CARRO A AR COMEÇA VIRAR REALIDADE
Peugeot Citroën projeta lançar modelo híbrido, por cerca de 20 mil euros, cerca de 50 mil reais
Algo que parecia improvável está prestes a virar realidade nos próximos anos: um carro movido a ar. Na verdade, é um protótipo híbrido,
desenvolvido pelo grupo PSA Peugeot Citroën em parceria com a empresa
alemã Bosch, e que utiliza um motor a combustão, de três cilindros,
movido a gasolina, associado a um sistema de ar comprimido em vez de um
gerador a eletricidade.
Batizada de Hybrid Air, a tecnologia permite o funcionamento dos
dois dispositivos de forma independente ou atuando em conjunto, com o
bloco a gasolina sendo auxiliado pela propulsão a ar. O modo a combustão
é indicado para percursos em estrada, em que a velocidade é constante e
o motor atua em baixas rotações. O compressor de ar entra em ação em
trajetos urbanos, em velocidades de até 70 km/h, sem que haja emissão de
gases poluentes. O modo combinado, por sua vez, é indicado para
acelerações, subidas de ladeira ou situações em seja necessária potência
adicional.
O sistema de ar comprimido usa dois tanques de armazenamento, um
grande e de maior pressão, sob o assoalho, entre os eixos dianteiro e
traseiro; e outro menor, sob o porta-malas. Para injetar o ar no motor, o
sistema usa a energia elétrica gerada em frenagens para pressurizar o
tanque maior. O ar, por sua vez, aciona um motor hidráulico, que auxilia
o bloco a gasolina por meio de um conjunto de engrenagens.
De acordo com a PSA Peugeot Citroën, o Hybrid Air pesa cerca de 100
kg - metade de um sistema híbrido elétrico convencional - tem operação
mais simples e não utiliza metais raros ou materiais difíceis de
reciclar. A empresa quer equipar modelos como os compactos C3, da
Citroën, e o 208, da Peugeot, a partir de 2016. A potência gerada, em
ambos os casos, deve ficar entre 80 cv e 100 cv.
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