Com mais de 40 anos de idade, esta pernambucana radicada em Santa Catarina possui quatro recordes mundiais, dois continentais e 22 sul-americanos. Em fins de 2007, foi agraciada com o Troféu "Icare" de melhor mergulhadora do mundo, o troféu mais importante desse esporte, oferecido pelo Centro Internacional de Educação e Reconhecimento de Apnéia, de Lausanne, na Suíça. Karol credita o prêmio a seu desempenho em uma competição em Porto Alegre, em junho de 2007. Lá, bateu três recordes: dois na modalidade dinâmica (maior percurso horizontal submerso) sem nadadeiras – com as marcas 87 m – e outro na dinâmica com nadadeiras – com a marca 131 m. “Meu desempenho teve repercussão internacional porque não é fácil bater três recordes em uma única competição”, diz ela.
Para isso, além de paixão, é preciso técnica. Por causa do mergulho e de suas práticas de aeróbica e ioga, Karol possui um volume pulmonar 30% maior do que o de uma pessoa com seu tamanho e idade. Ou seja, é capaz de armazenar mais ar, suportando assim mais tempo submersa. Paralelamente, ela faz uso da chamada técnica de carpa que consiste em, após a inspiração, colocar mais ar dentro do pulmão a partir de pequenas sucções. Dessa forma, Karol consegue ampliar em mais 25% sua capacidade pulmonar.
Nas profundezas, recomenda: "é preciso entender os sinais do corpo para não “apagar” durante a prática do esporte. Mergulhar é uma eterna negociação com a mente”, diz ela. Em uma competição em 2008, Karol ficou 6m17s debaixo d’água sem respirar, e começou a sentir contrações no diafragma a partir do terceiro minuto. “Eram contrações mais espaçadas e fui até o final. Aprendi a lidar com o stress e com a angústia de não ter ar e ver meu corpo pedindo. O problema é quando as contrações ficam mais próximas”, explica.
Conquistas: A mergulhadora possui quatro recordes mundiais, dois continentais e 22 sul-americanos
Rodrigo era praticante de mergulho por apnéia e estava em um passeio com um grupo de amigos mergulhadores. De acordo com a assessoria do MP, Rodrigo voltava de barco do passeio, quando decidiu fazer mais um mergulho. Após a demora para retornar, os amigos sairam a sua procura, mas não o encontraram.Quase meia hora depois, o corpo apareceu em cima de uma pedra. Pelo laudo do (ITEP), a morte foi causada por "asfixia mecânica",por afogamento.