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quinta-feira, abril 02, 2015

"COMPULSÃO POR COMPRAS PODE SER DOENÇA"

 A Psiquiatria chama de oneomania, um transtorno descrito como doença na década passada.
É quando a pessoa é incapaz de controlar o impulso de comprar, resume Tatiana Filomensky, psicóloga especialista em terapias cognitivas. Estima-se que entre 2% e 8% da população mundial sofra desse mal, que coloca em risco não só a conta bancária mas também a estabilidade familiar. Quatro em cada cinco viciados em compras – ou shopaholics, como são chamados  nos Estados Unidos e aqui – são mulheres.
Assim como o álcool, a nicotina e a cocaína, o ato de comprar dá prazer mas pode viciar.
O que excita é o ato de comprar, e não o objeto comprado.
Outra característica típica do consumidor compulsivo é comprar sempre um determinado tipo de objeto, mesmo sem ter a ideia de colecionar. Em alguns casos, o doente até esquece que andou comprando freneticamente, como um alcoólatra que, na ressaca, não se lembra do que fez no dia anterior.
Uma gerente de uma loja de roupas, conta que, há dois anos, uma cliente adquiriu seis biquínis de uma vez. Pagou mais de 2 000 reais e pediu que a vendedora guardasse a sacola enquanto ia cortar o cabelo – e nunca mais apareceu no estabelecimento. “Sua sacola está até hoje guardada”, diz a gerente. Esquecer ou esconder a compra é um mecanismo recorrente usado pelos compulsivos para não encarar o problema.
A pessoa que não consegue se controlar dentro de uma loja, em geral, tem outros problemas psicológicos, como ansiedade e pouca autoestima. Entre 60% e 70% das mulheres com compulsão por compras apresentam sintomas depressivos. O tratamento pode ser terapia e antidepressivos, ou a combinação das duas coisas. Pesquisadores da Universidade Stanford, na Califórnia, deram antidepressivo durante sete semanas a 24 pacientes com o problema. A maioria era compulsiva havia pelo menos dez anos e sofria pessoal ou financeiramente por causa do problema. Um deles possuía 55 máquinas fotográficas. O remédio reduziu a compulsão em dois terços dos pacientes. A maior dificuldade do tratamento é que, em geral, ele começa tarde. Em média, demora dez anos para uma pessoa perceber que seu comportamento pode ser doenti
o.

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