AGRESSIVIDADE/HOMOSSEXUALIDADE Afinal,
homossexualismo e violência são características hereditárias ou
comportamentos adquiridos? Melhor perguntando, a pessoa nasce gay ou
criminosa, ou torna-se gay ou criminosa?
A questão rende panos para
mangas há muito tempo, mas ganhou especial destaque nos últimos cinco
anos, quando foi lançado o projeto internacional de mapeamento do DNA
humano, batizado Genoma: desde então, constantemente pesquisadores
anunciam a descoberta de genes que seriam responsáveis pelo alcoolismo, a
depressão, a criminalidade, a esquizofrenia, mesmo o autismo. Em julho
passado, uma equipe do Laboratório de Bioquímica do Instituto Nacional
do Câncer dos Estados Unidos, liderada por Dean Hamer, anunciou a
descoberta de evidências de que o homossexualismo estaria inscrito em um
gene do cromossomo X. Publicado na revista Science, órgão oficial da
Associação Americana para o Progresso da Ciência, o estudo foi saudado
pelos editores como capaz, “eventualmente, de levar a um melhor
entendimento das bases biológicas da homossexualidade e da orientação
sexual em geral”. A frase, em todo caso, fora precedida pela ressalva
“se confirmado".
A esquizofrenia é uma doença mental, provoca alucinações e não tem cura.
Mas a tarefa é enorme, quase insuperável. Se um dia conseguir descobrir
uma mutação genética comum a todos os doentes que estuda, Valladan terá
em seguida de provar que ela não aparece em pessoas não doentes. Todas
essas pesquisas revelam evidências, em geral baseadas em dados
estatísticos, mas ninguém ainda conseguiu provar que algum desses
comportamentos tenha origem exclusivamente genética. Filhos de pais
alcoólatras ou violentos podem se tornar também alcoólatras ou violentos
por influência do meio em que vivem. Steven Rose, professor da Open
University de Londres, especialista em desenvolvimento do cérebro e
autor de sucessos literários científicos como A química da vida e Não em
nossos genes, defende esse ponto de vista com entusiasmo.
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