77 MILHÕES DE CRIANÇAS FORA DA ESCOLADados do relatório sobre educação apresentado pelo Unicef e pela Unesco (organismos da Organização das Nações Unidas – ONU), apontam que 77 milhões de crianças no mundo estão fora da escola. O número é bastante inferior ao apresentado há cinco anos, mas ainda é “inaceitável”, de acordo com o documento. A maioria absoluta dessas crianças (três quartos) vive na África subsaariana (que abrange os países de população negra situados ao sul do deserto do Saara) e na Ásia meridional e ocidental. O diretor-geral da Unesco afirmou que “quatro em cada dez crianças nascidas no mundo em desenvolvimento crescem mergulhadas na pobreza, na desnutrição e sem poder ir à escola”. Segundo o levantamento, as meninas são as que correm maior risco de jamais freqüentarem uma escola ou abandoná-la prematuramente, especialmente as que vivem em zonas rurais ou muito pobres. Apesar dos tristes dados, o relatório mostra um grande progresso na escolarização infantil, considerando que, entre 1999 e 2004, o número de crianças que não freqüentava a escola caiu em 21 milhões, o que representa um avanço na direção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU. A região em desenvolvimento com maior nível de crianças na pré-escola é a América Latina e o Caribe. Porém, o Brasil aparece somente em 72º lugar num índice de desenvolvimento com 125 países, em um bloco intermediário com índice médio. O que mais prejudica o desempenho do País são as altas taxas de repetência e evasão no ensino fundamental, que refletem negativamente no cálculo da taxa de estudantes que iniciaram esse período escolar e conseguem ao menos chegar até o quinto ano. O problema da repetência no Brasil também já foi destacado em outro relatório da Unesco divulgado neste ano. O documento mostrou que o País tinha índices piores do que outros extremamente pobres, como Camboja, Haiti e Ruanda.
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