostas a ele. A equipe trabalhou com o material particulado com 2,5 micrômetros de diâmetro (PM 2,5) que, em função do seu tamanho diminuto, tem grande penetração nos pulmões e é nocivo à saúde. "Este é o primeiro estudo que mostra a associação de doenças respiratórias à exposição do PM 2,5 na Amazônia", explica a bióloga Sandra Hacon, que apresentou os resultados do trabalho no Fórum Internacional de Ecossaúde, realizado em Mérida, no México. O grupo de Hacon comparou os índices de material particulado na atmosfera e o número de hospitalizações por doenças respiratórias de crianças e idosos, mais vulneráveis à poluição do ar. O trabalho foi feito na região de Alta Floresta, no Mato Grosso, que tinha os piores indicadores de saúde para doenças respiratórias no estado entre 2000 e 2004. Os resultados mostram que, quando a exposição ao material particulado considerado passou de um determinado patamar, a taxa de hospitalização de idosos aumentou 7%, e a de crianças, 10%. Para as outras faixas etárias, o aumento foi de 5%. Na avaliação de Sandra Hacon, esses resultados devem ser levados em conta na formulação de políticas públicas para combater as queimadas. "O estudo traz informações relevantes para que os tomadores de decisão na Amazônia reforcem as estratégias de prevenção e controle da queima de biomassa", afirma.
Fonte: "Ciência Hoje"
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terça-feira, junho 02, 2009

Ano Polar confirma degelo no Ártico e na Antártida
Cientistas dizem que aquecimento afeta região antártica de maneira "insuspeitada"Oceano austral aqueceu mais que a média dos mares do mundo; América do Sul sentirá efeitos de mudança no continente austral. Navio na região da plataforma Wilkins, afetada por aquecimento
CONFIRMADO: O Ártico e a Antártida estão esquentando mais rápido do que se imaginava e seus mantos de gelo, especialmente, o da Groenlândia, estão derretendo sob influência do aquecimento global. As conclusões são do maior esforço de pesquisa já feito sobre as regiões polares, que envolveu mais de 10 mil cientistas de 60 países, incluindo o Brasil. Um relatório preliminar divulgado recentemente em Genebra, encerrou esse esforço de pesquisa, o 4º Ano Polar Internacional, afirma que "parece certo agora que tanto o manto de gelo da Groenlândia quanto o da Antártida estão perdendo massa e portanto aumentando o nível do mar, e que a taxa de perda de gelo na Groenlândia está crescendo". O degelo acelerado dos polos é uma das maiores incertezas nos modelos do aquecimento global. Se derretidos, o oeste da Antártida e a Groenlândia elevariam o nível do mar em vários metros, o que seria desastroso para a humanidade. No entanto, como o comportamento das geleiras antárticas e árticas é muito complexo, até agora tem sido impossível estimar a contribuição total do degelo polar para o nível do mar no futuro (no leste da Antártida, por exemplo, o gelo parece estar aumentando). Essa questão ficou sem resposta no último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), o comitê de climatologistas da ONU, que previu uma elevação de "modestos" 59 cm no nível global dos oceanos até o fim deste século.Responder se os polos estão ou não perdendo gelo era um dos principais objetivos do Ano Polar Internacional, que começou em 2007 e terminou em março. Num esforço de cooperação internacional sem precedentes e com US$ 1,5 bilhão de financiamento, cientistas usaram técnicas como medições por satélite de mudanças na elevação e nos campos gravitacionais dos mantos de gelo. O resultado não é a última palavra sobre o assunto, mas as pesquisas feitas durante o Ano Polar indicam um balanço de massa negativo, ou seja, mais gelo é perdido do que o que se acumula por precipitação de neve. E a primeira região a sentir essas mudanças na Antártida será a América do Sul.
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sexta-feira, maio 29, 2009

VEM AI A VACINA ANTI-RONCOPesquisadores brasileiros testam injeção bucal contra o problema
Pela primeira vez uma injeção contra o ronco é testada com sucesso no Brasil. Ela foi aplicada em 18 pessoas por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que pretendem fazer o mesmo em mais outras 12 e, em caso de sucesso, disponibilizá-la até 2011. “A injeção é simples e de fácil disponibilidade, e é um exemplo de um método com o máximo de eficácia e o mínimo de intervenção. Ela não previne nem cura o ronco, e funciona com apenas 5% de quem possui o problema”, explica Michel Cahali, orientador da pesquisa e otorrinolaringologista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A injeção é aplicada na parte superior do céu da boca, que provoca dor similar à de uma anestesia, diminui o ruído causado pela passagem do ar e é muito mais barata do que a radiofreqüência, método que provoca o mesmo efeito através do calor. Enquanto a primeira técnica deverá custar por volta de R$ 25, a segunda sai ao preço de R$ 900 por cada uma das cerca de cinco aplicações. No entanto, a injeção pode provocar fibrose e abertura do espaço respiratório, e funciona só em casos em que não há apnéia, pausa na respiração durante o sono que pode sobrecarregar coração e pulmão, e é tratada com cirurgias, máscaras de inalação e aparelhos intra-orais. De acordo com a Sociedade Brasileira do Sono, 60% dos homens e 40% das mulheres acima dos 60 anos roncam. O ronco é o ruído provocado quando há uma diminuição do espaço na boca para a passagem do ar, dificultando a respiração. Quem ronca pelo menos quatro vezes por semana ou de modo socialmente incômodo deve procurar ajuda médica, assim como quem interrompe a respiração durante o sono.
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sábado, maio 23, 2009

Série: MUNDO CURIOSO

VULCÕES COLORIDOS NA GUATEMALA
(Fotos: (1)- Raios caem sobre o vulcão Pacaya; (2)-Vulcão visto a partir do alto de Antigua.)
Não só de visitas a ruínas e igrejas que vivem os turistas que vão a Antigua. Os mais aventureiros podem arriscar uma escalada em um dos vulcões próximos à cidade. Uma série de fatores pode desencorajar quem fica na dúvida entre fazer ou não o passeio. Para começar, vale citar a altura deles, que varia entre 2.552 m -caso do Pacaya- e 3.975 m -caso do Acatenango-. Para se ter uma idéia do que isso significa, imagine um prédio de 33 andares. Ele tem míseros 100 metros de altura. Mesmo assim, o turista teimoso, acha que dá para encarar o vulcão menor numa boa. Ótimo: então, prepare-se para oito horas de caminhada (os passeios costumam ser entre as 13h e as 21h), rumo a um vulcão ativo, caso do Pacaya. Isso mesmo: ele pode entrar em erupção a qualquer momento. Desde 1565, esse vulcão já causou estrago 20 vezes. O último foi há nove anos, quando os vilarejos próximos foram evacuados. Quase desistindo? Antes de virar a página e descartar a idéia, pense na recompensa. Encarar esse passeio oferece a oportunidade de conhecer -e de pisar- em um dos fenômenos naturais mais intrigantes da Terra, de ter um visual inimaginável da região, e se tiver sorte poderá de o vulcão colorido e observar de perto o que acontece dentro da cratera e, claro: de perder os quilos que ganhou depois de tanta tortilha. Há estudos que detectam com antecedência qualquer tipo de tremor nos vulcões. Para não ocorrer riscos, antes de calçar as botas e encher suas garrafas d'água, cheque com a própria agência que oferece o passeio se há algum perigo. O Vulcão que solta água. Os antigueños têm na ponta da língua a história do vulcão Água (foto à esq.), que em 1541 destruiu a Ciudad Vieja, região que abrigava a então capital da Guatemala, San Miguel Scobar. Mas esse vulcão não despejou lavas ardentes sobre a cidade. O Água despejou...água mesmo! Depois de alguns dias seguidos de chuva forte, um terremoto rachou as paredes do vulcão e liberou a chuva armazenada. Ciudad Vieja ainda conserva uma das mais antigas catedrais da América Central, fundada em 1534. O vulcão Água, com 3.760m é o mais fácil para subir.
Localização da Guatemala na América Central>>>>
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sexta-feira, maio 22, 2009

TAPETES ORIENTAIS: TRAMAS DE CORES E SÍMBOLOS Com desenhos originais reproduzidos Há séculos,os tapetes persas, hoje feitos no Irã, são os mais famosos e valorizados entre os modelos orientaisUm legítimo tapete persa é uma obra de arte. E que arte! Alguns Levam até sete anos para ficar prontos. Sua confecção baseia-se em técnicas artesanais milenares, que passam de geração a geração e envolvem a produção de lã, a fiação e o tingimento. As mulheres são as principais artesãs, cabendo ao homem tarefas que exigem força, como bater o tapete depois de concluído para amaciar as suas fibras.
Os persas são classificados de acordo com sua origem em tapetes de cidade e tribais. Exibem desenhos florais ou geométricos. Entre as cores mais utilizadas, destacam-se o vermelho, símbolo da felicidade, e o azul, predominante na bandeira do antigo império persa. O verde, considerado sagrado por ser a cor do manto de Maomé, aparece pouco – em geral, apenas nos tapetes de oração, nos quais só se pisa descalço. “Um bom tapete não mistura muitas cores; no máximo oito”, explica a decoradora Lygia Arruda, de São Paulo, especialista em tapetes orientais.

TAPETES TRIBAIS:
Os tapetes produzidos pelas tribos nômades e pelas sedentárias, são simples como o Kilim (á dir. da foto), são mais simples, mostram cores fortes, estilo ingênuo e poucos nós, e mostram desenhos geométricos, com motivos singelos e documentam de forma forma estilizada o dia-a-dia nas tribos.
TAPETES DE CIDADE: Reproduzem estampas delicadas, antigas e tradicionais, em geral plantas ou flores. Cada uma possui seu valor religioso ou cultural entre os mais conhecidos estão o Tabriz e o Nain (à esq. da foto). O Tabriz apresenta a configuração mais tradicional. Caracteriza-se por um medalhão central e malha floral harmoniosamente distribuída, ao passo que o Nain (à dir.), não ostenta o medalhão central, e seus desenhos miúdos são contínuos. Feitos de lã de algodão de altíssima qualidade, ambos apresentam ótima densidade de nós. O Nain é um tapete bem cotado e como o Tabliz, valoriza ambientes de alto requinte.
RECOMENDAÇÕES
Na hora de comprar, exija o certificado de procedência. Em casa, se o piso for de pedra ou liso, ele deve ser colocado sobre um forro antiderrapante. A limpeza é feita com aspirador a cada quinze dias, no sentido do pêlo, ou com vassoura de piaçava ou feiticeira. Exponha-o ao sol sempre que puder. Nunca use produtos químicos. Mande lavar em casas especializadas a cada cinco ou sete anos.

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quinta-feira, maio 21, 2009

HONOLULU: A TERRA DE BARACK OBAMA
Fotos: (1) - Nesta região chamada de Ohau, está localizada a cidade de Honolulu capital do Hawai, com seus arranha-céus e muitas praias urbanas; (2) - A vista aérea mostra as águas claras de Honolulu; (3) - As praias urbanas; (4) - As tardes em Ohau oferecem os mais belos e poéticos por do sol.
Honolulu é a maior cidade e capital do estado americano de Havaí, bem como um dos quatro condados do estado, ocupando toda a ilha de Oahu. A sua área é de 5 509 km², sua população é de 876 156 habitantes, e sua densidade populacional é de 564 hab/km² (segundo o censo americano de 2000). A cidade foi fundada em 1845. O Havaí não possui cidades, a nível de entidade administrativa, e a área urbanizada de Honolulu possui 377 260 habitantes e 272,1 km² de área, segundo estimativas de 1984. Sua população passou de 876.000 (2000) a 1.005.994 (2007).
Devido à uma localização próxima em relação à Linha do Equador, Honolulu possui um clima tropical, com altas temperaturas mesmo no ápice do inverno, entre janeiro e fevereiro, os meses mais frios da cidade. No inverno, as temperaturas chegam aos 27°C ao dia e raramente são inferiores de 20°C à noite. Apesar de não fazer muito frio, pode acontecer de a temperatura cair muito, como em janeiro de 1969, em que a temperatura caiu para 11°C em janeiro, até agora a temperatura mais baixa já registrada na cidade. No verão, a temperatura máxima pode superar os 30°C e a mínima fica nos 23°C. Apesar de agosto ser o mês mais quente do ano na cidade, a temperatura mais alta foi registrada em setembro de 1994, no dia 19, com 35°C. A temperatura média anual da cidade é 25°CHonolulu não é apenas o berço de Barack Obama, 44º presidente dos Estados Unidos. Lá também nasceram a atriz Nicole Mary Kidman, americana de pais australianos; o músico e cineasta Jack Johnson; Nicole Scherzinger, de formação católica, hoje, grande vocalista da Banda de rock Days of News e Mark Dacascos, ator paricipante de grandes filme para cinema e TV.
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segunda-feira, maio 18, 2009

AO SABOR DOS VENTOS
Apesar de pouco poluente e com grande potencial em território nacional, a energia eólica quase não é utilizada no Brasil'

A energia eólica, gerada a partir do movimento dos ventos, está entre as fontes energéticas do futuro. Renovável e limpa, não emite quantidades significativas de gases poluentes na atmosfera. Apesar de, entre 1997 e 2007, a capacidade mundial de produção desse tipo de energia ter aumentado 1.155%, o Brasil ainda não explorou todo seu potencial. Só em 2008, segundo relatório do Conselho Global de Energia Eólica, esse aumento chegou a quase 30% em todo o mundo, com destaque para a China e os Estados Unidos, que investiram pesado no setor. Em território nacional, onde os ventos têm boa qualidade, a energia gerada por esta técnica não chega a 0,5% do que é produzido no País. Segundo dados do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, realizado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), porém, se apenas o potencial dos ventos do Nordeste fosse plenamente utilizado, seria possível suprir quase dois terços de toda a demanda nacional. Por ser um elemento abundante na natureza, não é preciso pagar taxas de importação ou de utilização para obter vento. Porém, cada megawatt produzido por ele ainda é mais caro do que a energia gerada a partir das águas, nas hidrelétricas, mais usadas no Brasil. Em 2008, enquanto um megawatt gerado nas hidrelétricas custava R$ 100, o da energia eólica era de R$ 230. De acordo com Ricardo Baitelo, da organização ambientalista Greenpeace, além das vantagens ambientais, os benefícios sócioeconômicos compensariam o custo ainda elevado da produção desse tipo de energia. "A construção de torres, a fabricação de componentes e toda a cadeia eólica geram mais empregos do que os que são criados na cadeia produtiva da energia hidroelétrica e termoelétrica", explica. Para Enio Bueno Pereira, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, um dos principais empecilhos para a maior utilização da energia dos ventos é a falta de uma indústria nacional para produzir torres e demais componentes. "Nós temos vento, não existe nenhuma barreira tecnológica. O que precisamos é de incentivos governamentais e tempo para que a indústria possa se desenvolver e acompanhar uma demanda que seja crescente."
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quinta-feira, maio 14, 2009

Cartagena é Colômbia e Caribe ao mesmo tempo
A cidade oferece desde riqueza histórica até praias maravilhosas e muita rumba
Agradecimento especial à Secretaría de Turismo da Colômbia

Desde o século 16 ancoram nesse pequeno porto do caribe piratas, corsários e aventureiros ambiciosos. Em 1610, ele serviu de sede para o Tribunal da Inquisição da metrópole espanhola. O resultado desse passado turbulento está presente nas fortalezas, muralhas e conventos que garantiram a Cartagena o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 84. O forte de San Felipe de Barajas, por exemplo, é considerado a melhor obra de engenharia militar espanhola na América. Pode-se chegar em Rosário em lanchas rápidas ou em embarcações maiores. Crédito: Secretaria de Turismo da Colômbia. A diferença da cidade colombiana é que ela não é tão badalada quanto Cancún, por exemplo. Aqui, as areias são bem mais tranqüilas. As ilhas do Rosário, ao sul da baía de Cartagena, têm um grande banco de coral povoado por uma rica fauna marinha. Bom motivo para nadar em suas águas claras e praticar o snorkeling. Uma vez na Colômbia, visite as casas noturnas que tocam rumba e salsa. Assim como os cubanos, os colombianos têm a fama de saber mexer os pés.O castelo de San Felipe de Barajas fica mais imponente ainda com sua iluminação noturna.Crédito: As muralhas caminham por quase dez quilômetros da cidade, e, de cima delas, é possível ver, de um lado, o mar azul do Caribe e, do outro, as casinhas coloridas do bairro colonial. Além da riqueza do turismo histórico, os viajantes também vão encontrar em Cartagena praias que arrancam adjetivos dos viajantes - reação comum, aliás, em praticamente qualquer praia caribenha.
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terça-feira, maio 12, 2009

ADEUS À CATARATA
(Matéria enviada pelo colaborador Bruno Kirsten, Houston, TX)Principal causa de cegueira no mundo, a catarata não pode ser prevenida, o que evitaria milhares de novos casos. Isso até agora, pois a agência espacial norte-americana Nasa e o Instituto Nacional de Olhos dos Estados Unidos desenvolveram um aparelho a laser que diagnostica a pré-catarata a partir da concentração da proteína alfacristalina. A substância é encontrada em pequena quantidade no tecido do cristalino (lente dos olhos localizada entre a córnea e a retina) de quem sofre da doença. invento foi desenvolvido a partir da avaliação de 380 pacientes entre 7 e 86 anos. “Trata-se do primeiro aparelho capaz de mensurar a tendência, entre aspas, para catarata, uma vez que detecta alterações no cristalino antes de aparecerem os primeiros sinais da doença. Até agora, num exame de rotina, era verificado o início em até 10 anos antes da necessidade de operação. Assim, é possível acompanhar pessoas com tendência a desenvolvê-la e nortear novas pesquisas de proteínas e medicamentos que possam prevenir a catarata”, garante Newton Kara José Júnior, chefe do grupo de catarata do Hospital das Clínicas de São Paulo. O novo aparelho poderá comprovar, por exemplo, a forte correlação da doença com exposição ao sol, fumo e diabete. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 120 mil casos de catarata são diagnosticados por ano no Brasil. Para os doentes, o tratamento mais usual é a cirurgia, financiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que realizou mais de 70 mil operações no ano passado.
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sexta-feira, maio 08, 2009

Pixação

O ciclo vicioso do vandalismo
Violação de uma norma social fomenta a transgressão de outras, diz estudo holandês
Lixo no chão, pichações nas paredes e outros tipos de desordem urbana são o cenário ideal para atos de vandalismo. É o que diz um estudo realizado na Holanda. A pesquisa concluiu que as pessoas se sentem mais à vontade para transgredir as normas quando vêem que outros indivíduos já fizeram isso antes.
Um experimento feito em um estacionamento de bicicletas mostrou que a maioria das pessoas comete atos de desordem urbana, como jogar papel no chão, quando encontra um cenário em que as paredes estão pichadas (foto: Science). Pesquisadores da Universidade de Groningen (Holanda) realizaram seis experimentos de campo em que observaram o comportamento de indivíduos em cenários com ausência e presença de vandalismo. Em ambas as situações, as pessoas não sabiam que estavam sendo observadas. Os resultados mostraram um aumento significativo de pequenos delitos quando era possível notar no ambiente alguma transgressão das regras estabelecidas. O artigo foi publicado na revista Science desta semana. Um dos testes foi feito em um estacionamento de bicicletas. Os pesquisadores colocaram um folheto de propaganda em cada bicicleta com o objetivo de observar se as pessoas iriam jogá-lo no chão ou levá-lo até uma lixeira mais distante, já que não existia uma no local. Uma placa pendurada dizia que pichações eram proibidas. Em uma das situações, as paredes estavam limpas e, na outra, estavam tomadas por pichações. Das 77 pessoas observadas em cada situação, 69% jogaram o folheto no chão no cenário com as paredes pichadas. Quando as paredes estavam limpas, apenas 33% cometeram a mesma infração. Comportamento influenciador “Quando as pessoas observam que outras picharam onde isso não deveria ter sido feito, elas percebem um comportamento inapropriado”, explicam os autores no artigo. E completam: “Acreditamos que isso enfraqueça seu interesse em ter um comportamento adequado e fortaleça a vontade de fazer o que faz bem a elas (por exemplo, ser preguiçoso e jogar papel na rua) ou o objetivo de obter recursos materiais por meio de furtos.”

Libertada a pixadora da Bienal
Saiu da cadeia no dia 18 último, pixadora da 28ªBienal de SP, Caroline Pivetta da Mota (que se assina "Sustos"), que passa a responder processo em liberdade."Entre o vazio existencial da jovem 'Sustos' e o vazio conceitual da Bienal, há menos identificação do que antagonismo: a fúria da primeira é o impulso desesperado de vida que traz a luz o espírito burocrático e mortificante da segunda. O templo da arte contemporânea (a Bienal) faz aqui o papel (ou papelão) de museu do que há de pior na tradição nacional. Ou esse qüiproquó artístico-policial não é um sinal das nossas iniqüidades de sempre?" ("O vazio e a fúria", Fernando de Barros e Silva na Folha de São Paulo, 15/12/2008).

terça-feira, maio 05, 2009

Astronomia (Identificando o céu)

Estrelas que contam histórias
Olhe para o céu e conheça constelações repletas de curiosidades
(As Três Marias fazem parte de Órion. Já Sirius, estrela mais brilhante do céu, pertence a Cão Maior)
Há muito tempo o ser humano estuda os mistérios do céu. Mesmo antes de existirem os modernos telescópios e outros aparelhos que auxiliam os astrônomos atuais, os povos antigos já voltavam os seus olhos para as estrelas. A Ciência-Hoje, apresenta três constelações que eram observadas no passado e, por isso, têm muitas histórias para contar! Com certeza todos já ouviram falar da constelação de Órion? Se não, com certeza as Três Marias são familiares para todos Pois saiba que essas três estrelas juntinhas umas das outras fazem parte de Órion. Na mitologia greco-romana, esse é o nome de um caçador que, após sua morte, foi colocado no céu em forma de constelação pelo deus Zeus. Bem perto de Órion, há uma outra constelação chamada Cão Maior. Para os gregos e romanos, o Cão Maior era o guardião de Órion: um cão de guarda. Por sua vez, Orion caça o Touro e o Leão, outros conjuntos de estrelas que ficam bem próximos dele no céu! “Os nomes das constelações estão associados a mitos, lendas e costumes das sociedades”, explica o astrônomo Paulo Cesar Pereira, da Fundação Planetário do Rio de Janeiro. “Tanto que diversas culturas criaram sistemas próprios de constelações, como os chineses e os índios brasileiros.” Já que falamos do Cão Maior, vale a pena lembrar que, nessa constelação, fica a estrela mais brilhante do céu: Sirius! “Esse astro era usado como um marcador de tempo pelos egípcios e servia para identificar a chegada da cheia do Rio Nilo”, conta Paulo Cesar Pereira. “A cheia era uma época de fertilidade do solo e abundância de peixes para aquele povo que vivia no deserto.” Mas como as estrelas ajudavam a marcar o tempo? Elas podiam ser usadas para isso porque têm um movimento aparente durante a noite e ao longo do ano. “Esse movimento é chamado aparente porque, na verdade, quem se move é a Terra”, conta Paulo Cesar Pereira. No passado, era comum usar essa movimentação para medir a passagem do tempo. Afinal, uma estrela como Sirius parece ocupar posições diferentes ao longo da noite e também durante o ano inteiro.
As Três Marias fazem parte de Órion. Sirius, estrela mais brilhante do céu, pertence a Cão Maior, pequena gigante.
(O Cruzeiro do Sul ajudava os navegadores do século 16 a se orientar durante as suas viagens)
Mas as estrelas não servem somente para marcar o tempo. Quem mostra isso é outra constelação bastante conhecida, o Cruzeiro do Sul. Ela foi muito importante no tempo das grandes navegações, no século 16, em que os europeus saíram em busca de novas terras e chegaram a lugares como o Brasil. Sabe por quê? Ao olhar para essa constelação em forma de cruz, que só pode ser vista no hemisfério Sul, os navegadores conseguiam localizar... a direção Sul! “Se prolongarmos o braço maior da cruz quatro vezes no sentido cabeça-base da cruz, encontramos o pólo Sul celeste. Caso tracemos uma linha vertical a partir dele até o chão, achamos o ponto cardeal Sul”, explica Paulo Cesar Pereira. Apesar de ser a menor das 88 constelações que podem ser vistas da Terra, o Cruzeiro do Sul teve uma importância enorme na história das navegações, que chegou até o século passado, quando na era dos aviões a pistão, como o Constellation e os Douglas, tinham no teto uma clara bóia chamada cestante, atrav´es da qual, um navegador membro da tripulação, se orientava pelas estrelas, especialmente, as da constelação do Cruzeiro do Sul, nos vôos de longo percurso como os ques ligavam a costa oeste dos EUA, com destino ao Japão.
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