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quarta-feira, novembro 29, 2006

SÈTIMA ARTE

Produzir filmes em Águas de Lindóia. Experiência ou loucura?

Quando cheguei a Àguas de Lindóia, em 1973, convidado pelo pefeito Adolfo Mantovani para dirigir o Departamento de Turismo, iniciei uma gestão bem sucedida que até hoje é lembrada pelas pessoas que conheceram o meu trabalho. Por conta da minha presença constante acabei virando uma espécie de referência na cidade. Como a cidade ainda era muito pequena, fiquei conhecendo Daniel Cobra. Sabedor que acabara de atuar em grandes emissoras da capital, convidou-me para narrar os seus filmetes de todos os eventos que aconteciam na cidade. Tudo era contratado por tempo de duração do filme. Igual a história daquele vendedor que só vendia fumo por minuto. Ou seja, quanto mais o greguês corria mais fumo levava. Ele trabalhava com uma câmera super 8, tocada à corda, e pra dar o tempo combinado, quando a prefeitura o contratava para filmar aqueles almoços oferecidos à autoridades, incluindo aqueles momentos sonolentos no decorrer de intermináveis almoços incluindo os discursos. A câmera sem censura, ia registrando grandes aberturas de boca e cochilos daqueles de balançar a cabeça. Eu queria cortar esses trechos, mas ele respondia negativamente até com certa agressividade. Se eu cortar, dizia não vair dar os 10 minutos e os caras não vão me pagar. Cansei de lhe dizer que essas cenas eram negativas para um figurão. Até que a minha implicância e o seu desejo de crescer na profissão foram acertando as coisas. Eu usava um microfone de mão e ia narrando de improviso a cada filme, enquanto o Daniel ia fazendo o fundo direto da sonata para o meu microfone. Mesmo sendo um leigo, sempre pautei minha vida pela lógica e aos poucos fui conseguindo deixar o Daniel mais flexível, e com isso ele foi se aprimorando, até encarar um convite da equipe médica do Hospital Vera Cruz de Campinas, comandada pelos doutores: Aristodemos Pinotti e Carlos Frazatto. A partir dai Daniel foi equipando seu estúdio e teve um grande progresso na carreira que amava. Esses médicos começaram a produzir filmes de caráter médico-científico, até que juntos, com o respaldo dessa grande equipe, fomos campeãoes mundiais com o filme "Broncoplastia" no "6º Encontro Internacional do Filme Científico" promovido pelo pela Secretaria de Ciência e Tecnologia da Guanabara.

Maravilhas do Brasil
Depois dessa conquista mundial, realizamos mais um importante trabalho com o objetivo de divulgar a riqueza do nosso turismo para as maiores autoridades mundiais ligadas ao assunto. Elaborei um roteiro que fazia justiça aos lugares mais bonitos do Brasil. Narrei o filme em português e a outra cópia foi narrada em inglês, em São Paulo. O filme recebeu o nome de “Maravilhas do Brasil”, e foi apresentado aos agentes de viagens, que participaram do Congresso Internacional de Turismo, promovido pela ASTA em 1975, na cidade do Rio de Janeiro. Foi a única vez que o nosso país promoveu tal evento. Entre as inúmeras imagens do Brasil, incluímos as nossas cidades históricas, o Sul , Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Brasília, Rio Grande do Norte e Ceará, entre outras. Desse documentário, há dois lugares dos quais não consigo esquecer: a "Gruta de Maquiné", na terra natal do escritor Guimarães Rosa, em Cordisburgo (MG) e as "Cataratas do Iguaçu", na fronteira Brasil e Argentina. A foto da (dir.) foi feita por outro helicóptero, e mostra póximo a Gargante do Diabo, o helicóptero em que estavamos realizando o ponto culminante dessa filmagem.

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