AR-DIÁRIO - "As previsões vão se materializando"

PREVISÕES DE DESASTRES NATURAIS >>>

A organização não-governamental (ONG) inglesa - "Oxfam", especializada no combate à pobreza, anunciou no final de abril de 2007, que, em 2015, 375 milhões de pessoas em média, por ano, deverão ser afetadas por desastres naturais, como enchentes e secas. O número representa um aumento de 54% em relação à média de 243 milhões de pessoas afetadas por ano entre 1998 e 2007. Esses dados foram obtidos a partir da projeção do aumento populacional dos últimos 6 anos e de estatísticas sobre catástrofes dos últimos 30 anos. Como vemos as perspectivas são cada vez mais sombrias. Até quando?

IMAGEM ATUAL - Estas previsões são tão lógicas e mais uma vez estão acontecendo no Brasil, como estamos lamentando neste momento, o  rompimento da barragem de Bento Rodrigues, (na região da cidade histórica de Mariana) no Estado de Minas Gerais, que fez uma pequena cidade desaparecer sob água e lama, com duas mortes e mais de duas dezenas de desaparecidos. A  gigantesca tragédia, que está levando preocupação até a  outros estados vizinhos, que  acompanham  com muita preocupação  o desenrolar dos acontecimentos, Tragédia prevista?  Sim!

De acordo com a Oxfam, o aquecimento global e a pobreza – que leva milhões de pessoas a moradias precárias nas cidades – contribuirão para o expressivo avanço no número de vítimas. “Houve aumento no número de desastres relacionados ao clima, mas são a pobreza e a indiferença política que transformam uma tempestade em uma tragédia”, disse Jeremy Hobbs, diretor executivo da ONG. Estima-se que, em 2006, o mundo empenhou US$ 14,2 bilhões (R$ 31,5 bilhões) em ajuda humanitária, valor que precisaria ser elevado para pelo menos US$ 25 bilhões (R$ 55,5 bilhões) para atender minimamente o crescente número de vítimas. Mesmo assim, a Oxfam entende que há graves distorções na distribuição dos recursos. Como exemplo, cita o valor de US$ 1,2 mil (R$ 2,6 mil) gastos por vítima do tsunami que atingiu a Ásia em 2004 e os US$ 23 (R$ 51) por pessoa destinado aos afetados pela crise humanitária no Chade, na África.