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quarta-feira, fevereiro 02, 2011

ESPORTES DE RISCO

Riscos do mergulho em apnéiaPara a pernumbacana, Karol Meyer a melhor mergulhadora do mundo em apnéia, capaz de prender a respiração por mais de sete minutos, é preciso entender os avisos do corpo para não "apagar", como aconteceu no último fim de semana com um mergulhador em Pernambuco.Karol Meyer vive quase no anonimato, menos conhecida do que qualquer incipiente participante do BBB, e até de outros esportistas que não brilham tanto quanto ela. Mas, nem por isso deixa de ser uma atleta que honra o Brasil nas inúmeras competições de que participa. Recordista em várias competições que participou pelo mundo afora, atualmente com cerca de 12 anos como mergulhadora profissional, ela é conhecida como a Mulher Peixe. Além de sua ligação com o fundo do mar, é capaz de feitos surpreendentes, como prender a respiração por sete minutos e 18 segundos, tornando-a recordista continental em apnéia estática.
Com mais de 40 anos de idade, esta pernambucana radicada em Santa Catarina possui quatro recordes mundiais, dois continentais e 22 sul-americanos. Em fins de 2007, foi agraciada com o Troféu "Icare" de melhor mergulhadora do mundo, o troféu mais importante desse esporte, oferecido pelo Centro Internacional de Educação e Reconhecimento de Apnéia, de Lausanne, na Suíça. Karol credita o prêmio a seu desempenho em uma competição em Porto Alegre, em junho de 2007. Lá, bateu três recordes: dois na modalidade dinâmica (maior percurso horizontal submerso) sem nadadeiras – com as marcas 87 m – e outro na dinâmica com nadadeiras – com a marca 131 m. “Meu desempenho teve repercussão internacional porque não é fácil bater três recordes em uma única competição”, diz ela.
Para isso, além de paixão, é preciso técnica. Por causa do mergulho e de suas práticas de aeróbica e ioga, Karol possui um volume pulmonar 30% maior do que o de uma pessoa com seu tamanho e idade. Ou seja, é capaz de armazenar mais ar, suportando assim mais tempo submersa. Paralelamente, ela faz uso da chamada técnica de carpa que consiste em, após a inspiração, colocar mais ar dentro do pulmão a partir de pequenas sucções. Dessa forma, Karol consegue ampliar em mais 25% sua capacidade pulmonar.
Nas profundezas, recomenda: "é preciso entender os sinais do corpo para não “apagar” durante a prática do esporte. Mergulhar é uma eterna negociação com a mente”, diz ela. Em uma competição em 2008, Karol ficou 6m17s debaixo d’água sem respirar, e começou a sentir contrações no diafragma a partir do terceiro minuto. “Eram contrações mais espaçadas e fui até o final. Aprendi a lidar com o stress e com a angústia de não ter ar e ver meu corpo pedindo. O problema é quando as contrações ficam mais próximas”, explica.
Conquistas: A mergulhadora possui quatro recordes mundiais, dois continentais e 22 sul-americanos

MERGULHADOR MORRE AO PRATICAR APINÉIA
A pratica de mergulho por apinéia, como vimos até aqui, é quando o mergulhador não usa cilindro de oxigênio. Essa prática terminou trágicamente no último fim de semana para o servidor do Ministério Público, Rodrigo Lobo Vieira (foto), de 41 anos, na praia de Barrra de Maxaranguape, em Pernambuco.
Rodrigo era praticante de mergulho por apnéia e estava em um passeio com um grupo de amigos mergulhadores. De acordo com a assessoria do MP, Rodrigo voltava de barco do passeio, quando decidiu fazer mais um mergulho.
Após a demora para retornar, os amigos sairam a sua procura, mas não o encontraram.Quase meia hora depois, o corpo apareceu em cima de uma pedra. Pelo laudo do (ITEP), a morte foi causada por "asfixia mecânica",por afogamento.

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