NO BRASIL, UMA ERA DE INCERTEZAS
O tempo parece estar louco mesmo. Chove demais no Nordeste, região que costuma sofrer por conta das secas, enquanto o sul do Brasil é castigado pela falta de chuvas. Os especialistas procuram explicações para variações climáticas cada vez mais constantes. O Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática (IPCC, sigla em inglês), órgão que produz informações científicas sobre clima, garante que, até 2080, 3,2 bilhões de pessoas – um terço da população do planeta – vão enfrentar falta de água, 600 milhões sofrerão com a escassez de alimentos e até 7 milhões de pessoas passarão por inundações. Falta de conhecimento Alguns especialistas, no entanto, acham simplista culpar só o aquecimento global e dizem que as pessoas falam muito em mudança climática sem conhecimento. Augusto Pereira Filho, professor do departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), alerta que, a curto prazo, é perigoso usar eventos isolados como exemplo das mudanças climáticas. “Os estudos do IPCC estabelecem projeções de, no mínimo, 100 anos”, diz. Para Francisco Mendonça, professor de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), “eventos dessa natureza acontecem há muitos séculos. Mas são momentos esporádicos”. “É normal que o El Niño cause chuvas intensas no Sul e secas severas no Nordeste. Já na passagem do La Niña, ocorre exatamente o contrário nessas regiões”, esclarece, referindo-se a dois importantes fenômenos de alteração climática. Segundo o cientista, “o clima tem ciclos, está sujeito a variações e, inclusive, a extremos, como foi o caso de Santa Catarina no ano passado.” Todos concordam, no entanto, que a ação humana é uma das causas do desequilíbrio. Dionísio Neto, da Rede Ambiental do Piauí, defende que o mau uso do solo é o vilão das enchentes no Nordeste. “A expansão desordenada de monoculturas, como a da soja, influenciaram a elevação do nível das águas na bacia do rio Paraíba, que banha o Piauí e parte do Maranhão. A inundação histórica deste ano é reflexo da destruição do bioma”, diz.>>> Veja também: revist@=@r, photolink e Dicas Google
O tempo parece estar louco mesmo. Chove demais no Nordeste, região que costuma sofrer por conta das secas, enquanto o sul do Brasil é castigado pela falta de chuvas. Os especialistas procuram explicações para variações climáticas cada vez mais constantes. O Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática (IPCC, sigla em inglês), órgão que produz informações científicas sobre clima, garante que, até 2080, 3,2 bilhões de pessoas – um terço da população do planeta – vão enfrentar falta de água, 600 milhões sofrerão com a escassez de alimentos e até 7 milhões de pessoas passarão por inundações. Falta de conhecimento Alguns especialistas, no entanto, acham simplista culpar só o aquecimento global e dizem que as pessoas falam muito em mudança climática sem conhecimento. Augusto Pereira Filho, professor do departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), alerta que, a curto prazo, é perigoso usar eventos isolados como exemplo das mudanças climáticas. “Os estudos do IPCC estabelecem projeções de, no mínimo, 100 anos”, diz. Para Francisco Mendonça, professor de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), “eventos dessa natureza acontecem há muitos séculos. Mas são momentos esporádicos”. “É normal que o El Niño cause chuvas intensas no Sul e secas severas no Nordeste. Já na passagem do La Niña, ocorre exatamente o contrário nessas regiões”, esclarece, referindo-se a dois importantes fenômenos de alteração climática. Segundo o cientista, “o clima tem ciclos, está sujeito a variações e, inclusive, a extremos, como foi o caso de Santa Catarina no ano passado.” Todos concordam, no entanto, que a ação humana é uma das causas do desequilíbrio. Dionísio Neto, da Rede Ambiental do Piauí, defende que o mau uso do solo é o vilão das enchentes no Nordeste. “A expansão desordenada de monoculturas, como a da soja, influenciaram a elevação do nível das águas na bacia do rio Paraíba, que banha o Piauí e parte do Maranhão. A inundação histórica deste ano é reflexo da destruição do bioma”, diz.>>> Veja também: revist@=@r, photolink e Dicas Google
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