O NOSSO PRIMEIRO GRANDE ACIDENTE AÉREO
Dos 51 mortos, a maioria pertencia a nata da sociedade porto-alegrense Uma aeronave Constellation, do mesmo modelo da (foto); chocou-se com o Morro do Chapéu..A notícia causou grande mpacto em todo o Brasil. segundo arquivos do Jornal "Correio do Povo" de Porto Alegre. No dia 28 de julho de 1950, uma sexta-feira chuvosa em Porto Alegre, aconteceu o primero grande acidente aéreo no Brasil, como noticiaram os nossos principais jornais. Esse acidente enlutou especialmete a Capital gaúcha, por que entre as 51 vítimas, quase todas pertenciam à “nata da sociedade” porto-alegrense. Morreram nomes como Maisonave, Berta, Blessmann, Rothfuchs, Dietrich, Fernandes, Frota. Todos figuras de expressão das atividades ecomômicas da capital gaúcha, entre eles:industriais, comerciantes, senhoras que freqüentavam colunas sociais, importantes funcionários públicos, políticos – alguns dos quais, hoje são nome de ruas e avenidas. O Constellation, era o mais luxuoso avião de carreira de então – consternou uma cidade, à época com de cerca de 350 mil habitantes. O aeroporto de São João não passava de um simples campo de pouso que recebia, entre embarques e desembarques, 16 mil pessoas ao mês, com um movimento de menos de mil aeronaves. Mesmo assim era o terceiro aeroporto mais importante do país. O acidente da Panair mostrou a precariedade de suas instalações e tornou flagrante a necessidade de um novo aeroporto. Foi a maior tragédia aérea daquela primeira metade do século XX no Brasil. Para nos situarmos no tempo:As Causas do Acidente: - Pelo que se sabe, o Constellation – partiu do Rio de Janeiro, às 15h20 – e ao aproximar-se de Porto Alegre às 18h15, quando a noite de inverno já envolvia a cidade, assolada por uma chuva torrencial naquele momento – o que significava sérios problemas de visibilidade. Por duas vezes o piloto – que preferiu aterrissar no aeroporto São João, nas proximidades do rio Gravataí, em pistas de chão batido, esburacada, nada apropriada para um avião de grande porte como o Constellation. Para se ter uma idéia, o aeroporto não contava sequer com radar, o que impedia visualizar a aeronave. Ao que tudo indica, houve problemas no rádio – não se apurou se no de bordo, ou no torre. O comandante Edu, por duas vezes, tentou comunicar-se com a torre do aeroporto, mas não obteve resposta. Em seguida, entrou em contato com a estação da Panair, alertando que os controladores de vôo não contestavam as suas mensagens. A Panair, por sua vez, interpelou a torre, a qual informou que era o PP-PCG que não a ouvia, o que explica a insistência do piloto em aterrissar em Porto Alegre e não – como seria recomendável – dar a meia-volta e retornar ao Rio de Janeiro ou procurar um outro aeroporto. “Essa, ao que parece, foi a origem da tragédia: forte chuva, teto baixo, e pouca visibilidade, se transformaram em destruição e morte”, escreveu mais tarde o jornal Correio do Povo. Por duas vezes o comandante Edu tentou em vão aterrissar, aproximando-se da pista única do aeroporto, e em seguida arremeteu. Provavelmente, na tentativa de voltar para o Rio de Janeiro, voando a baixa altitude, na altura de São Leopoldo, o avião chocou-se contra o Morro do Chapéu (foto acima), a pouco mais de 10 quilômetros da cidade. A explosão jogou pedaços da aeronave a quilômetros de distância e pedaços de corpos foram achados a cerca de 2 mil metros dos destroços. Hoje mais conhecido como Morro Sapucaia, o Morro do Chapéu é, atualmente, local de esportes radicais e detem a condição de ponto culminante do município, com 295 metros de altitude.Uma testemunha, o agricultor João Raimundo da Silva, que residia nas imediações, testemunhou o acontecido. Ele estava em sua casa, tomando chimarrão, junto com a esposa – que, por sua vez, preparava o jantar – e ouviu o ruído de um avião que passava a baixa altitude. Ao correr até a porta, observou que a aeronave, após uma manobra, colidiu e explodiu contra o Morro do Chapéu, justamente onde existe uma abertura entre duas grandes pedras. O agricultor anotou o horário: – eram precisamente 19h.
Dos 51 mortos, a maioria pertencia a nata da sociedade porto-alegrense Uma aeronave Constellation, do mesmo modelo da (foto); chocou-se com o Morro do Chapéu..A notícia causou grande mpacto em todo o Brasil. segundo arquivos do Jornal "Correio do Povo" de Porto Alegre. No dia 28 de julho de 1950, uma sexta-feira chuvosa em Porto Alegre, aconteceu o primero grande acidente aéreo no Brasil, como noticiaram os nossos principais jornais. Esse acidente enlutou especialmete a Capital gaúcha, por que entre as 51 vítimas, quase todas pertenciam à “nata da sociedade” porto-alegrense. Morreram nomes como Maisonave, Berta, Blessmann, Rothfuchs, Dietrich, Fernandes, Frota. Todos figuras de expressão das atividades ecomômicas da capital gaúcha, entre eles:industriais, comerciantes, senhoras que freqüentavam colunas sociais, importantes funcionários públicos, políticos – alguns dos quais, hoje são nome de ruas e avenidas. O Constellation, era o mais luxuoso avião de carreira de então – consternou uma cidade, à época com de cerca de 350 mil habitantes. O aeroporto de São João não passava de um simples campo de pouso que recebia, entre embarques e desembarques, 16 mil pessoas ao mês, com um movimento de menos de mil aeronaves. Mesmo assim era o terceiro aeroporto mais importante do país. O acidente da Panair mostrou a precariedade de suas instalações e tornou flagrante a necessidade de um novo aeroporto. Foi a maior tragédia aérea daquela primeira metade do século XX no Brasil. Para nos situarmos no tempo:As Causas do Acidente: - Pelo que se sabe, o Constellation – partiu do Rio de Janeiro, às 15h20 – e ao aproximar-se de Porto Alegre às 18h15, quando a noite de inverno já envolvia a cidade, assolada por uma chuva torrencial naquele momento – o que significava sérios problemas de visibilidade. Por duas vezes o piloto – que preferiu aterrissar no aeroporto São João, nas proximidades do rio Gravataí, em pistas de chão batido, esburacada, nada apropriada para um avião de grande porte como o Constellation. Para se ter uma idéia, o aeroporto não contava sequer com radar, o que impedia visualizar a aeronave. Ao que tudo indica, houve problemas no rádio – não se apurou se no de bordo, ou no torre. O comandante Edu, por duas vezes, tentou comunicar-se com a torre do aeroporto, mas não obteve resposta. Em seguida, entrou em contato com a estação da Panair, alertando que os controladores de vôo não contestavam as suas mensagens. A Panair, por sua vez, interpelou a torre, a qual informou que era o PP-PCG que não a ouvia, o que explica a insistência do piloto em aterrissar em Porto Alegre e não – como seria recomendável – dar a meia-volta e retornar ao Rio de Janeiro ou procurar um outro aeroporto. “Essa, ao que parece, foi a origem da tragédia: forte chuva, teto baixo, e pouca visibilidade, se transformaram em destruição e morte”, escreveu mais tarde o jornal Correio do Povo. Por duas vezes o comandante Edu tentou em vão aterrissar, aproximando-se da pista única do aeroporto, e em seguida arremeteu. Provavelmente, na tentativa de voltar para o Rio de Janeiro, voando a baixa altitude, na altura de São Leopoldo, o avião chocou-se contra o Morro do Chapéu (foto acima), a pouco mais de 10 quilômetros da cidade. A explosão jogou pedaços da aeronave a quilômetros de distância e pedaços de corpos foram achados a cerca de 2 mil metros dos destroços. Hoje mais conhecido como Morro Sapucaia, o Morro do Chapéu é, atualmente, local de esportes radicais e detem a condição de ponto culminante do município, com 295 metros de altitude.Uma testemunha, o agricultor João Raimundo da Silva, que residia nas imediações, testemunhou o acontecido. Ele estava em sua casa, tomando chimarrão, junto com a esposa – que, por sua vez, preparava o jantar – e ouviu o ruído de um avião que passava a baixa altitude. Ao correr até a porta, observou que a aeronave, após uma manobra, colidiu e explodiu contra o Morro do Chapéu, justamente onde existe uma abertura entre duas grandes pedras. O agricultor anotou o horário: – eram precisamente 19h.
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