Fotos: (1) - O hoje extinto Estádio Olímpico de Munique, que presenciou a decisão da Copa-74; (2) - Um dos símbolos da bela Alemanha, o Castelo Neuschwanstein; (3) - O gol que deu o título a Alemanha, ao vencer a Holanda por 2 x 1; (4) -O impecável capitão alemão, Franz Beckenbauer ergue o novo troféu FIFA, que substitui a Jules Rimet, ganha em definitivo pelo Brasil ao conquistar tricampeão em 1970 no México.
Nem mesmo a derrota na decisão tirou o brilho da Holanda no Mundial de 1974. Em sua segunda participação em Copas, a Laranja Mecânica encantou os amantes do futebol com um esquema tático moderno, no qual nenhum jogador tinha posição fixa. Implantado pelo lendário técnico Rinus Michels, o sistema ganhou o nome de “Carrossel Holandês”. A derrota na decisão do Mundial para os anfitriões, os alemães, por 2x1, impediu que craques do quilate de Johan Cruyff, Neeskens, Rep e Rensenbrink se sagrassem campeões do mundo. Pior: o insucesso diante do pragmatismo da Alemanha Ocidental colocou em xeque a competitividade do futebol arte praticado pelos holandeses.
A Copa de 1974 teve um sistema de disputa diferente, com a primeira e a segunda fase sendo realizada no formato de quadrangulares. Esta não foi a única novidade daquele Mundial. O troféu a ser entregue ao campeão não seria mais o tradicional Jules Rimet (conquistado definitivamente pelo Brasil em 1970), e sim o “Copa do Mundo da Fifa”, uma estatueta de 37 cm, esculpida em ouro pelo artista italiano Silvio Gazzaniga e orçada em R$ 157 mil (valor atual).
Outra mudança daquele Mundial aconteceu no comando da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa). O brasileiro João Havelange havia assumido a presidência em 1974, tornando-se o primeiro não-europeu a ocupar o cargo.
Enquanto um brasileiro comandava o futebol mundial, a Seleção decepcionava em gramados alemães, depois de chegar ao torneio com status de favorita ao título. Ainda sob o comando de Zagallo, o escrete canarinho terminou a Copa na quarta colocação.
Na primeira fase, o Brasil sofreu para se classificar, o que só aconteceu na última rodada, quando venceu o Zaire, único representante africano na competição, por 3x0, gols de Jairzinho, Rivellino e Valdomiro. Antes havia empatado sem gols com Iugoslávia e Escócia.
As vitórias sobre Alemanha Oriental (1x0) e Argentina (2x1) deram a falsa impressão de que o Brasil poderia brigar novamente pelo título. Mas antes precisaria passar pela poderosa Holanda, o que não aconteceu. A Seleção perdeu por 2x0. Restou então a disputa do terceiro lugar com a Polônia, que impôs mais uma derrota ao escrete canarinho, 1x0.
A decisão do Mundial de 1974 colocou frente a frente duas escolas de futebol distintas: a da Holanda, que prezava pelo dinamismo de seu “Carrossel”, e a da Alemanha, que acreditava na obediência tática e na força física para conquistar títulos. Naquele jogo, melhor para os alemães, que venceram de virada, por 2x1, se sagrando bicampeões em Munique, diante de sua torcida.
Classificação do Brasil na Copa-74: 4º lugar.
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