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A Aventura dos Morais pelo Cone Sul
Quando alguém fala que vai a Santiago de avião (uma viagem que leva em média quatro horas), merece aplauso pela escolha de um local "point do nosso Cone Sul". Mas a viagem que vamos narrar, tem ares de aventura. Quem são esses Morais tão audaciosos? Eles formam uma família simples, formada por três pessoas: João Moraes e Silvia, o casal, e um filho, o Gabriel. Se, só o casal realizasse uma viagem como essa, já seria um ato de coragem, mas se dissermos que levaram também, o filho de apenas sete anos, ai a aventura ganha novos contornos: de coragem, pedagogia e de bom exemplo para um filho, em tenra idade. O nosso blog têm limitações de espaço, por isso, ele vai apresentar esta aventura de forma resumida. Os três Morais andaram de tudo menos de avião, não por medo, pois já fizeram algumas viagens aéreas. Essa viagem-aventura, começou na realidade no dia 8 de novembro de 2004, no Terminal Tietê em São Paulo, quando os três embarcaram num ônibus para realizar uma viagem de 3.500 km, com algumas paradas, apenas para às refeições. Depois de quase três dias, um dos quais, só para cruzar as Cordilheiras dos Andes, sob baixas temperaturas, culminando quando passaram ao lado do Pico Aconcágua (o teto das Américas com 7 mil metros de altitude). Cansados mas deslumbrados, chegaram a Santiago, a capital do Chile! Quem leu até aqui, pode achar que esse seria o ponto final da viagem. Ao contrário, quando puseram os pés em Santiago, tinham cumprido apenas uma décima parte dessa grande aventura, como demonstra o mapa (que assinala todo o percurso em azul):
Ao todo, os Morais percorreram 10 mil quilometros, passaram por 50, e visitaram 13 cidades, em três países do Cone Sul. No Chile, além de Santiago, Valparaíso; Vinã del Mar (no Pacífico); Valle Nevado (onde puderam sentir toda a grandiosidade e beleza exótica da Cordilheira dos Andes); e Termas de Chillan, onde os Morais tiveram um contato íntimo e descontraído, com as neves eternas. Viajando de trem, puderam visitar às cidades de Villa Rica, Pucón, Osorno e Temuco, maior reseva da tribo índigena "Mapuches".
Depois de mais uma viagem de ônibus, chegaram a um dos mais lindos lugares do mundo: Barilhoche, na Argentina, onde, ao longo de quatro dias, puderam conhecer lugares encantadores. João, narra um final de tarde inesquecível: "Eu, ao lado de minha esposa e filho, sob um forte frio cortante, pudemos contemplar um quadro do qual jamais esqueceremos. As estrelas já começavam a cintilar sobre as águas azuis do Lago "Nahuel Huapi", tendo como cenário, as cordilheiras com suas neves eternas, que com o aproximação da noite, foram ganhando novos matizes. Um verdadeiro altar, propício para se pensar em Deus". O fascínio de Bariloche foi tão grande que a família Morais optou por ficar mais um dia, deixando de fora o Uruguai. De volta ao ônibus, com direito a jantar a bordo, eles, já estavam a caminho de Buenos Aires, onde ralizaram vários passeios. Quando já estavam na Rodoviária para mais uma etapa da viagem com destino a Foz do Iguaçu, ocorreu o único fato lamentável em toda essa longa viagem: Vários de seus pertences foram roubados, inclusive câmera, e imagens da viagem até aquele momento. Como o degê-lo dos Andes, os Morais choraram muito essa perda irreparável. Depois de algumas horas, estavam reentrando em nosso território. Mais algum tempo, e lá estavam eles diante de todo o explendor das Cataratas do Iguaçu. Agora, após quase 30 dias, retorno ao local do qual partiram: o Terminal do Tietê em São Paulo. João, a esposa Silvia e o filho, moram em Amparo-SP, e mesmo trabalhando muito, levam uma vida modesta. Como bons pais se esforçam muito para dar um futuro promissor para o filho Gabriel. Se você pensa que eles podem viajar a hora que quiserem, está enganado. Toda a viagem que eles realizam, é à custa de planejamento e economia. O que eles buscam na verdade, é conhecer um pouco deste mundo maravilhoso. Não se contentam em vê-lo apenas numa telinha de televisão. Trocam a comodidade do lar, pela busca constante das obras grandiosas construidas por DEUS !

Amanhã, leia todas as pérolas que Ulysses Guimarães ouviu em Amparo!