/* Excluido depois do Upgrade do Google em 25 de Outubro de 2009 Fim da exclusao */

sábado, julho 03, 2010

"TODAS AS COPAS" (11a. Argentina-1978)


ARGENTINA GANHA SUA COPA FORA DOS GRAMADOS






Fotos: (1) O festivo Estádio Monumental de Nuñes, nos momentos que precederam a grande decisão; (2) O Obelisco, cartão postal da capital portenha, bem no centro da avenida 9 de Julho, a mais larga do mundo; (3) O gol que deu a Argentina o seu primeiro título mundial ao derrotar a poderosa Holanda na prorogação, e (4) A festa dos argentinos em pleno gramado, ostentando o troféu FIFA.








Depois de disputar a final em 1930, a Argentina teve que esperar quatro anos para ganhar a Copa do Mundo FIFA, o que finalmente aconteceu em 1978, quando jogou em casa. Na final, o apoio dado ao time contribuiu para derrotar a Holanda, que não pode contar com Cruyff, que se negou a viajar para a Argentina devido à situação política.
A Argentina foi derrotada pela Itália na primeira fase de grupos, mas se recuperou e chegou à final após dar uma lavada de 6 a 0 no Peru.
Os argentinos não precisavam do elemento extra-campo para ganhar seu primeiro titulo mundial, pois sempre contaram com a grande qualidade do seu futebol e excelentes craques ao longo de sua história, como em 78, que conseguiram reunir jogadore de qualidade como, Daniel Passarella, Osvaldo Ardiles e Mario Kempes, o artilheiro com 6 gols. Na final, derrotaram os holandeses por 3 a 1 na prorrogação.
Raras vezes o vice-campeão de uma Copa do Mundo, gerou tantas polêmicas, que foram surgindo ao longo da décima primeira edição do campeonato, sediado na Argentina. Na verdade, o futebol em si ficou em segundo plano, pois as autoridades debateram se o torneio seria ou não boicotado em protesto ao regime totalitário do General Videla e de suas violações aos direitos humanos. Finalmente, apesar de uma grande campanha contra, todas as nações futebolísticas do mundo viajaram para a Argentina. Todas exceto aquelas que não se classificaram, como a Inglaterra (pela segunda vez consecutiva), a Iugoslávia e a União Soviética. Outros países com menos tradição no esporte, como o Irã e a Tunísia, estrearam, e a França voltou à competição depois de doze anos de ausência.

A COPA QUE A ARGENTINA GANHOU NOS BASTIDORES. A (des)organização do Mundial ficou ao encargo dos militares que chegaram a irrigar o gramado com água do mar antes da partida final. Devido ao atraso nas obras e a situação política que vivia o país, João Havelange, presidente da FIFA queria mudar a sede do mundial, mas voltou atrás na decisão. Anos mais tarde, com a saída dos militares do poder, denúncias foram feitas envolvendo a FIFA e o governo argentino. Mas o caso mais notório do mundial de 78 envolvia o goleiro Quiroga, da seleção peruana: o jogador foi acusado de favorecer a Argentina nas semifinais da Copa. A seleção argentina precisava ganhar de mais de 4 gols de diferença para superar o saldo de gols do Brasil e passar às finais da competição. A Argentina fez seis gols e eliminou o Brasil que acabou em 3º lugar invicto, sendo considerado o campeão moral. O jogo Argentina e Peru foi marcado para depois do jogo Brasil e Polônia o que é inconcebível numa competição do porte de uma Copa do Mundo, já que um jogo interferia no resultado do outro.
Na final, os Argentinos venceram, na prorrogação e com gols de Kempes e Bertoni. A Holanda perdeu de maneira duvidos com já acontecido na Alemanha a sua segunda chance consecutiva de ganhar mundial com amplos méritos.
As principais classificações: Campeã: Argentina, (com uma derrota); 2a. colocada a Holanda; 3º Brasil (sem nenhuma derrota) e 4º: Itália.

sexta-feira, julho 02, 2010

"TODAS AS COPAS" (10a. Copa: Alemanha-1974)

CARROSSEL HOLANDÊS SE RENDE AO FUTEBOL FORÇA PERDE O FUTEBOL, GANHA A ALEMANHA !









Fotos: (1) - O hoje extinto Estádio Olímpico de Munique, que presenciou a decisão da Copa-74; (2) - Um dos símbolos da bela Alemanha, o Castelo Neuschwanstein; (3) - O gol que deu o título a Alemanha, ao vencer a Holanda por 2 x 1; (4) -O impecável capitão alemão, Franz Beckenbauer ergue o novo troféu FIFA, que substitui a Jules Rimet, ganha em definitivo pelo Brasil ao conquistar tricampeão em 1970 no México.




Nem mesmo a derrota na decisão tirou o brilho da Holanda no Mundial de 1974. Em sua segunda participação em Copas, a Laranja Mecânica encantou os amantes do futebol com um esquema tático moderno, no qual nenhum jogador tinha posição fixa. Implantado pelo lendário técnico Rinus Michels, o sistema ganhou o nome de “Carrossel Holandês”. A derrota na decisão do Mundial para os anfitriões, os alemães, por 2x1, impediu que craques do quilate de Johan Cruyff, Neeskens, Rep e Rensenbrink se sagrassem campeões do mundo. Pior: o insucesso diante do pragmatismo da Alemanha Ocidental colocou em xeque a competitividade do futebol arte praticado pelos holandeses.
A Copa de 1974 teve um sistema de disputa diferente, com a primeira e a segunda fase sendo realizada no formato de quadrangulares. Esta não foi a única novidade daquele Mundial. O troféu a ser entregue ao campeão não seria mais o tradicional Jules Rimet (conquistado definitivamente pelo Brasil em 1970), e sim o “Copa do Mundo da Fifa”, uma estatueta de 37 cm, esculpida em ouro pelo artista italiano Silvio Gazzaniga e orçada em R$ 157 mil (valor atual).
Outra mudança daquele Mundial aconteceu no comando da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa). O brasileiro João Havelange havia assumido a presidência em 1974, tornando-se o primeiro não-europeu a ocupar o cargo.
Enquanto um brasileiro comandava o futebol mundial, a Seleção decepcionava em gramados alemães, depois de chegar ao torneio com status de favorita ao título. Ainda sob o comando de Zagallo, o escrete canarinho terminou a Copa na quarta colocação.
Na primeira fase, o Brasil sofreu para se classificar, o que só aconteceu na última rodada, quando venceu o Zaire, único representante africano na competição, por 3x0, gols de Jairzinho, Rivellino e Valdomiro. Antes havia empatado sem gols com Iugoslávia e Escócia.
As vitórias sobre Alemanha Oriental (1x0) e Argentina (2x1) deram a falsa impressão de que o Brasil poderia brigar novamente pelo título. Mas antes precisaria passar pela poderosa Holanda, o que não aconteceu. A Seleção perdeu por 2x0. Restou então a disputa do terceiro lugar com a Polônia, que impôs mais uma derrota ao escrete canarinho, 1x0.
A decisão do Mundial de 1974 colocou frente a frente duas escolas de futebol distintas: a da Holanda, que prezava pelo dinamismo de seu “Carrossel”, e a da Alemanha, que acreditava na obediência tática e na força física para conquistar títulos. Naquele jogo, melhor para os alemães, que venceram de virada, por 2x1, se sagrando bicampeões em Munique, diante de sua torcida.
Classificação do Brasil na Copa-74: 4º lugar.

quinta-feira, julho 01, 2010

"TODAS AS COPAS" (9a. Copa: México-1970)


O TRI, PARA A MELHOR <SELEÇÃO> DE TODOS OS TEMPOS !








Fotos (1) O festivo Estádio Azteca no tarde em que o Brasil conquistou o tri; (2) O símbolo do México: A pirâmide de Yucatan, recentemente eleita entre as sete maravilhas do Mundo Moderno - (3) A melhor seleção brasileira de todos os tempos; e (4) - O quarto gol do Brasil (marcado pelo capitão Carlos Alberto) fechando a goleada de 4 a 2, sobre a Italia.






Houve três grandes ganhadores na Copa do Mundo da FIFA de 1970: Os brasileiros, por a vencerem pela terceira vez depois repetirem 58 e 62; O rei Pelé, por jogadas spetaculares que ficarão nos anais da Copa; e o próprio futebol, pela qualidade de algumas partidas e a vibração do torcedor mexicano.
Aqueles que tinham ficado insatisfeitos com a qualidade apresentada na Copa de 1966, não tiveram do que reclamar: Na Copa do México ressurgiu o verdadeiro futebol. Quatro das melhores partidas de todos os tempos foram disputadas em 1970: Inglaterra x Brasil, Inglaterra x Alemanha, a semifinal Itália x Alemanha, e a grande final: Brasil x Itália. Nessa decisão, os brasileiros, com a melhor equipe de todos os temos, venceram por 4 a 2, conquistando Copa Jules Rimet em definitivo, contando com um ataque invejável formado por Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino. Nesta nona Copa, o número de nações participantes bateu um novo recorde: 75 seleções disputaram as eliminatórias, e muitas seleções tradicionais foram eliminadas, ntre elas: Portugal, Hungria, França, Espanha e até a Argentina. No entanto, Israel e Marrocos fizeram suas estréias.
A copa do México teve uma das mais disputadas semifinais de sua história: Itália x Alemanha, disputaram uma partida eletrizantes. Após os 90 minutos, o resultado ficou em 1 a 1. O que aconteceu na prorrogação entrou para a história do futebol: os dois times ficaram à frente no placar em diferentes momentos, numa luta de gigantes. Franz Beckenbauer permaneceu em campo mesmo com o ombro deslocado e com uma tipóia amarrada no braço. Sua bravura, porém, não foi suficiente, e os italianos ao virarem o jogo (4 a 3), garantiram presença na grande final. Essa partida desgastou muito a Squadra Azzurra, que só consguiu equilibrar o primeiro tempo, no jogo contra o Brasil. Na etapa derradeira os italianos não conseguiram suportar a qualidade superior e o excelente preparo físico dos brasileiros, e acabaram sucumbindo pelo placar elástico de 4 a 1. Após o apito do árbitro, Carlos Alberto, capitão do Brasil, subiu ao pódio para receber a taça Jules Rimet. Pelé, com lágrimas nos olhos, foi triunfalmente carregado nos ombros de seus companheiros. Ele não só conquistou sua terceira medalha mundial, mas também disputou sua última partida em uma Copa.
Países melhores classificados: Campeão: Brasil; Itália, em 2º; Alemanha Oc, em 3º e Uruguai, em 4º.

quarta-feira, junho 30, 2010

"TODAS AS COPAS" (8a. Copa: Inglaterra-1966)

INGLATERRA CAMPEÃ CHARMOSA, MAS SEM BRILHO









Fotos: (1) Depois de um empate de 2 a 2, no tempo normal, os donos da casa fizeram mais dois gols e chegaram ao placar definitivo de 4 a 2, incluindo este gol, que provocou a prorrogação. Até hoje, nem este repórter que estava há poucos metros do lance, e nem mesmo o videoteipe podem confirmar se a decisão do árbitro foi correta. Certeza mesmo, é que essa decisão acabou salvando o English Team!; (2) Momento solene em que o capitão Bobby Moore, recebe das mãos da Rainha Elizabeth II a Taça Jules Rimet; (3) O ex-templo do futebol mundial, o Estádio de Wembley, recentemente demolido; e (4) Dois símb0los da capital britânica: A Casa do Parlamento e o Big Ben.







Finalmente chegou o ano de 1966, e com ele a Copa da Inglaterra, que se auto-intitula inventora do futebol. O torneio, disputado por 16 seleções, ficou manchado pelo baixo nível técnico, pela violência em campo e pela suspeita de que a arbitragem favoreceu os ingleses, que se sagraram campeões mundiais, após uma “ajudinha” do árbitro Gottfried Dienst, da Suíça, na decisão contra a Alemanha.
Na Inglaterra, o Brasil fez sua segunda pior campanha na história dos Mundiais. Com um time formado a base de veteranos de 1958 e 1962, a Seleção terminou eliminada ainda na primeira fase, terminando em 11ª colocação – em 1934, havia sido pior: em 14º.
Com seus dois “imortais” em campo, o Brasil estreou vencendo a Bulgária, por 2x0, com gols deles: Pelé e Garrincha. Após a partida, os brasileiros lamentaram a violência dos búlgaros, que tiraram o “Rei” do jogo e do confronto contra a Hungria, pela segunda rodada da primeira fase.
Pelé fez falta diante dos húngaros, que venceram por 3x1. O gol brasileiro foi marcado pelo franzino Tostão, que disputava sua primeira Copa. O placar foi o mesmo da derrota para Portugal, que selou a eliminação brasileira. Contra os lusos, o “Rei” estava de volta ao time, mas foi novamente “caçado impediosamente” em campo e pouco pôde fazer. Rildo foi o autor do último tento verde-amarelo no Mundial de 1966.
Portugal, que eliminou o Brasil, foi a sensação do Mundial. Em sua estréia em Copas, os portugueses terminaram na terceira colocação - foram eliminados na semifinal pelos ingleses. Restou aos lusos, o título de melhor ataque do torneio: 15 gols, e o artilheiro da competição: Eusébio, que balançou as redes nove vezes.
A Inglaterra, que viria a sagrar-se campeã mundial, tinha um time pragmático e fraco tecnicamente, mas contou com o apoio de sua torcida e com uma arbitragem tendenciosa para chegar ao título. Vitórias “magras” marcaram a campanha dos ingleses até a final. A decisão frente à Alemanha foi bastante equilibrada. No tempo normal, a partida terminou empatada em 2x2 e foi à prorrogação. Aos 11 minutos do tempo extra, aconteceu os lance mais polêmico de todas as Copas: o atacante inglês Hurst chutou, a bola bateu no travessão e caiu sobre a linha. Para desespero dos alemães, o árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol inexistente. O próprio Hurst ainda viria a marcar mais uma vez naquele tempo extra, fechando a decisão em 4x2 para a Inglaterra. Coube ao capitão Bobby Moore receber o troféu das mãos da Rainha Elizabeth II.

terça-feira, junho 29, 2010

"TODAS AS COPAS" - (7a. Copa: Chile-1962)

BRASIL cruza os Andes para ser bicampeão















Fotos: (1)- Avião da Panair, cruza os Andes conduzindo nossa delegação rumo ao bi; (2)- O Estádio Nacional de Santiago; (3) A seleção brasileira bicampeã e (4) O Capitão Mauro Ramos de Oliveira imortaliza gesto ao erguer a taça Jules Rimet; (5) Após 45 anos estive pisando o gramado do Estádio Nacional para reviver a conquista do nosso bi
Fase que antecedeu à realização da Copa: Depois de 12 anos, a Copa do Mundo voltou a ser realizada em teritório sulamericano, mas a escolha do Chile como sede gerou polêmica. Além da alegação de que o país não tinha a infra-estrutura necessária para sediar o torneio, mas o grande agravante ficou por conta de um devastador terremoto que atingiu a nação chilena dois ans antes do inicio da Copa, no dia 21 de maio de 1960, e ainda para completar as vésperas da sétima edição da Copa, o mundo assistia ao auge da Guerra Fria. Mesmo assim, 56 seleções decidiram participar das Eliminatórias, um recorde até então. Apesar de tantos pontos negativos, a Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa) suportou a pressão e garantiu a realização da competição em solo chileno.
A campanha do Brasil: Pela primeira vez na história, o Brasil chegou a uma Copa do Mundo rotulado como favorito. Isto porque a Seleção Brasileira havia mantido a base do escrete campeão mundial quatro anos antes. Fora do campo, o País vivia uma conturbada crise política, pré-ditadura militar.
Na estréia, a Seleção passou fácil pelo México, 2x0, gols de Zagallo e Pelé. Mas no confronto contra a Tchecoslováquia, que terminou empatado em 0x0, o Brasil viu seu principal jogador deixar o gramado, aos 28 minutos do primeiro tempo, com uma lesão muscular. Pelé não voltaria a atuar naquele Mundial. Amarildo, então jogador do Botafogo, entrou no time e se saiu muito bem.
Mas coube ao “Anjo de Pernas Tortas” assumir a “coroa do Rei”. E com que maestria Garrincha comandou o escrete canarinho. Após a conquista do bi, o Mané foi escolhido pela comissão organizadora do torneio como o melhor jogador daquele Mundial.
Na primeira partida sem Pelé (primeira fase da Copa), o Brasil passou apertado pela Espanha, 2x1, resultado que garantiu a classificação brasileira. Neste jogo, além da arbitragem ter prejudicado a Espanha, Garrincha armou as duas jogadas para os gols de Amarildo. O Mané voltaria a aparecer decisivamente nas quartas-de-final, na vitória sobre a Inglaterra, por 3x1, ao fazer dois gols. O outro foi de Vavá.
A dupla Garrincha e Vavá estava afiada e voltaria a aparecer nas semifinais. Na vitória sobre o Chile, 4x2, cada um deles marcou dois gols, classificando o Brasil para sua terceira decisão de Mundial - já havia disputado em 50 e 58.
O último obstáculo brasileiro antes do bicampeonato era a Tchecoslováquia, considerada uma “zebra” do torneio. Os tchecos até assustaram, quando abriram o placar nos primeiros minutos do jogo, mas com gols de Amarildo, Zito e Vavá, o Brasil venceu de virada, por 3x1, e comemorou o bicampeonato.

segunda-feira, junho 28, 2010

"TODAS AS COPAS" - (6a. Copa: Suécia-1958)

 










Fotos: (1)- Estádio de Rasunda, local da nossa primeira conquista em Estocolmo; (2) Uma vista da capital sueca; (3) - Nossos jogadores comemoram o quinto gol e (4) A Seleção Brasileira, campeã mundial .








No dia 29 de junho de 1958, precsamente no dia 29 de junho de 1958 (dia de São Pedro), o Brasil conquistava o seu primeiro mundial, e o mundo viu desabrochar o maior jogador de futebol de todos os tempos: Pelé. Um garoto franzino, de apenas 17 anos, encantou o público europeu com jogadas mágicas. Durante o torneio, Pelé marcou seis gols, dois deles na vitória sobre a própria Suécia, por 5x2, na decisão que garantiu ao Brasil seu primeiro título mundial. E o que falar de uma seleção que tinha outros grandes jogadores, entre eles, Didi, Nilton Santos, Zito, Gilmar, Vavá...e Garrincha, que “entortou” os europeus? Com eles, os brasileiros conseguiram exorcizar seu complexo de “vira-latas”.
Jovens promessas, Pelé e Garrincha começaram o Mundial de 1958 no banco de reservas. Os dois viram o Brasil vencer na estréia a Áustria, por 3x0, e empatar sem gols na seqüência com a Inglaterra. A classificação às quartas-de-final então dependeria de uma vitória sobre a União Soviética. Pressionado, o técnico Vicente Feola decidiu fazer duas alterações para esta partida: era a vez de colocar em campo os “meninos”.
Reza a lenda que jogadores mais experientes da delegação brasileira, como Bellini, Nilton Santos e Didi, haviam liderado uma “rebelião” interna para obrigar o técnico Vicente Feola a escalar os dois jovens craques. O fato é que, com Pelé e Garrincha, o Brasil passou pela URSS, 2x0, gols de Vavá, e se classificou.
Nas quartas-de-final, o Brasil quase para na retranca do País de Gales. Mas em uma jogada genial de Pelé, aos 28 minutos do segundo tempo, o Brasil fez 1x0 e garantiu sua classificação. Este foi o primeiro gol do “Atleta do Século” em Mundiais.
A forte seleção francesa seria a adversária nas semifinais. A preocupação brasileira respondia pelo nome de Just Fontaine, atacante francês, que terminou a competição como artilheiro, com 13 gols (melhor marca até hoje). Mas a força que a França tinha no ataque, se contrapunha à fragilidade de sua defesa, a mais vazada do torneio. Com Pelé inspirado - fez três gols -, o Brasil goleou por 5x2. Vavá e Didi completaram o placar.
Na decisão, a Seleção Brasileira teria pela frente o pragmático time da Suécia, mas que havia de ser respeitado por jogar em casa. Os suecos, inclusive, saíram na frente, logo aos quatro minutos de jogo. Mas seria muita injustiça dos “deuses do futebol” deixar uma equipe com Pelé e Garrincha sem o título. No fim, o Brasil impôs outra goleada por 5x2, gols de Pelé (2), Vavá (2) e Zagallo, e comemorou sua primeira conquista de Mundial. Coube ao então capitão Bellini levantar o Troféu Jules Rimet.
Há 50 anos na Suécia,

domingo, junho 27, 2010

"TODAS AS COPAS" - (5a. Copa: Suiça-1954)

 ALEMANHA TIRA O TITULO DA MELHOR SELEÇÃO









Fotos: (1) Uma cidade típica do interior da Suiça; (2) O 3º gol que assegurou o titulo à Alemanha ao derrotar de virada os Hungaros por 3 a 2; (3)- Puskas o primeiro à esquerda era o destaque da Hungria, entrando em campo ao lado de companheiros, e   adversários, a Alemanha de camisa clara, e (4)- O estádio de Zurique palco da grande decisão.







Assim como há quatro anos, o país sede da Copa do Mundo de 1954, foi escolhido por razões políticas, ainda em clima tenso de pós-guerra. Neutra durante o confronto, a Suíça ganhou o direito de realizar o Mundial. A quinta edição do torneio ficou marcada pelo excessivo número de gols, 143 em 26 partidas, média de 5,3 tentos por jogo (a maior até hoje), e por mais uma injustiça futebolística. A super favorita Hungria sucumbiu na decisão ao pragmatismo da fraca Alemanha e deixou escapar um título que já lhe parecia nas mãos.
Para os brasileiros, a Copa do Mundo de 1954, na Suíça, ficou marcada pela cor amarela no uniforme da Seleção, em substituição as camisas brancas – para os supersticiosos, elas foram às culpadas pelo fracasso no Mundial anterior, quando o Brasil perdeu o título para o Uruguai, em pleno Maracanã. Mas não foi desta vez que a amarelinha seria “suficiente” para levantar a taça e a Seleção esbarrou no poderio húngaro, ainda nas quartas-de-final. Antes, os brasileiros haviam eliminado México e Iugoslávia na primeira fase, ao venceram por 5x0 e empatarem em 1x1, respectivamente.
Comandada pelos craques Puskas, Kocsis e Czibor, a Hungria arrasou na primeira fase da Copa, ao golear Coréia do Sul e a própria Alemanha, esta por humilhantes 8x3. Nas quartas-de-final, haviam de encarar a Seleção Brasileira. Para esta partida, o termo batalha é ideal. Dentro de campo, 4x2 para os húngaros. Fora, uma pancadaria generalizada entre as duas delegações. O confronto ficou conhecido como “A Batalha de Berna”, em referência ao nome da cidade suiça.
Antes de chegar à final com os alemães, a Hungria ainda precisou passar pelo Uruguai. Na decisão, nada parecia capaz de deter os húngaros, que com oito minutos de jogo já venciam por 2x0, gols de Puskas e Czibor. A Alemanha teve forças de empatar ainda no primeiro tempo. Mas a maior surpresa estava reservada para os 39 minutos da etapa final, quando Rahn virou o placar, 3x2, e garantiu o primeiro título alemão da Copa do Mundo de 1954. O Brasil encerrou a sua participação classificado em 6º lugar.

sábado, junho 26, 2010

"TODAS AS COPAS" (4a. Copa: Brasil-1950)

URUGUAI DERROTA BRASIL EM PLENO MARACANÃ







O segundo gol de Giggia (foto qbaixo)) fez todo o Brasil chorar....e o Uruguai conquistar o bicampeonato, em partida final disputada no Maracanã (o maior do mundo), na cidade do Rio de Janeiro (nas fotos superiores).
Talvez, a derrota de virada para o Uruguai, por 2x1, em pleno Maracanã, na final do Mundial de 1950, seja a maior tragédia do futebol brasileiro. Naquele 16 de julho, tudo conspirava a favor do escrete canarinho. A Seleção atuava em casa, apoiada por mais de 200 mil torcedores, e conquistava o título com um simples empate. Mas quiseram os “deuses do futebol” que Ghiggia marcasse o segundo gol uruguaio aos 34 minutos do segundo tempo, selando a vitória Celeste. O lance até hoje gera a polêmica sobre uma eventual falha do goleiro Barbosa. O fato é que os brasileiros procuram uma resposta para aquele fracasso. Procura essa que perdurou, até recentemente, quando Barbosa faleceu na miséria e no abandono.A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo aconteceu em 1946, após uma reunião realizada em Luxemburgo. Os dirigentes da Fifa levaram em conta o fato do País não ter sido diretamente atingido pela Segunda Guerra Mundial. No encontro, também ficou definido que o troféu do torneio se chamaria, dali em diante, Taça Jules Rimet, em homenagem ao presidente da entidade, pelo esforço que fez para manter vivo o espírito do futebol durante a guerra.
Para receber o Mundial, o Brasil decidiu construir seu “santuário”: o Maracanã, um estádio com capacidade para 220 mil torcedores. As obras duraram quase dois anos. A inauguração aconteceu em 24 de junho de 1950, quando a Seleção estreou naquela Copa do Mundo vencendo o México, por 4x0. Cerca de 80 mil torcedores viram Ademir (2), Jair e Baltazar marcarem os gols brasileiros.
Além do México, o Brasil encarou outras duas seleções na primeira fase: empatou com a Suíça, em 2x2, e venceu a Iugoslávia, por 2x0. Com estes resultados, garantiu vaga no quadrangular final da Copa do Mundo, ao lado de Suécia, Espanha e Uruguai.
Duas goleadas na abertura da fase final da Copa do Mundo empolgaram o torcedor brasileiro. Depois de enfiar 7x1 na Suécia e 6x1 na Espanha, o Brasil precisava de apenas um empate diante dos uruguaios para garantir o seu primeiro título mundial. Parecia tudo muito fácil. Mas aquele gol de Ghiggia colocou fim ao sonho de milhões de brasileiros. O clima de perplexidade era tanto no Estádio do Maracanã, que as autoridades brasileiras até mesmo esqueceram de entregar a taça aos campeões. Foi preciso que o presidente da Fifa, Jules Rimet, descesse ao gramado para dar prosseguimento à cerimônia que coroava o bicampeão Uruguai.

sexta-feira, junho 25, 2010

"TODAS AS COPAS" (3a. Copa: França-1938)

ITALIA CONQUISTA O BICAMPEONATO






(
Fotos: (1)- O Estádio Velodrome em Marselha; (2)- A torre Eiffel, símbolo da França; (3)- O quarto gol da Itália contra a Hungria assinalado por Meazza, e (4)- A comemoração da seleção italiana, ostentando pela segunda vez a Jules Rimet)






Em meio aos movimentos iniciais da Segunda Guerra Mundial, a terceira edição da Copa do Mundo foi realizada em 1938, na França, país natal do idealizador da competição, Jules Rimet. A tensão política era nítida e se refletia nas arquibancadas, com constantes manifestações contra o fascismo e o nazismo. Devido aos primeiros confrontos, Áustria e Espanha, que haviam se classificado, desistiram de participar do torneio.
Outra ausência bastante sentida foi a das seleções sul-americanas, que decidiram boicotar o Mundial, pois achavam que a Copa deveria ser realizada na Argentina. A única excessão foi o Brasil, que disputou a Copa do Mundo desacreditado, principalmente após os fracassos nas duas primeiras edições da competição.
O Brasil mais organizada fora de campo e sem desfalques por brigas bairristas, acabou surpreendendo e terminou o Mundial na terceira colocação, após bater a Suécia, na decisão pelo bronze, por 4x2. Para muitos, o Brasil só não disputou o título por excesso de confiança.
Na semifinal contra a Itália, o técnico brasileiro, Adhemar Pimenta, cometeu o mais grave dos erros ao deixar o craque Leônidas da Silva, artilheiro do torneio com oito gols, no banco de reservas. “Ele está sendo poupado para a grande final”, disse o treinador, antes da eliminação canarinha.
Melhor então para a Squadra Azzurra, que venceu os brasileiros, por 2x1, e se classificou para a decisão. Conquistar o bicampeonato mundial era novamente questão de honra para o regime do ditador Benito Mussolini. A vitória na final sobre a Hungria, por 4x2, garantiu o título. Na comemoração, os jogadores da Itália levantaram o braço direito em referência a saudação fascista, sob as vaias dos torcedores franceses.
Além do Brasil, outras duas seleções fora do eixo europeu disputaram aquele Mundial e ambas debutavam no torneio. Cuba e Índias Holandesas (atual Indonésia), que representavam América Central e Ásia, respectivamente, foram eliminadas na primeira fase. Com a segunda Guerra Mundial, a Copa deixou de ser disputada durante 12 anos, só voltando a ser disputada no Brasil em 1950.

quinta-feira, junho 24, 2010

"TODAS AS COPAS" (2a. Copa: Itália-1934)

ITALIA VENCE A COPA DO FASCISMO














Fotos: (1)- Coliseu símbolo da capital italiana; (2)- Lance da acirrada partida final em que a Italia derrotou a Tchecoslováquia na prorrogação; (3)- O estádio Olimpico de Roma palco da partida final e (4) - A equipe da Italia perfilada, momentos antes de conquistar o seu primeiro titulo mundial.

Principal líder do boicote à primeira Copa do Mundo, a Itália ganhou o direito de sediar a segunda edição da competição. Mais do que um simples torneio futebolístico, era a chance que o ditador Benito Mussolini esperava para promover os ideais fascistas, mostrando ao mundo seus “benefícios”. Neste caso, não bastava realizar um campeonato impecável no quesito organizacional, era preciso que a Azzurra fosse campeã.
Na Itália, competiram 32. Ao contrário do primeiro mundial, neste, foram realizadas eliminatórias. A única ausência sentida na Copa de 34 foi a do Uruguai, então atual campeão, que respondeu na mesma “moeda” ao boicote italiano, quatro anos antes.
Só brasileiros e argentinos representaram a América do Sul no Mundial de 1934. Os outros “forasteiros” na Copa foram o Egito e os Estados Unidos. Todos quatro disputaram apenas uma partida, perderam e foram eliminados, deixando a briga pelo título para os europeus.
O caminho da Itália rumo ao título não foi fácil. Exceto na estréia, quando goleou os Estados Unidos por 7x1, a Azzurra venceu seus jogos pela diferença mínima. Na final, derrotou de virada a Tchecoslováquia, por 2x1, sob os aplausos do ditador Benito Mussolini.
Brasil – Os brasileiros não aprenderam com os erros cometidos na primeira edição do Mundial e chegaram à Itália novamente “divididos”, depois de uma exaustiva viagem de navio, que durou mais de 15 dias. no qual realizavam seus treinamentos (foto). Antes a briga era entre cariocas e paulistas, desta vez, entre os atletas profissionais e amadores.
À época, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) condenava o profissionalismo no futebol, já instalado em São Paulo. Mesmo assim, tentou convencer, mediante o pagamento de “pequenas fortunas”, alguns jogadores paulistas a integrarem o elenco da Seleção. A medida não foi bem aceita entre os atletas amadores.
A desorganização era tanta na Seleção Brasileira que havia dois treinadores.
O resultado de tanta bagunça não poderia ser outro que não a desclassificação logo na estréia da Copa. O Brasil foi derrotado pela Espanha, por 3x1, e terminou o mundial em 16º lugar. O gol de honra brasileiro foi marcado pelo genial Leônidas da Silva, então jogador do Vasco.
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