AVIÃO X FURACÃO
Pilotos: Suicidas ou Heróis?
Qual desses adjetivos você usaria para classificar um piloto (como o da foto superior),capaz de rumar o seu avião para entrar no olho de um furacão. (foto). Seja qual for a resposta, ela é refutada pelos membros do 53° Esquadrão de Reconhecimento Meteorológico (Unidade Especial da Força Aérea dos Estados Unidos), conhecidos há décadas, como Os Caçadores de Furacões. Os aviadores parecem fazer pouco dos riscos: “Não é grande coisa”, diz o capitão Joseph Roche (foto), que só no ano passado encarou nada menos que quatro furacões. Os Hurricane Hunters são uma esquadrilha inusitada. Sua missão é penetrar nos ciclones tropicais que se formam no Oceano Atlântico, sobretudo no Caribe e Golfo do México. Uma vez na tempestade, os aviões recolhem dados e repassam aos cientistas em terra.
A unidade enfrenta inimigos cada vez mais poderosos. Pesquisas da Universidade do Colorado e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, mostram que um aquecimento anormal do oceano, ocorrido nos últimos anos, tende a fortalecer e tornar mais frequentes os furacões do Atlântico.
Nesta década, quatro furacões se formaram. Felizmente, a maioria perdeu a força, mas mesmo assim causaram grandes estragos em New Orleans, Haiti e República Dominicana. Os tufões não chegaram tão devastadores, no entanto cientistas e autoridades estavam preparados. A previsão de rota e velocidade dessas tempestades destruidoras ficou 25% mais precisa depois que os aviões começaram a invadi-las em busca de dados meteorológicos. “Nem as mais modernas imagens de satélite substituem os aviões de reconhecimento” afirma o especialista James Franklin, que também tem uma esquadrilha especializada. "Além da grande economia que esse trabalho representa para o país, esses heróis se preocupam mesmo é o de salvar milhares de vidas preciosas".