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quarta-feira, janeiro 28, 2009

A morte é minha vizinha (foto do Latuff: http://ferroviasdobrasil.blogspot.com)
Ao visitar o blog do colega Latuff, brilhante escritor, chargista e fotógrado, deparei com uma matéria que me chamou a atenção a partir do titulo "A Morte é minha vizinha", encabeçada pela (foto acima), e acompanhada por um texto prmoroso, fiquei tão entusiasmado, com a seriedade com que assunto foi tratado, que de imediato entrei em contato com esse colega, que honra a classe dos blogueiros. Ele sabe usar bem o único espaço verdadeiramente democrático que dispomos no mundo atual, porque passa ao largo das injunções políticas e de pressões econômicas. O blog do Latuff, aborda assuntos que visam defender o nosso povo sofrido, abandonado e maltratado. Mas como esta matéria foi postada em junho de 2002, achei por bem falar com ele, para cumprimentá-lo, e saber se a situação desses favelados havia sido solucionada, pois lutavam há duas décadas para afastar essas serpentes de aço do caminho de seus filhos, que cruzavam seus trilhos diariamente, e por fim, para pedir autorização para usar a parte da matéria em meu blog. Hoje ao abrir o outlook deparei com a resposta do Latuff": "Querido Roberto - Obrigado pelas suas palavras elogiosas ao meu trabalho. Fique a vontade para reproduzir o que bem desejar em seu blog...", e passou-me esta informação para eu não dar nenhuma notícia furada: "Com relação a ferrovia, parece que depois de anos fazendo ensaios fotográficos naquele local, a concessionária do trecho, a MRS Logística, parece ter acordado para o grave risco daquelas residências ao longo da via férrea, e várias delas foram removidas dalí. É claro, esse é um fenômeno característico de várias comunidades, não somente aquela. A pobreza, o déficit de moradias, o descaso governamental e mesmo das próprias concessionárias resultam nessa verdadeira bomba-relógio, esperando o momento certo para detonar uma tragédia. De qualquer forma, da última vez que estive lá fotografei moradias precárias que foram construídas sobre um viaduto ferroviário próximo, e que já havíam sido retiradas. Espero que seus moradores tenham sido pelo menos indenizados, o que geralmente não acontece. Do amigo Latuff"
Diante das infrmações do Latuff, fui procurar uma matéria que complementasse esta. Achei a que relata um fato que
poderia ter sido muito grave ocorrido na manhã de 10 de setembro de 2007 (que é do conhecimento de todos), mas que revela outras facetas e se ajustam perfeitamente a matéria do Latuff. Alguns jornais do Rio, com todo o humor carioca não deixaram de ironizar o fato com tilulos como este:
Rio na vanguarda, inaugura trem-bala com oito anos de antecedência”
(Rio) – Um trem, em que estavam dois ministros, autoridades e passageiros convidados, ficou na linha de tiro, nesta segunda-feira (10/09/2007), enquanto passava pela favela do Jacarezinho na zona norte do Rio. (Na foto do Latuff) o local exato onde supostos traficantes fizeram disparos contra o vagão, que fazia a viagem inaugural do novo acesso ferroviário ao Porto do Rio de Janeiro, de acordo com o governo.
Os ministros dos Portos, Pedro Brito, das Cidades, Márcio Fortes, e o secretário de Transportes, Júlio Lopes, estavam no vagão no momento do tiroteio. O governador Sérgio Cabral participou da cerimônia de inauguração, mas não fez a viagem de trem, e já havia deixado o local levando a sua "bola de cristal".
Quatro supostos traficantes atiraram contra o vagão, onde estavam autoridades, passageiros convidados e jornalistas, causando pânico no trem. Para a construção do novo trecho do acesso ferroviário, foram retirados 450 barracos que ocupavam as laterais da linha férrea e foi construído um muro de contenção para impedir a instalação de novas famílias no local. As pessoas se jogaram no chão (foto acima), para tentar se defender dos tiros.

Revitalização
A desobstrução da única linha férrea que leva ao porto é a primeira etapa do projeto de revitalização "Porto do Rio - Século XXI". Nos últimos 20 anos, diversas comunidades se instalaram ao longo da linha férrea por onde circulam os trens que chegam ao porto trazendo carga de São Paulo, Minas Gerais e o do interior do estado do Rio, para exportação.
À dir.deste: photoblog e Revist@-@R

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